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A vice-presidente do Conselho Municipal do Desporto, Eliane Carla Kraemer, veio até a tribuna do Legislativo caxiense, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (27/03), para manifestar indignação pelo corte de R$ 800 mil no Fiesporte (financiamento para o esporte local). Ela falou no espaço do acordo de lideranças, a partir de solicitação da bancada do PSB na Casa.
Eliane julgou a decisão da Prefeitura como um golpe duro contra famílias, atletas, treinadores, projetos sociais, turismo e o próprio desenvolvimento esportivo de Caxias do Sul. Explanou que o edital do Fiesporte é planejado para que os proponentes utilizem a verba entre março e novembro, deixando o mês de dezembro para a prestação de contas. No entanto, segundo ela, historicamente há atrasos, e os projetos dificilmente iniciam em março, resultando na devolução de parte do valor para os cofres públicos.
Afirmou que a Secretaria Municipal do Esporte e Lazer (SMEL) vem fazendo um esforço grandioso durante o ano de 2025, e tudo estava seguindo de acordo com o entendimento de que os projetos iniciassem em março. Em 17 de março, a retificação trouxe o corte abrupto e injustificável, eliminado integralmente 24 projetos e reduzindo parcialmente, outros. Apontou que o valor mínimo disponibilizado pela Lei Ordinária Nº 7696/2013 é de mais de 5 milhões, e que o valor sobrado após a redução, é um pouco além de 4,5 milhões, montante abaixo do que é estipulado por lei.
A dirigente alegou que, durante a campanha eleitoral do atual prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, o esporte e o investimento foram bandeiras defendidas, como o Fiesporte, por exemplo. Ela ressaltou que suprimir valores do esporte não é apenas cortar sonhos e oportunidades, mas reduzir a receita do próprio município, porque o mesmo movimenta a economia local, gera empregos e atrai investimentos e turismo. Por isso, demonstrou que, em nome da comunidade, não pode concordar com tal corte, que considerou um retrocesso na história da cidade.