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O mais novo Cidadão Caxiense atende pelo nome de Joacir Hilário Fontana ou pelo apelido Tio Ci, como é conhecido o tradicionalista. A outorga do título, pela Câmara Municipal de Caxias do Sul, aconteceu na noite desta quinta-feira (15/08), no plenário do Legislativo. A solenidade reconheceu a contribuição dele para a cultura gaúcha e para a comunidade local. A proposição da homenagem coube ao vereador Alexandre Bortoluz/PP. Na condução da cerimônia, estava a presidente da Casa, vereadora Marisol Santos/PSDB. O secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Alfonso Willenbring Júnior, representou o prefeito municipal.
O vereador Bortoluz se pronunciou em nome do Parlamento. Discorreu sobre a trajetória do homenageado, desde a vida familiar e da vinda de Criciúma para Caxias até as passagens por bandas musicais, formação acadêmica e atuação profissional. O parlamentar enfatizou que Fontana também se notabilizou no âmbito da Maçonaria, com maturidade filosófica e ações solidárias.
Depois de receber a placa de Cidadão Caxiense, o agraciado se dirigiu à tribuna, para breves agradecimentos. Manifestou emoção e, paulatinamente, tentava mencionar familiares e amigos. Para ilustrar a sua gratidão, valeu-se de músicos convidados, que entoaram ritmos nativistas, como os do gaiteiro Renato Borghetti. Entre os personagens das apresentações, estava o acordeonista Robison Boeira.
Saiba mais sobre o homenageado
Joacir Hilário Fontana, o Tio Ci, nasceu em 14 de janeiro de 1967, no Bairro São Simão, na cidade de Criciúma, Santa Catarina. É filho mais novo de Hilário Fontana e Onésia Pereira Fontana, tendo como irmãs mais velhas Janir Fontana e Janice Fontana. Teve contato com a música desde a infância, em razão de seu pai ser gaiteiro e proprietário de um salão de baile (Soc. Rec. 16 de Junho), sempre convivendo com a arte. Ainda em Santa Catarina, foi militar e trabalhou nos setores de contabilidade, comercial e administrativo.
Como tradicionalista, foi um dos idealizadores do 1º Acampamento Farroupilha na Praça do Comércio em Criciúma/SC, o que na época era algo inovador. Estudou acordeom cromático e comprou a única loja de artigos gaúchos da região, a Galpão Crioulo, que existe até hoje. Começou a tocar para as invernadas de danças da 6ª Região Tradicionalista de Santa Catarina e reabriu o salão de baile de seu pai com bailes gaúchos. Participou de grupos musicais, como: Os Campesinos, Os Primanos, Raça Gaúcha, Embalo Gaúcho. Foi proprietário do Grupo Tchê e do Grupo Andanças e primeiro músico de arte gaúcha de Criciúma a ter a honra de fazer parte de um grupo do Rio Grande do Sul, Grupo Chamamento, de Caxias do Sul, encerrando suas participações em baile no começo de 2001.
Em 2001, casou-se com Luciane Claudia Visoná e se mudou para Caxias do Sul, para trabalhar na empresa Consesul. Mas o apelo ao tradicionalismo falou mais forte e, em concordância com sua esposa, em 2002, abriram a loja “Galpão do Tio Ci” em frente à Igreja de São Pelegrino. Daí em diante, gerou um currículo extenso no tradicionalismo gaúcho, ocupando importantes cargos e participando de ações e movimentos em prol dessa importante causa.
Em 2009, foi iniciado na Maçonaria, na Loja Maçônica Nova Esperança, jurisdicionada ao Grande Oriente do Brasil. Na sua jornada maçônica, foi elevado a Companheiro em 2010, e elevado a Mestre em 2012.
De acordo com os vereadores, face aos relevantes serviços prestados ao comércio e ao tradicionalismo gaúcho e caxiense, faz jus ao título de Cidadão Caxiense.