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Andressa Marques questiona medidas de prevenção ao feminicídio em Caxias do Sul

A declaração da parlamentar partiu da repercussão de 10 casos do crime, que ocorreram no Estado, no último feriadão


A vereadora Andressa Marques/PCdoB utilizou o espaço do grande expediente, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (23/04), para propor reflexões acerca dos temas da violência contra a mulher e do feminicídio. O depoimento da parlamentar partiu da notícia de que foram registrados 10 casos de feminicídio no Estado, no último feriadão (18 a 21/04), nos municípios de Bento Gonçalves, Feliz, Parobé, Pelotas, Ronda Alta, Santa Cruz do Sul, São Gabriel, Serafina Corrêa e Viamão.

Andressa questionou como os casos seriam tratados caso tivessem ocorrido em Caxias. O município possui uma Rede de Proteção à Mulher que, de acordo com ela, conta com uma equipe de boas profissionais, mas, em contrapartida, não recebe um orçamento digno. Na opinião da comunista, o baixo orçamento pode ser visto como o reflexo da desvalorização do trabalho das mulheres que, em diversos casos, recebem menos que os homens.

Ela também teceu críticas à Casa de Apoio Viva Rachel, que serve como um abrigo destinado a atender e acolher mulheres em situação de violência doméstica, com risco de morte, na presença dos filhos. Diferentes relatos de experiências negativas, partidos de ex-acolhidas, chegaram aos ouvidos da parlamentar. Ela defende a ideia de incluir, em Caxias, o projeto Casa da Mulher Brasileira do governo federal, mas encontra dificuldades de aprovação por parte do governo estadual.

Para finalizar a declaração, a parlamentar solicitou mais políticas públicas que pautem a prevenção do feminicídio e levem a informação a todas as esferas da sociedade. Foi feito um comparativo com as campanhas de prevenção ao mosquito da dengue, que apresentam resultado. Ela diz que as medidas são ainda mais urgentes, pois hoje, no Rio Grande do Sul, morrem mais mulheres vítimas de feminicídio do que pessoas em geral por dengue.

A vereadora Estela Balardin/PT acrescentou que as medidas de conscientização partem da representatividade, a exemplo do Parlamento. A petista lamentou que, apesar de o Legislativo caxiense ser composto por sete vereadoras, número maior que a média nacional, ainda não é o suficiente para preencher as oito assinaturas para uma moção de apoio às pautas apresentadas pela colega.

23/04/2025 - 14:30
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Fábio Rausch - MTE 13.707
Redator(a): Vitor Augusto Silveira Lo

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