VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Bom dia, presidente Felipe, demais membros da Mesa, meus colegas vereadores, os alunos do La Salle Carmo que estão aí também nos prestigiando nesta manhã de quinta-feira, aos demais presentes na plateia, nossa imprensa. Gostaria de louvar, senhor presidente, a manchete de hoje na coluna da nossa jornalista Silvana Toazza, que assina a coluna Caixa Forte do jornal Pioneiro, que deu repercussão a um ato muito bonito de solidariedade. Eu não canso de repetir que Caxias do Sul é a terra da solidariedade e a gente tem presenciado alguns atos importantes, algumas ações e essa da Santíssima Comunicação em parceria com a Hamburgueria Jaime Rocha nos deixa envaidecidos e sabendo que ainda temos pessoas que pensam na comunidade mais carente. O que está fazendo a Hamburgueria Jaime Rocha e a Santíssima? Estão à testa do projeto Tele entrega Reversa em Caxias do Sul. Ou seja, levando as tele entregas de lanches até as residências e trazendo no retorno das motocicletas, tendo em vista que o bagageiro está vazio, doações de alimentos não-perecíveis para serem entregues para outras comunidades que mais precisam. Eu entendo que isso é uma atitude a ser imitada por outros empreendedores que também labutam com tele entrega, mas também não somente no setor de alimentação, mas tendo em vista, vereador Fiuza, que se aproxima um inverno. E o inverno de Caxias do Sul é um inverno rigoroso e as pessoas quem sabe em uma parceria da prefeitura, através da Secretaria do  Desenvolvimento Econômico com o setor empreendedor do Município bem como a associação  dos motoboys que fazem tele entrega, quem sabe trazer junto à Fundação Caxias, como ponto de chegada, vestimentas, roupas, vestuários para aquelas pessoas que mais precisam. Então enaltecer aqui o Jaime Rocha, que é proprietário... Vamos protocolar um voto na sequência, presidente, à hamburgueria de mesmo, ele que recebeu o título de Cidadão Caxiense desta Casa Legislativa, por essa bela iniciativa. Tele entrega Reversa ou seja aproveitando  os motoboys após as entregas pegando carona no trajeto de volta recheadas com doações de alimentos não perecíveis, feitas por clientes e destinados  aqueles que mais precisam. Então é uma ideia muito bonita. Entendo que a jornalista Silvana Toazza fez muito bem em repercutir junto a sua coluna e tenho certeza que isso vai despertar esse sentimento de amizade, de humanidade e principalmente de solidariedade aos demais empreendedores que trabalham nesse setor, bem como a nossa cidadania, os cidadãos de Caxias do Sul que, repito, são de grande solidariedade, vereador Elói. Parabéns, muito obrigado presidente.
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VEREADOR ALBERTO MENEGUZZI (PSB): Senhor presidente, bom dia a todos. Bom dia vereadores e vereadoras, a quem nos assiste através do canal 16. Bom, eu tinha ontem preparado outros assuntos para a minha fala hoje, mas não tem como fugir do assunto Festa da Uva. A cidade de Caxias do Sul, que é conhecida pela sua pujança industrial, pela sua coragem empreendedora, pela sua história, até mesmo pelo futebol, pelo Juventude, pelo Caxias, já foi conhecida pelo futsal, por uma série de iniciativas e também pela Festa da Uva, muito pela Festa da Uva, hoje é conhecida como a cidade da Feira de Ibitinga. É isso que Caxias do Sul está sendo conhecida hoje. Porque a decisão ontem... Na verdade não foi uma decisão, porque teve uma reunião do conselho consultivo da Festa da Uva e foi um comunicado que foi feito aos conselheiros que estavam lá. Ela é lamentável. É lamentável essa decisão. Muitas pessoas dizem: “Não, não foi um cancelamento da festa. Foi um adiamento”. Não! Foi um cancelamento da festa e foi uma comunicação de que a festa vai acontecer em 2019. Nesse contexto, eu só lamento que pessoas que eu conheço muito bem e que são pessoas do bem, são pessoas honestas, que são pessoas capacitadas, bem intencionadas, que eu tenho certeza que querem o melhor para a Festa da Uva, para a cidade de Caxias do Sul, que essas pessoas elas tenham tido a responsabilidade de chamar o conselho consultivo e de comunicar que a festa foi cancelada, que é o caso da Sandra Randon, presidente da Comissão Comunitária da Festa da Uva, do esposo dela, empresário das empresas Randon, o Daniel Randon. Eu fico imaginando o constrangimento deles dois em ter que tomar essa decisão, de anunciar essa decisão de cancelamento da Festa da Uva. A Sandra Randon foi colocada num verdadeiro... Caiu de paraquedas nessa comissão. Eu sei da capacidade dela. Fui catequista com ela em São Pelegrino. Se ela tivesse conversado comigo e ela pedisse uma opinião, dissesse “eu devo assumir ou não essa comissão?” eu diria para ela “não assume”. Porque essa responsabilidade foi colocada nas mãos dela, do esposo dela. Quando essa responsabilidade de anunciar o fim ou o cancelamento, o adiamento, deveria ser do prefeito. Uma decisão séria como essa, uma decisão que impacta tanto a vida da economia de Caxias do Sul, do comércio, da indústria, da agricultura, ela tem que ser anunciada, ela tem que ser comunicada, ela tem que ter uma entrevista coletiva, e quem tem que fazer isso é o prefeito. Ele tem que chamar a responsabilidade para esse tipo de decisão. Lamento também que o conselho consultivo da Festa da Uva tenha sido chamado para só ouvir aquilo que todo mundo já sabia, uma choradeira de números, embora alguns digam que também há um planejamento para a festa de 2019. Lamento mais ainda de ouvir opiniões de lideranças do nosso município, lideranças empresariais, inclusive, como o presidente do Conselho Consultivo, o presidente da CIC, Nelson Sbabo, dizendo que está bom assim, que a CIC vai ser parceira, que as coisas vão acontecer em 2019, enfim. O presidente da CDL, Ivonei Pioner: “Não entendemos como adiamento. É uma proposta de começar ainda neste ano e não fazer apenas 20 dias, mas sim como algo mais longo, com atividades, com o evento [...]. Com um novo modelo, teremos uma celebração mais intensa”. Vem cá, em que mundo vive o presidente da CDL? Em que mundo vive? Será que as empresas, o comércio, as lojas estão vivendo as mil maravilhas a ponto de ter esse tipo de opinião tranquila a respeito da Festa da Uva que acarretaria em muito mais investimento, em muito mais vendas, em muito mais empregos para o setor lojista? Em que mundo vive o seu Ivonei Pioner? Em que o mundo vive o presidente da CIC? Bom, a rainha da Festa da Uva, a Rafaelle Galiotto Furlan, está deslumbrada também com o cargo que ela ocupa, ela disse: “Ficaremos na história por ocupar um período prolongado de reinado e é, com muito orgulho, que continuaremos representando.” Quer dizer, ficará para história como mandato-tampão. No futebol, a gente chamava isso, na década de 70, 80, de bionikão, quando o clube não entrava desde início, entrava lá pela fase final em qualquer campeonato. É vergonhoso ser rainha, ser princesa de um mandato tampão e ficar mais um ano e meio, dois, numa função como essa. Embora, as nossas soberanas tenham... e representam muito bem a nossa Festa da Uva. Então me causa estranheza também, cobrei dele hoje, conversei com ele, a opinião do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, diz que não vê problemas, pelo menos, na matéria do Pioneiro. O presidente me disse que não foi bem isso que ele disse, falou que é outra situação, que a edição acabou dando isso. Então me causa estranheza essas opiniões a respeito do cancelamento da Festa da Uva. Os que de redes sociais defendem lá, a UAB... Eu quero sempre ter um posicionamento não é contra as pessoas, essa é uma decisão política. Não foi uma decisão da presidente da Comissão Comunitária, não foi uma decisão do esposo dela, ou do Daniel Randon, é uma decisão política, é uma decisão do prefeito e ele tinha que chamar essa responsabilidade para ele. Esse tipo de assunto merece uma entrevista coletiva. Não é qualquer assunto que mereça uma entrevista coletiva. Esse tipo de assunto que merece a imprensa ser chamada. Esse tipo de assunto que merece uma opinião forte do prefeito, para dizer: “Não nós estamos adiando ou cancelando a Festa da Uva por isso, por isso, por isso...” Aí nós temos aqui todo... Hoje, estaremos debatendo esse assunto. As redes sociais já estão debatendo esse assunto, a comunidade está debatendo esse assunto com números desencontrados, com números desencontrados. A gente não sabe qual é o caixa da Festa da Uva, é R$ 200 mil que ficou em caixa? É R$ 300 mil? Abram esses números de forma efetiva e justifiquem por que... Olha eu tenho uma frase que eu levo para minha vida: quem quer fazer alguma coisa arranja um meio para fazer. Quem não quer fazer nada arranja desculpa. Uma festa como a Festa da Uva poderia ser feita de outra forma. Poderia não ter os grandes shows, poderia ter uma mudança aqui ou ali, mas ela precisa ser realizada. Em função disso, e também da inoperância da Secretaria do Turismo aqui de Caxias do Sul nesses primeiros quatro meses, que, aliás, não é só desse governo. Embora as boas intenções de outros governos, também a Secretaria do Turismo tem sido inoperante, porque não tem sido prioridade, o turismo, aqui em Caxias do Sul ao longo de muito tempo. Então longe de uma crítica pessoal à atual secretária, que eu qualifico como uma pessoa até competente porque tem experiência nesta área, eu sugiro, porque eu quero ser propositivo, à Prefeitura de Caxias do Sul que para economizar mais do que ela já está economizando, e esse déficit é o mote do novo prefeito, de economizar, economizar, cortar, levar tudo dentro da lei, que extinga a Secretaria do Turismo. A Secretaria do Turismo não tem função nenhuma se o município não tem prioridade para isso. Aliás, a Secretaria do Turismo já gastou em quatro meses R$ 100 mil em salários da secretária e das suas duas CCs, ou dois CCs, que tem ali. Cem mil reais, vezes doze, dá mais de R$ 1 milhão. Em quatro anos, são R$ 4 milhões em salários para nada, porque a Secretaria do Turismo, até agora, não conseguiu resolver uma simples questão, que é um guarda em São Pelegrino, que é o nosso principal ponto turístico. Não conseguiu resolver essa questão que está lá na Procuradoria Geral do Município, a tal PGM, que a gente tanto fala aqui, já há algum tempo e não se consegue definir se existe essa possibilidade de colocar um guarda ali, um segurança para que as portas da igreja fiquem abertas, ou se não existe essa possibilidade. A comunidade do São Pelegrino, aqueles que dependem do turismo, os lojistas daquela região só querem uma resposta, sim ou não. E nem isso a Secretaria de Turismo... Estou sugerindo, para ser propositivo, que se extinga a Secretaria de Turismo. Uma outra secretaria que poderia... E até sugiro para onde ela deveria ir. De repente as pessoas podem ficar junto a Festa da Uva, podem ficar junto a Secretaria da Cultura. Eu só não recomendo para ir junto a Secretaria de Desenvolvimento Econômico porque é outra secretaria que não fez nada em quatro meses. Nenhuma proposta, nenhuma indicação, nenhum tipo de proposição. Ontem mesmo o vereador Adiló falou aqui que Vacaria querendo fábricas de fora, Flores da Cunha com incentivos, Bento com incentivos e nós não temos nenhum tipo de proposta de aquecimento da economia, de incentivos para as empresas, qualquer tipo de planejamento por parte da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Uma secretaria ligada a CIC, foi a CIC que indicou o secretário Carlos Heinen, que até agora não fez absolutamente nada. Então, duas secretarias... A Secretaria de Desenvolvimento Econômico é uma mera repassadora e assinatura de convênios, repassadora de recursos para área social, enfim, tem sido isso até agora. Mas, me desculpe, me corrija se estiver errado, eu não ouvi absolutamente nenhum projeto dessa secretaria. Então, sugiro ao prefeito Daniel Guerra que extinga essas duas secretarias, coloque elas em outras, vai se economizar aí em torno de muitos milhões de reais com o salário dos secretários e com o salário dos CCs, que podem ser utilizados em outras coisas. Eu peço um espaço de liderança, por favor, vereador Edi Carlos.
VEREADOR EDI CARLOS (PSB): Pois não, vereador Alberto. Senhor presidente, uma Declaração de Líder da bancada do PSB, Partido Socialista Brasileiro.
PRESIDENTE FELIPE GREMELMAIER (PMDB): Uma Declaração de Líder da bancada do PSB. Segue o vereador Alberto Meneguzzi.
VEREADOR ALBERTO MENEGUZZI (PSB): A festa foi adiada ou foi cancelada, eu acho que foi cancelada, esse é o termo correto, e na justificativa da prefeitura é o seguinte. É uma forma de atrair turistas e a comunidade para ocupação daquele espaço. A nossa ideia é criar um clima de festa que não dure apenas durante a realização do evento maior, mas sim trazer novas propostas de integrar as pessoas com a nossa cultura. E um outro ponto relevante como justificativa é o trabalho para desenvolver o turismo nos períodos em que o evento não ocorre, valorizando os roteiros e transformando a festa num canal permanente de promoção econômica, social e cultural. Vejam, com alguns erros, com alguns acertos qual foi a Festa da Uva que não valorizou o nosso interior? Qual foi a Festa da Uva que não valorizou a nossa cultura? Qual foi a Festa da Uva que não valorizou a nossa gente? A gente pode até opinar: Olha, essa festa teve grandes shows, poderia ter mais grupos italianos, poderia ter menos isso, mais aquilo. Gente, todas as festas foram valorizadas as coisas do interior. Eu penso o seguinte, nós não teremos mais o desfile que, em minha opinião, na última festa foi colocado no lugar errado, não deveria ter saído do centro. Nós não teremos aqueles eventos todos que aconteciam nas colônias, que vinham para as comunidades. Nós não teremos... Eu que sou um profissional da área de imprensa e já trabalhei em várias Festas da Uva, era o nosso grande momento da imprensa local. E não apenas um grande momento de cobertura, os estúdios das emissoras de rádio estavam nos pavilhões da Festa da Uva. Os recursos que esses veículos de imprensa arrecadavam eram baseados em patrocínios. Quer dizer, era um grande evento para o jornalismo de Caxias do Sul. E essa decisão de adiar a Festa da Uva não impacta só Caxias do Sul, impacta a nossa região. Esses dias nós tivemos aqui um encontro da Comissão de Desenvolvimento Econômico, acho que o presidente, desculpe se tiver errado o nome da comissão, mas o vereador Gustavo Toigo quem estava à frente dessa reunião, estavam aqui representantes do turismo entre eles o senhor Tarcísio Michelon, que para mim é uma figura ilustre na área do turismo. Não estava aqui a secretária de Turismo naquele encontro e os três convidados, os palestrantes, eles disseram, falaram da importância da Festa da Uva no contexto regional. E se Caxias do Sul quiser criar uma nova matriz econômica, e se fala muito em turismo, não dá para pensar uma nova matriz econômica com esse tipo de justificativa que a prefeitura deu para cancelar a nossa maior festa. Alguns dizem que a gente falar sobre isso é mimi, que é coisa pequena, tem que investir na área da saúde, tem que investir na área de segurança, tem que investir na área da educação. Isso é óbvio, qualquer governo que fale isso é óbvio que tem que investir na saúde, na segurança, na educação.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR ALBERTO MENEGUZZI (PSB): Só que na saúde, até agora, é só problemas. Nós não temos investimento nenhum. Que economia foi feita com o corte de verbas de representação de CCs? Qual é o projeto que chegou para nós aqui para cortes de secretarias? Quer dizer, as decisões e até agora os discursos foram muito tímidos. Nós tivemos aqui a população que votou em massa no atual prefeito pensando numa nova política. O que a gente tem visto é uma velha política tradicional. Quer dizer, hoje mesmo no jornal a gente vê uma entrevista de uma empresária aqui no ramo do comércio e ela diz o seguinte: “Nós precisamos fazer mais com menos.” Mostrando que, apesar da crise, está investindo. Aqui em Caxias do Sul nós estamos fazendo mais do mesmo e menos com menos, quer dizer, já virou piada. Pé no Guerra, será que é pé no Guerra? Será que é pé de guerra? Ou nós estamos em guerra? Porque esse início de gestão, olha, é lamentável. Eu sou muito controlado para opinar sobre essas questões. Não quero entrar em comparações de um governo e outro, mas de qualquer forma, com as pessoas que eu convivo, as pessoas esperavam muito mais, e já há uma reversão de expectativa, porque muitas pessoas que votaram no atual prefeito, elas estão lamentando: “Poxa, não esperava que fosse assim.” E esse tipo de política populista que muitos acabam fazendo e que vingou na eleição do ano passado já está causando os efeitos contrários. Olha, vocês veem a pesquisa hoje sobre Nelson Marchezan em Porto Alegre e já tem 35% da população de Porto Alegre que acha que o governo dele é ruim ou péssimo, embora tenha uma aprovação um pouquinho maior. Mas já começa, as pessoas já começam a observar, as pessoas já começam a analisar que a política populista, que a política do discurso, que a nova política não está vingando, e se não for na base do diálogo, da reflexão, de um passo atrás para tentar fazer as coisas diferentes vai ser ruim para a cidade. Não é ruim para o prefeito, não é ruim para esse governo. Este prefeito passa, este governo passa, e outros virão. É ruim para a cidade, é isso. É ruim para a nossa região, é ruim para a população que tem sofrido com esse tipo de decisão. Seu aparte, vereador Frizzo.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Vereador Meneguzzi, confesso que eu também fui surpreendido pela manhã quando, através da imprensa, ficamos sabendo da decisão do adiamento. E falando já com várias pessoas, pela manhã, agora vindo para cá e tal, a única definição que eu daria mais simples com relação a essa decisão é que é uma decisão infeliz, de um amadorismo infantil. Mostra que as pessoas que sucederam a administração anterior estão completamente perdidas, despreparadas para uma função de tocar uma cidade de 500 mil habitantes. Não se pode abrir mão de um símbolo da cidade. O símbolo da cidade tem que ser acarinhado, tem que ser desfrutado pela população. Ele é um símbolo daquilo que representa a própria identidade dessa cidade. E eu concordo com aqueles que diziam e dizem que a Festa da Uva devia ser uma festa anual, inclusive. Com a estrutura que Caxias tem para proceder uma festa dessa, que poucas cidades do Brasil tem essa estrutura fantástica dos Pavilhões da Festa da Uva, é inadmissível você deixar ali aquela estrutura toda desamparada durante dois anos, praticamente dois anos sem uma atividade principal, correndo atrás de uma feirinha aqui, uma feirinha ali. Eu vejo, vereador Meneguzzi, que se explorou muito o fato de a Prefeitura investir na Festa da Uva, os tais dos R$ 4 milhões. É uma coisa tão pequena. Nós estamos numa cidade que o orçamento da cidade se aproxima a R$ 2 bilhões. É uma gotinha, e se bem feita com aporte de recursos pode representar lucros, inclusive devolver para a cidade. Mas não tem como não realizar a festa, a gente conversava com o nosso querido amigo Ovídio Deitos, que se encontra aqui e que presidiu uma festa praticamente sem recurso nenhum, presidiu uma festa com os recursos que... E com a cara e com a coragem buscou a mobilização da comunidade e fez a festa, e a festa deu lucro. Então ela pode ter até um novo formato. Eu imaginei o seguinte: não, a grande surpresa que estão nos preparando é montar um formato de uma festa mais comunitária, menos feira industrial, é sempre um pedido da comunidade. Vereadora Gladis, Uez, os nossos subprefeitos experimentaram na pele o sucesso daquele espaço dos distritos que aquilo chama... O ano passado, nós fomos, vereador Meneguzzi, na Festa do Agricultor em Fazenda Souza. Em um sábado e um domingo tinha quase 50 mil pessoas lá. Feito ali pela comunidade, a feira da comunidade. Então de fato é uma administração acovardada. Eu diria que esse é o termo mais correto. É um bando de covardes. E lamento, lamento que ele tenha usado, para essa decisão infeliz, pessoas de bem como a Sandra. O Nelson Sbabo com toda a sua trajetória também cair nesse conto do vigário. Desculpe tomar o seu tempo, vereador. Sei que V. Sa. tem mais coisa para falar. Obrigado.
VEREADOR ALBERTO MENEGUZZI (PSB): Obrigado, vereador Frizzo. A Festa da Uva talvez pudesse limitar um pouco... o que fez a dupla Caju. O Juventude que foi para a quarta divisão de futebol gaúcho e nunca, nunca se acovardou. Subiu para a série B. O Caxias foi rebaixado para a segunda divisão do futebol gaúcho e hoje, chegou a semifinal. Então, o futebol, as pessoas que estão ligadas ao futebol elas nunca se acovardaram, nunca se apequenaram diante das dificuldades. Isso poderia ser uma imitação. Vereador Fiuza e vereador Chico Guerra, fica aqui o meu respeito. Não sou do tipo de pessoa que ataca as pessoas em si, mas é uma humilde opinião minha, de alguém que acompanhou a Festa da Uva, que acompanha. O meu respeito ao prefeito, a Sandra Randon, a secretária do Turismo. Em nenhum momento foi o objetivo atacar pessoalmente, mas as decisões são políticas e as decisões políticas precisam ser analisadas por nós aqui. Então com todo o respeito, eu faço, presidente, esta consideração e lamento realmente esse adiamento da Festa da Uva para 2019. No momento oportuno quero falar também sobre a questão do turismo. Essa sugestão de extinção das secretarias não é papo de quem está aqui com emocionalismo. É séria. Eu estou sugerindo que essas duas secretarias sejam extintas, no sentido de a prefeitura economizar com o pagamento de salários dos secretários e dos CCs. Poderia investir em outra coisa já que essas duas secretarias, pelo menos por enquanto, estão inoperantes. Obrigado, senhor presidente. Obrigado a todos que acompanharam.
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VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores. Muito obrigado, vereadora Paula Ioris, irei lhe retribuir assim que tiver um espaço. Mas vou continuar na mesma temática que foi introduzida pelo vereador Alberto Meneguzzi, o cancelamento da nossa maior festa, a Festa Nacional da Uva. Cumprimentando aqui o ex-presidente desta Casa, Ovídio Deitos. Ele que foi presidente da Festa Nacional da Uva em 2004, aliás, um belo presidente, anos difíceis e que com parceria do nosso comércio, da nossa comunidade, também realizou uma bela Festa da Uva. Nobres pares, entendo como lamentável, profundamente lamentável, esta decisão de adiar, de cancelar a Festa da Uva postergando a sua realização para 2019. Entendo que estão apagando a chama que aquece a nossa economia, a nossa cultura, o nosso turismo e isso é extremamente temerário. É com tristeza que eu recebo essa notícia em função até mesmo do trabalho que estamos realizando à frente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, com temática do turismo enquanto matriz econômica. E a Festa da Uva nos remete à infância, vereador Cassina. Ontem à noite, após comentar esse fato em casa, o meu filho de 8 anos que eu levo desde que nasceu à Festa da Uva, perguntou: Pai, não vai ter Festa da Uva? Eu disse: Não vai ter Festa da Uva, filho. A tristeza daquele menino. Ontem comecei a receber algumas ligações, vereador Rodrigo Beltrão, e uma me chamou muita atenção. Um produtor de uva que há mais de 20 anos expõe a sua safra da uva recebendo prêmios, sendo voluntário para organizar a grande exposição de uvas me dizendo: Vereador, a Festa não vai mais sair? O que que eu faço agora? Eu em tom de brincadeira, mas de profunda tristeza, disse: Não, quem sabe o senhor não adia a sua safra para 2019 também? Quer dizer, é extremamente frustrante, nobres pares. A Festa, na verdade, está no coração dos caxienses. Ela é sempre aguardada com muito carinho, com muito entusiasmo. A Festa da Uva é a identidade da nossa gente, é um cartão postal, é uma vitrine que movimenta todo um setor econômico, toda a cidade em função dessa Festa. E ela não é de hoje, é uma Festa quem vem de 86 anos sendo construída a muitas mãos. O que estaria dizendo neste momento, se estivesse entre nós, Joaquim Pedro Lisboa, que foi o idealizador da Festa? O que estaria dizendo, neste momento, Walter Gomes Pinto, que foi diretor da Marcopolo, um grande voluntário da nossa Festa da Uva? O que estariam dizendo essas personalidades, hoje, com essa decisão? Todos nós que nos envolvemos na Festa? Eu, particularmente, também me envolvi muito na Festa da Uva. Pessoas, entidades voluntárias, enfim, todo ano se preparam. Então, eu entendo que esse adiamento, esse cancelamento faz mal à saúde social dos caxienses. Ela faz muito mal à saúde social dos caxienses. São eventos – e aí o meu temor –, são eventos que, inclusive, podem migrar para outras cidades. Não com nenhum nome, mas quem sabe com uma matemática parecida, com algo que envolva isso que nós construímos...

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Permite um aparte, vereador?

VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Vou lhe conceder na sequência, vereador Rafael. Então isso me preocupa. Uma Festa que em 2015, só para nós citarmos a última que ocorreu, vereador Edson, uma crise política institucional estabelecida, uma crise econômica no país, o presidente Nespolo chega: “Prefeito Alceu, estamos em crise”. “Não interessa, vamos fazer a Festa. É motivo de celebração. Ela precisa estar revestida de todo o aparato comunitário de ajuda da nossa gente.” E fizemos uma Festa e atraímos quase um milhão de visitantes. Não queremos comparar números, mas fizemos uma bela Festa. Já pensou o Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella, vereador Bandeira, chegar e dizer assim: “Olha, nós vamos adiar o carnaval para 2019”. Cai o Rio de Janeiro. É um risco o prefeito abrir a boca num sentido desse aí. Ou Blumenau não ter a Oktoberfest. Não se concebe mais essas festas consolidadas chegar... Então, sem sombra de dúvida, nobres pares, nós estamos assistindo o desmonte da nossa maior Festa. Pior, ainda com o beneplácito de alguns setores empreendedores, não todos, é claro, alguns que caíram no conto da sereia do prefeito, alguns setores mais conservadores, ou melhor, alguns setores menos progressistas do empresariado caxiense apoiando esse tipo de conduta. Então, nós temos a lamentar, depois de todos os investimentos que foram feitos no parque de exposições, todos os avanços que tivemos ao longo dessas décadas, tanto no estacionamento, pórtico, infraestrutura, saneamento, agora com o apoio da Codeca, do Samae, da Secretaria de Obras, enfim. Toda a questão do centro de eventos, Som e Luz, uma estrutura que atrai a comunidade. Então nós não podemos, realmente, conceber isso. E quem quer alavancar, quem quer avançar nas políticas de turismo, como que tu vais fazer um adiamento desse? Como tu vais cancelar o cartão postal da cidade? Então é uma lástima realmente. O que nós precisamos, nobres pares, o que nós precisamos é ter a nossa Festa da Uva ativa sempre, sempre. Acho que a modalidade bianual é uma modalidade interessante. É uma modalidade muito interessante. Agora, eu quero ler um depoimento aqui, vereador Meneguzzi, do presidente, que eu concordo plenamente, João Leidens, presidente do Sindicato Empresarial de Gastronomia. Diz ele: “Quem promove festa, tem turismo. Quem não promove, não terá. Vai ser muito difícil alavancar novamente a vontade e a emoção das pessoas que se envolvem com a Festa. Na minha opinião, teria que acontecer de qualquer jeito”. Opinião de quem conhece todo o segmento gastronômico, hoteleiro, que movimenta toda uma situação. Então, nobres bares, se fala como se a Festa da Uva não desse lucro para a cidade. Nós temos assim um milhão de visitantes. Segundo economistas, em janeiro e fevereiro, nós tivemos aproximadamente R$ 200 milhões que foram injetados na economia através da criação de empregos, através da movimentação do comércio. E o que se está dizendo agora? “Não, vamos postergar, porque é melhor planejar melhor. Vamos envolver a comunidade nisso”. A comunidade, se for chamada hoje, agora, está preparada para participar. E repito, Caxias do Sul é uma cidade solidária. Então é uma notícia péssima para Caxias do Sul. É uma notícia ruim para a economia de Caxias do Sul. Ela diminui a cidade de Caxias do Sul, essa notícia, a sua gente, a sua economia, a nossa cultura, o nosso empreendedorismo, o nosso agro, a nossa agricultura do interior, o nosso meio rural. Sim. Por quê? Porque na verdade é o nosso trabalho que também é celebrado nessa festa, e adiar isso, com certeza, é menosprezar, é menosprezar a importância da festa. E aqueles papinhos também: “Ah, porque saúde, segurança e educação é essencial”. Claro, é muito importante. Mas uma coisa, vereador Rafael, não elimina outra. Elas podem andar juntas. Tu podes dar o tratamento certo e o investimento robusto em saúde, educação e segurança e também fazer a Festa da Uva, que é celebrar tudo isso, a nossa pujança. Eu lhe concedo um aparte.

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Toigo, o senhor que trabalha muito com a temática do turismo, acho que vários vereadores receberam ligações, Whats, enfim. Eu só vou fazer a leitura de uma. De uma que eu citei aqui na sessão que vende o turismo de Caxias do Sul. E ela me pergunta: “Como falar para as pessoas que fizeram as reservas? Qual a imagem da cidade perante o país?”. Daí eu mandei uma resposta para ela: “        Não sei”. “Uma festa como essa, contradição é acabar. Assim é inacreditável. Quem vai acreditar que vai ter festa ainda? Jogaram a festa na lama. Vai ser difícil vender ela novamente. Não terá credibilidade”. E daí ela perguntou como ela vai se comunicar com a agência de viagem do Rio de Janeiro, porque o pessoal já fretou o ônibus, enfim. “Vou falar para a Graça amanhã. Não estou com coragem hoje. Tenho vergonha de falar isso”. Então é lamentável. Como estão as agências de viagem, a rede hoteleira, vereador? Ficou feio para a família Randon. Ficou feio para uma família que tem história. Feio não, papelão. Agora, vereador, adiado é um atestado de incompetência. Faltou relacionamento, faltou sensibilidade, enfim. Peço uma Declaração de Líder, na sequência, para o nosso vereador Toigo terminar o raciocínio dele.

PRESIDENTE FELIPE GREMELMAIER (PMDB): Uma Declaração de Líder à bancada do PDT. Segue o vereador Toigo.

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Faltou respeito com a nossa história e a cultura de Caxias do Sul, vereador Toigo.

VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): Um pequeno aparte, vereador.

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Milhões, como o senhor falou, deixaram de ser investidos na nossa economia. Mas agora eu pergunto, vereador. A festa será só em 2019. Em 2019 sem data, porque ainda não tem data. E a próxima Festa da Uva será quando? Em 2021, quando terá assumido a outra gestão? É outra indagação que a gente tem que fazer também, porque daí não vai ter Festa da Uva também em 2021. Então, vereador, eu deixo isso. Faltou realmente... O vereador Meneguzzi foi cirúrgico na fala dele. Mais uma vez a Secretaria da Cultura, a secretária mostra a incompetência de estar no espaço que ela está. Juntamente isso, a secretária da Cultura que não entrou em campo para intermediar essa situação. Infelizmente, a única vez que não teve Festa da Uva na nossa cidade foi na segunda guerra mundial. Talvez nós estejamos em estado de guerra, realmente, neste momento. Obrigado.

VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Muito obrigado, vereador Rafael. Já vou lhe conceder, vereador Uez. A Festa Nacional da Uva, nobres pares, isso já é um conceito que nós temos que reverberar sempre, não é uma festa de um governo, é uma festa da comunidade caxiense, é uma festa regional, uma festa nacional, é a história de Caxias que está simbolizada, como disse o vereador Elói, nessa festa. E, sim, quem tem que vir a público e querer fazer a festa, quem tem que ser o timoneiro disso é o prefeito municipal. O prefeito municipal é que deve estar à frente dizendo: “Sim, nós vamos fazer mesmo que com dificuldades. Não, nós não vamos fazer e por que”. E não delegar a terceiros. Nós precisamos ter essa definição. O que ocorreu em 2015 quando o presidente Edson Néspolo fez o mesmo questionamento ao prefeito Alceu: “Prefeito, nós estamos numa crise”. “Não, nós vamos fazer. Nós somos empreendedores”. Lá atrás, quando existia uma crise, nos anos 30, nós fizemos também, foi feito. Os empreendedores de Caxias se uniram, se uniram à comunidade, se uniram ao setor empreendedor, foram buscar os patrocínios e a festa saiu. Então é uma festa, nobres pares, que ela está consolidada. Não importa se ela vai ser pequena, mais modesta, grande, pequena.

VEREADOR ALCEU THOMÉ (PTB): Um aparte.

VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Ela, em tese, anda sozinha, vereador Thomé. Ela anda sozinha. Vereador Uez, seu aparte.

VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Concede um aparte depois, vereador.

VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): Obrigado vereador. Colegas vereadores e vereadoras, para mim, eu confesso, eu sentia isso em janeiro ainda. Se vocês olharem as falas que eu fazia... Eu sentia isso na pele porque...

VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Pediu um aparte?

VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): ...tinha que já em fevereiro ter começado os primeiros trabalhos, porque eu lembro do nosso quando a gente era gestor. Em fevereiro já teria que ter os primeiros, as primeiras tentativas iniciais, promover... Faço uso das palavras que eu relatei lá atrás, a Festa da Uva, quando eu ouvia na imprensa: “Não, os colonos que se façam, a Festa da Uva”. Eu não concordo. A Festa da Uva é todos, eu dizia. Mas o braço direito tem que ser da Prefeitura. Sinceramente, eu não concordo. Aquele gestor que está lá... Eu estava lendo ontem no jornal, que faz parte também da Festa da Uva, que a equipe da bocha ainda não saiu de lá. O que vai ser feito lá então nas canchas de bocha? Eu faço isso porque eu faço parte lá do Vera Cruz. Então que diga o que vai ser feito lá na cancha de bocha se não vai mais ter mais. Mas a Festa da Uva é de todos. Para a classe da agricultura é uma perda. Era uma oportunidade única. Eu sei que o agricultor está sempre pronto e gosta de participar. Quando a gente estava lá como subprefeito, Ricardo, Gladis, quando eu precisava deles, não tinha dia de semana, largava qualquer serviço para vir ali porque era um momento único. Uma perda muito grande realmente e vai refletir lá no caixa, lá no caixa da Prefeitura, dos impostos, vai refletir lá no final. Obrigado, vereador.

VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Vereador Rodrigo, o seu aparte.

VEREADOR RODRIGO BELTRÃO (PT): Vereador Toigo, primeiro parabenizar a sua fala. O senhor que tem nesta Casa tentando trabalhar tanto a questão do turismo e agora a gente vê esse banho de água fria por parte da Prefeitura. Então acho que o termo que V. Exa. usa de desmonte é adequado. Só que eu entendo que esta Casa não pode ficar silente. Acho que nós temos que fazer uma moção de contrariedade, fazer movimento para que o prefeito reveja sua posição. Não é admissível até porque o prefeito não é o dono da cidade. Essa festa é maior que o prefeito, inclusive, que tem apenas um mandato outorgado pelo povo, e nós entendemos isso. Então eu acho que se deve iniciar um movimento na cidade, partindo desta Casa, de contrariedade a essa decisão que ataca a nossa história, ataca a história, diminui e comprova aquilo que eu tenho dito. Este prefeito chegou aonde chegou fazendo um discurso fácil como vereador, aquele discurso plástico contra os políticos, enfim. Aí é uma coisa. Quando foi administrar Caxias do Sul, é outra. Então o prefeito demonstra que não tem o tamanho da cidade e, mais uma vez, demonstra que o corpo de secretários e técnicos que o assessoram é um bando de estagiários. Infelizmente, essa é a conclusão. Então, Caxias do Sul, uma cidade de 500 mil habitantes, com toda a história que tem, está na mão de amadores, infelizmente.

VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Muito obrigado, vereador Rodrigo. Eu tenho dois apartes ainda. Vereador Thomé e, na sequência, vereador Daneluz.

VEREADOR ALCEU THOMÉ (PTB): Nós vemos assim com bastante preocupação essa não festa. Eu, até pelo fato de ter trabalhado em torno de 10 ou 12 festas que trabalhei lá dentro recebendo turistas, trabalhando essa questão da uva, a parte da agricultura, isso para nós, assim, a gente vê como um banho de água fria naqueles agricultores que produziam as uvas, que vendiam as uvas e lá ,quando faziam a sua amostragem de uvas, eram aquelas pessoas que davam condições a outras pessoas aprenderem com a questão da uva e selecionar uva e faziam a plantação daquelas uvas diferenciadas. Então, acho que vejo como um banho frio isso, mas, sobretudo, a gente acredita que foi rasgada as questões da nossa cultura, as raízes, onde que tantas coisas eram bem vistas e o pessoal vinha praticando aquela cultura nessas festas. Hoje a gente sente que pode acabar isso. Então, lamentavelmente, a gente fica um pouco entristecido hoje. Obrigado, vereador.

VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): É nesse sentido, vereador Thomé. A Festa da Uva, na verdade, é um patrimônio dos caxienses, é um patrimônio que foi instituído em 1931... Na fala do vereador Elói, é um símbolo da cidade. Muitas pessoas, muitas pessoas se idealizaram, criaram para celebrar a figura do caxiense, o trabalho da nossa gente, as façanhas da nossa terra. Então, realmente, é um símbolo que está se deixando de lado, se menosprezando e que nós temos que lamentar. Vereador Daneluz, seu aparte.

VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Muito obrigado, vereador Toigo. Dizer que eu concordo plenamente com tudo que o senhor falou. E somo ainda que neste dia de hoje nós todos, caxienses, estamos expostos ao ridículo. Sentirmo-nos menores do que todas as cidades Brasil afora. Também dizer que esse evento mexe com calendário de eventos a nível nacional, mexe com a cultura da cidade. Quando o senhor se refere à questão de segurança, saúde, educação, que está sendo dado prioridade, não é verdade. Vila Oliva está há dois meses sem médico, a comunidade lá clama por um médico. Então nem essas questões prioritárias está sendo dada atenção. Muito obrigado.

VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Muito obrigado, vereador. Sim, eu entendo, vereador Rodrigo, que nós temos que estar mobilizados, a Casa do povo é onde que está a pluralidade das ideias, das concepções, dos entendimentos. Nós precisamos sim cobrar uma explicação mais adequada do porque que isso está acontecendo com a nossa maior festa. Não podemos simplesmente receber uma notícia pelo jornal de uma decisão. Nós precisamos realmente tomar uma atitude, entendo, mais eficaz, mais forte. Após os debates eu entendo que nós precisamos fazer isso. A nossa festa que ela simboliza realmente muita coisa, toda nossa história, a questão das tradições, das nossas conquistas. Sem dúvida todos ganhamos com o evento dessa natureza, mas com certeza todos perdemos também em não sendo realizada a nossa maior festa da uva. Então, eu lamento, vereador Chico Guerra, nós gostaríamos inclusive de ouvir a posição oficial do líder de governo nesta Casa. Mas também, vereador Elói... V. Exa. gostaria de um aparte? Eu já lhe concedo.

VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Acho que num, vereador Toigo, desses eventos que nós fizemos da Comissão, liderado por V.Sa., e que estava aqui o empresário Tarcísio Michelon...

VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Turismo regional.

VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Ele anunciou inclusive a inauguração próxima de um grande hotel da rede Dall’Onder em Caxias do Sul. Então, os que vêm de fora investem e apostam na nossa cidade. Nós não apostamos na nossa cidade, no maior símbolo de pertencimento que a cidade tem. Então, de fato, é decepcionante e aí comungo com V. Exa., não dá para se jogar culpa aqui na dona Sandra, no seu Sbabo. O principal culpado disso, do ato de acovardamento, do ponto de vista de realizar essa festa, chama-se o atual prefeito. Sem dúvida nenhuma é o grande responsável que está lá escondido, não coragem nem de falar. Hoje não tem uma matéria dele nos jornais dizendo: Oh, porque que nós decidimos nesse sentido. Não se acovarda e empurra a responsabilidade para cima de outras pessoas. É bem típico do politicozinho oportunista que nega todo o discurso que fazia aqui na Câmara durante oito anos. Obrigado, vereador.

VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Muito obrigado, vereador Elói Frizzo. Eu agradeço a vereadora Paula Ioris pela cedência desse espaço. Novamente reitero dizendo que irei lhe ceder na próxima oportunidade, quando a senhora precisar. E também a participação dos pares nesse debate que é tão caro para nós... (Esgotado o tempo regimental) Esse debate que é tão caro e tão profundo para nós, que é a nossa Festa Nacional da Uva. Obrigado, presidente.

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VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Senhor presidente, senhores vereadores, senhoras vereadoras. É um assunto que nós não podemos nos furtar de entrar nesse debate. Mas eu acho que aqui está sendo dito bastantes coisas e nós estamos sendo repetitivos. Agora, nós vamos dizer essa secretaria, aquela secretaria. Gostaria de saber qual secretaria que está funcionando? Qual secretaria que a gente pode dizer assim: Essa secretaria está trabalhando. Então, assim, nós temos que sugerir fechar essa ou aquela... Só se nós vamos jogar uma moeda para cima. A que cair fecha essa. É isso que nós vamos fazer, jogar uma moeda para cima. Porque não tem... Qual secretaria que nós vamos sugerir que feche? Qual? Eu quero dizer assim... (Manifestação fora do microfone) É, a única que está trabalhando, me auxilia o presidente, é a PGM que negativamente, só perde, perde, perde. Parecia o time de futebol até cair, depois que chegou ao fundo do poço não perde mais. Só a PGM está trabalhando, mas só... Então, assim, tem coisas que nós não podemos... Esse, vereador Chico, eu sei que o senhor está agora na Casa, mas tem acompanhado a política caxiense e bastante tempo de cidade. Eu tive a honra, vereadores, de estar aqui na Casa, participei mais diretamente em três festas como voluntário, e também aqui na Casa apresentar um projeto, o Dia da Entrada Franca, e aprovado por unanimidade dos vereadores. Isso para mim me orgulhou bastante porque eu gostaria de ver a comunidade lá do bairro visitar a Festa da Uva que era... Claro depois foi com a UAB, mudando para uma forma melhor, os dias que podia dar ingresso era nas segundas-feiras que estava vazio e tal, achava-se um jeito melhor, cada presidente achava um jeito para auxiliar. Agora, um prefeito que não é prefeito por enquanto, não sei quando que vai assumir, porque eu quero dizer assim: eu tive a honra de também ser secretário do prefeito Alceu... Se eu estivesse num governo desse eu abria mão. Eu estaria em qualquer um outro trabalho, ganhando 1/3 do salário, porque a gente não está ali por salário, a gente não está aqui na Câmara por salário, a gente também tem vergonha, a gente tem nome, porque a gente se renuncia também, como secretário se renuncia: “Não quero ficar nesse governo.” Porque eu não acredito que a família Randon não é maior que tudo isso. Ficar nesse governo é vergonhoso para a família Randon, vergonhoso para a empresa Randon ficar com o nome deles... Porque alguns outros que disseram algumas coisas no jornal até acredito, porque de repente na hora que foram entrevistados estavam tomando um vinho, alguma coisa, não sabiam o que estava acontecendo, porque de fato eu não acredito que as pessoas concordem que não exista Festa da Uva. Agora, o vereador Rafael também já falou aqui, só não tem Festa da Uva em anos de guerra mundial ou o prefeito Daniel Guerra, só nesses dois períodos. É isso não é? É isso, porque não tem, são outras coisas que a gente não pode admitir, porque tem coisas que o nosso gestor... Acho difícil um prefeito agarrar e dizer. Por que queira ou não... Lembro aí começando pela administração que eu acompanhei mais de perto, a administração do Pepe, qualquer coisa ele centralizava tudo nele: “Não, eu vou responder.” Era crítica ao governo dele, ele centralizava. “Vão bater no meu secretário, não. Vão bater em mim. Eu sou o prefeito, eu sou o gestor.” Ah, levava um pau aqui na Câmara. É isso. “Mas eu sou o gestor.” Gestor de fato, porque ele tinha que assumir essas coisas. Ah, mas foi errado. Bom, vai ter que assumir, vai ter que fazer isso. Nós estamos tentando, vereadora Paula, os membros da Comissão de Saúde, marcar com o secretário há alguns dias, e ele não tem nos dado retorno. Então assim, por isso que eu digo: “Qual o secretário... Qual é o compromisso que eles têm com a população? Que compromisso é esse que eles têm? Como eu disse: “Eu acho que o único jeito de se escorrer qual o secretário que está trabalhando ou não (ininteligível) é jogar a moeda Cara ou Coroa. Não tem outro, não tem outra coisa, porque a Festa da Uva é acima de tudo. Por que já tinha... Eu quero dizer que participei, eu lembro que o presidente talvez umas dez ou onze já participou de Festa da Uva como voluntário, eu quero dizer que participei no mínimo de três como voluntário e eu sei que há três, quatro mil voluntários. As pessoas se sentiam realizadas em poder participar da festa como voluntários. As pessoas ficavam contentes de ser voluntários da Festa da Uva, de estar no desfile, estar participando. Eu lembro da última festa, vereador Adiló, Frizzo, tinha umas reuniões extras lá nos Pavilhões: “Nós precisamos fazer isso.” Fazer andar, independente de quem estava... “O comando é com o Nespolo, mas tem que ter os apoios, tem que botar a funcionar. Isso aqui tem que funcionar. As reuniões de secretariado têm que funcionar. Essa Festa da Uva vai ser boa. A outra tem que ser melhor.” Se dizia que essa ia ser melhor que a passada. Historicamente sempre se dizia isso. A próxima tem que ser melhor. Então isso tem coisas que... A questão hoteleira... Quanta gente perde, quanta gente perde com a não Festa da Uva de Caxias. Então eu vejo que se o nosso prefeito... Talvez ele venha chamar ou nós podemos conversar com ele, se ele pode agendar com a população ali, pegar o megafone dele, chamar a população, se ele quer, se a população quer a Festa da Uva ou não. Vai com o megafone dele, chama ali. Tem uma população que quer a Festa da Uva. Tem uma população que quer comer um cachinho de uva lá. Pega o megafone e vai ali e bota no megafone e diz: oh, vocês querem.. Porque não deu para fazer. Ia fazer o plebiscito? Não. Isso não é... Nós estamos caindo, nossa cidade cai no ridículo como foi dito. Nós, disse ainda na semana passada, o Néspolo, nas redes sociais também dizendo que nós estamos perdendo muito longe daquelas piadinhas que nós tivemos para Bento Gonçalves. Nós nunca pensávamos chegar neste ponto que estamos chegando hoje em Caxias de cair nesse ridículo, de dizer que não tem Festa da Uva por pura incompetência, por quando, o Ovídio que está aqui presente, quando foi feita a Festa da Uva também não se tinha recurso, também não se tinha recurso. E nessa época que não tem recursos é a hora de fazer alguma coisa, mostrar a sua parte, mostrar a sua parte. Então eu diria o seguinte. Como se dizia assim: o salário dos secretários está bom. O salário dos vereadores é bom, mas renuncia, se não está trabalhando. Se não está trabalhando pede e diz assim: eu não vou ficar goela abaixo. Eu tenho um nome a zelar.  Eu acho que o nome da gente... É acima de tudo... Eu sou lá do tempo do tempo do... Quem nasceu lá em Jaquirana, a gente tem...  A palavra vale muito mais que algumas coisas, porque têm coisas que não.... Não pode. Não vou ficar mais, por isso, por isso, por isso e por isso. Então eu acho que se renuncia uma secretaria, sim, como fez o Darcy, da Saúde. Ficou sessenta dias e renunciou, renunciou. E renunciou logo a diretoria junto porque não se pode ficar em casa ouvindo chacota de tudo... Vai em uma família, uma reunião de família, ouvindo chacota. Bom, mas foi tu que... A tua marca. Foi tu que é o gestor da Festa da Uva. Foi tu que fechou  a Festa da Uva. Foi tu que fechou a Festa da Uva. Essa marca fica para o prefeito, entre em um ouvido e sai em outro.  O seu aparte, vereador.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Renato, o senhor como pai de família, morador lá do Fátima, sabe o quão importante é a presença da comunidade, das forças vivas da comunidade, o clube de mães, na organização da Festa da Uva. Agora algumas indagações a gente tem que fazer na nossa cidade. Quem raciocina um pouco. A passagem do ônibus congelou. Foi o conselho. A Festa da Uva quem cancelou? Foi o conselho. Então para que precisa de gestor, meus colegas vereadores? Se tudo quem resolve é o conselho? Para que precisa de gestor. Que o gestor é um covarde, incompetente e o líder governo não se manifesta para dar posição oficial do governo. Então para que gestor? Bota conselhos. Vamos fazer as comunas, que daí não precisa de gestor. Obrigado. Ou a justiça, não é vereador? Porque a justiça dá o caminho.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, Vereador Rafael. Quando tem Festa da Uva a gente vê as vitrines tudo se embeleza. Os descendentes, os descentes de imigrantes. É uma história a Festa da Uva. O comércio, o movimento no nosso comércio. A cidade toda participa da Festa da Uva. É uma história que a gente pode dizer: essa decisão é lamentável de dizer que não... (Esgotado tempo regimental) Era isso. Quero dizer que nós... Como concordo hoje com a capa do Pioneiro, estamos de luto. Nossa cidade está de luto, porque não acreditava que o prefeito chegasse a esse ponto.
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VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores. Cumprimentar quem nos acompanha pela TV Câmara, aqui também do plenário. Nossa saudação ao ex-vereador e ex-presidente da Festa da Uva, Ovídio Deitos, que está aqui nos acompanhando. Olha, não tem como não falar sobre a Festa da Uva. Lamentavelmente nós não queríamos estar falando. Inclusive eu perdi uma aposta ontem. Ontem eu apostei que ia sair a Festa da Uva. E aí tu pegas o jornal de 5 de agosto de 2016 tem uma entrevista do prefeito aonde ele critica o equívoco de tirar o desfile da Festa da Uva da Sinimbu, por que é uma tradição dos antepassados, que o Prefeito não tem o direito de fazer isso, que ele iria consultar a comunidade antes de tomar qualquer decisão. Ele consultou alguém? Para decidir se a Festa ia acontecer ou não? Então é muito fácil aqueles discursos inflamados que se fazia aqui, que a gente acompanhava, hoje ver essa situação. Em primeiro lugar, nós temos que estabelecer um paralelo. Quem marca a futura festa não é o prefeito, é a Comissão, é a comunidade. Ela está marcada, 22 de fevereiro a 11 de março de 2018. Então a Comissão atual está cancelando uma Festa já anunciada, programada, com projetos de captação de recursos encaminhados. Os expositores que participam de uma festa, em média 70 a 80% já faz a reserva de espaço para a outra festa. Eles deixam de assumir compromissos em outros eventos, se programando para Caxias. Então tudo isso está sendo cancelado por um ato sem discutir com a comunidade, como se anunciava em 5 de agosto. Cadê a discussão com a comunidade? Eu fico me lamentando pela família Mioranza e a família Randon. A Sandra não merecia ser colocada nessa fria e depois puxar o tapete. Ontem, eu achava até que ela iria entregar a sua carta de renúncia, que era o correto, até pela dignidade da sua história, da sua pessoa. Ela, junto com o anúncio do cancelamento... Porque colocar alguém numa tarefa nobre dessa, representar uma comunidade de quinhentos mil habitantes e depois puxar o tapete, lhe negar o apoio, é dizer assim: pega o teu boné e continua cuidando da tua vida. E eu dizia aqui e vou repetir. Esses internautas que gostam de criticar os vereadores, que acham que a gente não pode ter opinião, fiquem muito à vontade, eu aceito as críticas e vou respeitar sempre, mas eu venho dizendo desde o primeiro momento: desmontar a máquina pública é fácil, qualquer um é capaz. Agora, eu quero ver fazer ela funcionar e atender os anseios de uma comunidade que votou e que apostou em massa. Então, nós estamos vendo um desmonte todo dia de alguma coisa que vinha funcionando. Mas será que estava tudo tão errado? Essa pergunta, eu não consigo entender. E o trade turístico que vive no meio desses eventos, qual é a credibilidade que eles vão ter para futuras festas?
VEREADOR FLAVIO CASSINA (PTB): Permite um aparte?
VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Já lhe concedo, vereador Cassina. E as festas regionais aqui na volta, nós mexemos com todo um calendário. Olha, nobres pares, isso aqui tem apenas um sinônimo que eu daria: falta de ousadia. É falta de ousadia. Se essa é a nova política, por favor, tragam de volta a velha, porque ao longo desses anos a Festa da Uva funcionou com aquele modelo. Merecia correções? Merecia. Todo ano se tenta inovar. E hoje é o dia do aniversário de Gelson Palavro. Eu acho que ele está muito triste, ele não esperava esse presente, esse anúncio. Quatro Festas liderou. Nós participamos de seis Festas como diretor de infraestrutura. Nunca questionamos se ia dar para fazer ou não ia dar. Em 2005, junto com o Mauro Pereira, com aquelas maluquices dele, enfrentou aquele estacionamento para ônibus lá, mas entregou ele. O pórtico, nós conseguimos entregar três dias antes. Eu tenho comigo que a Festa da Uva pega no tranco, é só tu dizer que quer fazer. É isso que o prefeito tem que dizer: “Vamos fazer a Festa, contem comigo, a Prefeitura vai estar do lado de vocês, comunidade, a Festa é da comunidade”. É isso que está faltando. Essa falta de ousadia, falta de coragem de querer mostrar para que lado nós vamos caminhar aqui em Caxias do Sul. E dizer, como nós ouvíamos aqui, Chico Guerra, o seu irmão fazer discursos inflamados, dizendo que dinheiro não era problema, o que faltava em Caxias era gestão. E agora? A Festa, eu não acredito que 2018 seja o pior ano da história da economia, da crise. Nós já passamos por altos e baixos, e a gente sempre conseguiu fazer a Festa. A Prefeitura, o Poder Público, o prefeito tem obrigação de apenas dizer: “Nós vamos continuar a tradição do povo de Caxias do Sul. Comunidade, nos ajude, vamos fazer a Festa”. E a Festa iria sair. Então, eu lamento, profundamente, pela Sandra Randon. Não merecia isso, colocar ela em tamanha fria, puxar o tapete. Até porque 2019 tem uma série de complicadores. É muito difícil fazer. Tem eventos regionais. O trade turístico tem a sua programação. Eles têm planejamento. Se nós não temos aqui, mas eles têm. Eles não são amadores. Esse pessoal que sobrevive do trade turístico são extremamente profissionais, e Caxias vem sofrendo com isso. E aí o vereador Meneguzzi tem toda a razão. Com a economia de uma secretaria que está amorfa, que não está funcionando, dava para antecipar um bom valor até julho, agosto. Só economizado com a Secretaria de Turismo dava para dar um aporte para começar a festa. Poderia ser até um empréstimo. Não precisava ser uma doação. Mas a festa iria sair. Eu tenho certeza. Então, nobres pares, é lamentável a gente ter que vir aqui hoje e puxar esse tipo de assunto. Mas nós, ontem, falamos aqui, nós estamos levando um banho de Flores da Cunha, de Farroupilha, de Bento Gonçalves. Citamos o Paraguai, que é uma ameaça concreta que está ali. E agora nós vemos mais um gesto concreto para desestimular o turismo. Se criticou tanto o desfile na Plácido de Castro. Podia voltar para a Sinimbu, como a feira está voltando para a praça. Sempre foi dito pelo prefeito Alceu: “Vamos testar. Se o pessoal não gostar, volta”. A praça não vai embora, ela está aí, a Dante Alighieri, na questão da Feira do Livro. O desfile poderia voltar. Agora a nova política foi tirar o desfile do cenário. Acabamos com ele. Vereador Cassina, o seu aparte.
VEREADOR FLAVIO CASSINA (PTB): Nós temos muito pouco tempo para expressar a nossa indignação. Enfim, eu gostaria de fazer uma pequena observação. Bento Gonçalves, que dá de arreador em nós em termos de turismo, teve um prejuízo incalculável, incomensurável com aqueles anos que não saiu a Fenavinho. Para depois recuperar o terreno perdido... Porque Caxias foi a precursora das festas regionais e inspiração. E nós tivemos a satisfação de fazer parte dessa última Festa da Uva representando esta Casa, como vice-presidente do setor público. Iniciamos esse trabalho, depois foi complementado pelo vereador Edi Carlos. E com tristeza a gente diz que não vai haver festa. O vereador Beltrão até sugeriu um movimento nosso para que pudéssemos fazer com que voltasse atrás dessa decisão. Só que é o seguinte, não conte comigo para ajudar, porque eu não trabalho com a divindade. Como é que tu vais trabalhar com alguém que é Deus, que não aceita a opinião de ninguém, que não tem diálogo? Então, se sair a Festa da Uva, não contem comigo. Pelo menos enquanto tiver o PG no comando da Prefeitura. E nos outros anos o Sindilojas, o Sindigêneros, CDL, a CIC foram parceiros estratégicos. Então eu também não gosto muito quando se critica as entidades, porque ninguém está lá para ver a bronca toda que eles têm que enfrentar para tocar o seu dia a dia. Os investimentos feitos no parque, vereador Adiló, superaram em muito, porque não foram investimentos no Parque da Festa da Uva, foi um investimento em toda a região. Só a drenagem que foi feita lá, quanto vale isso aí? Então dizer que a Festa da Uva deu prejuízo de 2 milhões? Não. Ela deu lucro de cinco, seis; fora o impacto na economia. Porque, uma conta grosseira, 900 mil pessoas que gastassem R$ 20 cada uma aqui, quanto é que dá isso aí na economia? O impacto na economia. Tanto é que, no mês de fevereiro do ano passado, só em fevereiro foram criados 1.200 empregos na cidade, na contramão da crise, 1.250 empregos em fevereiro do ano passado em função da Festa da Uva. Então não se faz esse cálculo, não é? Enfim, eu só quero manifestar a minha indignação, repito, porque a nossa principal marca está indo para o saco. Os eventos regionais todos têm as suas programações. Para depois encaixar de volta, para voltar no tempo é uma coisa muito difícil. Obrigado, vereador.
VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Obrigado, vereador Cassina. Vereador Rafael, desculpa. Fico lhe devendo também. Ok. Obrigado, senhor presidente, senhoras e senhores vereadores.
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VEREADORA PAULA IORIS (PSDB): Bom dia a todos. Bom dia, presidente. Bom dia, colegas vereadoras, vereadores, quem nos assiste no canal 16 e os presentes aqui. Eu gostaria de dizer que eu vi um outro momento aqui este ano o silêncio e esse jeito de... como se nós estivéssemos velando alguma coisa, como estamos hoje, que foi quando houve a renúncia do vice. Hoje a Festa da Uva é adiada. São dois fatos marcantes na história, muito sérios. Por isso eu faço essa leitura de como está o ambiente. Todo mundo concentrado, silencioso, que muitas vezes a gente tem que tocar a campainha para pedir silêncio, eu toco bastante a campanha. Então isso é muito significativo. A gente fica chocada com determinadas coisas que estão acontecendo. Em relação à Festa da Uva, que é o acontecimento de hoje, eu trago dois pontos para gente refletir, até acompanhando o que está nas redes sociais ou nos jornais, os comentários, mas eu trago à reflexão dois aspectos. Um, se nós olharmos... Nós temos que ver como a gente olha para festa? Como uma festa ou como uma alternativa de uma nova matriz, que é o turismo, que foi falado durante a campanha, que é um tema que nós estamos tratando e que é uma alternativa que a gente vê que as cidades têm, em geral, como forma de desenvolvimento. Então se fala em Caxias de uma forma forte... E nós temos uma nova matriz visto que a nossa situação, e da indústria, está passando por toda essa situação, essa dificuldade. Então não é uma coisa ou outra, mas ambas. Nós temos aqui um trabalho muito importante da Comissão de Desenvolvimento Econômico, presidida pelo Gustavo Toigo, pelo nosso colega, eu não faço parte dessa comissão, mas acompanhei todo o trabalho pela importância do tema. O que a gente vê neste grupo de trabalho? A participação da rede hoteleira, da gastronomia, do comércio, de pessoas que estão na esperança de que alguma coisa aconteça e estão motivadas para que uma nova alternativa se crie. A Festa da Uva é uma ação importante na nossa marca. Então de que forma nós olhamos para definir se é prioridade ou não? Como uma festa, que a gente vai todo mundo se divertir e gastar recursos, ou como uma alternativa? É claro que é a segunda. Então isso é determinante para a gente ter essa opinião, que é o foco que a gente coloca. Esse é um ponto. Então a forma como olhamos para a festa. O segundo ponto que eu diria desta decisão é a forma que, para mim é o mais importante, o que de fato está por trás dessa decisão. Para mim, é a forma individualista como está sendo coordenada a nossa cidade. Isso está aparecendo em vários temas. Nós estamos vendo essa forma individualista... Quando a gente está numa crise, se a gente vê a festa como uma alternativa dentro do aspecto do turismo, a gente reúne todos, reúne a comunidade, reúne a Câmara Vereadores, reúne as entidades e como nós podemos fazer a festa se estiver acontecendo toda essa dificuldade econômica que está sendo dita? Vamos trazer à luz, vamos tratar com transparência e vamos nos unir para fazer. Mas é que não está havendo essa união. As decisões estão sendo individualistas. Nós estamos vendo isso na Maesa, nós estamos vendo isso na Visate, nós estamos vendo isso na situação da saúde, que a gente chama para conversar, que a gente dá a nossa opinião, a nossa contribuição e não está sendo reconhecido. Então, eu vejo que essas duas questões são importantes: olhar a Festa da Uva como uma alternativa importante, como uma nova matriz da nossa cidade, e a forma como está sendo governada a nossa cidade, é individualista. É importante... Eu não estava aqui nesta Casa no ano passado quando vocês referem a forma como o vereador Daniel Guerra se posicionava. Então eu não venho na mesma intenção que vocês vereador vêm na crítica. Eu não vinha, eu não sofria isso na pele. Mas as atitudes mostram quem são as pessoas. E é o que a gente está vendo, o individualismo. Então, isso é muito grave porque nós precisamos dar um passo atrás e ver o que nós vamos fazer com a nossa cidade porque eu não tenho dúvida... Vocês sabem, normalmente ocupo esse espaço para a gente falar de saúde, de segurança e isso é prioridade, mas uma coisa não elimina a outra, de forma alguma. Se nós encontrarmos no turismo como uma alternativa de nós trazermos turistas, de nós fazermos negócios... Uma coisa não elimina a outra. Nós estamos num tamanho de cidade que não permite mais que a gente faça isso. Então, eu quero registrar também a minha indignação especialmente pela forma como os assuntos vem sendo tratados. E eu estaria totalmente aberta se houvesse uma revisão nessa decisão para nós nos unirmos todos e pensar o que é bom para a nossa cidade. A não ser isso eu sigo na linha do que o vereador Rodrigo propôs, nós não podemos deixar ver a coisa escapando na mão. Aqui foi falado em covardia, foi falado em amadorismo. Eu penso em despreparo, a minha visão é de despreparo. Eu acho que tem muita gente... Eu tenho tido contato com secretários e tenho encontrado gente trabalhando, muita interessada, mas eu acho que tem muita gente que não conhece a nossa cidade, que está junto, e eu vejo como despreparo, talvez seria a palavra mais forte.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Permite um aparte, vereadora Paula?
VEREADORA PAULA IORIS (PSDB): Pois não, vereador Frizzo.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Numa outra oportunidade aqui até eu comentei quando foi anunciado a nome da senhora Sandra para presidir a comissão, porque eu sempre parto do pressuposto, vereadora Paula, de que o prefeito Daniel Guerra não é uma pessoa burra, vamos falar no termo mais grosso, ele é uma pessoa inteligente. Por traz da decisão dele eu acho que está bem aquilo que o vereador Adiló está colocando seguidamente na Casa, é a obsessão dele de desmanchar tudo que tinha para trás, de destruir, como se fosse um novo czar da cidade, que vai reconstruir das cinzas a nossa cidade. O que tinha para trás não serve, só vale o que vem para frente. É uma opinião megalomaníaca, é uma coisa de doente mental. Quem pressupõe isso digo que tem para trás... Só tem coisas ruins. Ao contrário, eu mesmo citei aqui, vereadora Paula, convida o Paulo Spanholi e ele faz a festa. Convida o Roberto De Lazarri e ele faz a festa, porque eles tem uma visão coletiva de comunidade, eles mobilizam as pessoas. Convida o vereador Felipe e ele faz a festa. O Toigo, com essa postura agora de puxar esse assunto do turismo... Duvido que o Toigo presidindo essa festa não faria essa festa.
VEREADOR FLAVIO CASSINA (PTB): Um pequeno aparte.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Então nesse sentido, vereadora Paula, é uma atitude covarde contra a cidade, contra um símbolo de pertencimento da cidade, que destrói com a nossa economia porque a repercussão econômica é muito grande, ela é muito grande a repercussão econômica porque ela mobiliza milhares de pessoas. Nós não somos mais uma paroquiazinha: Ah, não dá para fazer esse ano e vamos fazer no ano que vem. Não é assim, tem todo um planejamento por trás. Eu vi aqui as manifestações, vereador Toigo, a vereadora Paula já citou também, daquelas três eminentes pessoas que vieram aqui falar, o Michelon, o menino do Samuara...
VEREADORA PAULA IORIS (PSDB): Pedro Sehbe.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Eu digo assim, eles focam no planejamento regional inclusive. Tu perde essa data, depois como é que tu vai fazer em... Vamos falar em 2019. O vereador Rafael até levantou isso. Mas como é que tu vai trabalhar 2021? Tu está trocando de administração. Até o fato de dois em dois anos, vereadora Paula, tinha esse motivo de não coincidir com a eleição. Então, até nesse aspecto eles erram, lamentavelmente. Obrigado, vereadora.
VEREADORA PAULA IORIS (PSDB): Em relação à festa e ser alternativo no final de semana outras pessoas citaram aqui... Fui a Nova Petrópolis, no Festimalha, e não consegui almoçar em Galópolis, tive que ir a Gramado... (Esgotado o tempo regimental) Não tinha mais comida. Imagina o que movimenta. Então nos resta agora ver quais são as alternativas que a cidade oferece, que projetos para o nosso desenvolvimento, que até agora não vimos. Se o turismo será uma alternativa, porque a região toda tem como alternativa. Desculpa, vereador, acabou o tempo. Vereador Cassina, fica para a próxima.
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VEREADOR FLAVIO CASSINA (PTB): Vereador Beltrão, trinta segundos.
VEREADOR RODRIGO BELTRÃO (PT): Por gentileza, vereador.
VEREADOR FLAVIO CASSINA (PTB): Só para lembrar a vereadora Paula que o nosso PG é só questão de coragem mesmo, só de coragem. Porque o faraó tem um exército poderoso de 148 mil pessoas para ajudar, é só ser líder e fazer um chamamento. Obrigado.
VEREADOR RODRIGO BELTRÃO (PT): Obrigado, vereador Cassina. Eu peço escusas, não vou me manter nesse tema, que nesse dia tão importante, nós temos na pauta aqui hoje a aprovação de uma homenagem póstuma, posso dizer assim, vamos denominar, se aprovado, o Espaço Multicultural da Festa da Uva com o nome de Xiruzinho, João Darlan Bettanin. Queria saudar a sua esposa, a Marcia, e a sua filha, Eduarda, e os amigos que acompanham. Então eu quero fazer uma abordagem porque na hora da votação nós não podemos passar vídeo, e nós preparamos aqui um material. Eu quero passar aqui no telão para os senhores e senhoras poderem ter um pouco mais de contato com a obra do Xiruzinho, embora aqui praticamente todos nós conheçamos o legado dele. Apenas fazer uma observação em relação a esse tema, porque o então vereador Daniel Guerra dizia muito que o prefeito Alceu era bipolar. Eu acho que o prefeito Daniel Guerra sofre com essa bipolaridade, porque para uns temas faz aquela consulta pública e se expõe ao máximo com entrevistas coletivas. Agora nesse assunto fundamental para a cidade, onde se esperava da Festa da Uva uma alavanca para retomar a nossa economia, uma oportunidade, ele se esconde. Fez aquela “consulta pública” sobre a Feira do Livro na praça e agora se esconde em relação a um tema tão importante. Então é de lamentar, mas acredito na reversão, porque Caxias e a Festa é maior que o prefeito. Isso eu tenho certeza. Então feitas as observações, eu quero dizer que nós protocolamos esse projeto em 2015. Infelizmente em 2014, no dia 20 de abril, nós tivemos a notícia trágica do falecimento do Xiruzinho. Caxiense este que, em 20 anos de carreira, colecionou diversos troféus. Participou praticamente de todos os festivais de música nativista aqui no Rio Grande do Sul e tem uma obra tão importante que ultrapassa as nossas fronteiras, inclusive do Brasil. Xiruzinho:
 
  • Estudou violão clássico com o maestro ELEONARDO CAFFI
  • Começou sua trajetória em 1983
  • E de 1986 a 1992 já foi convidado para participar do importante festival lá na Província de Corrientes, na Argentina, chamado FESTIVAL DEL CHAMAME.
  • Depois disso, o Xiruzinho gravou o seu primeiro LP, em 1991, pela ACIT com o nome "UM PARELHEIRO QUE TENHO".
  • Depois esse LP foi regravado através de CD em 1998.
(Texto fornecido pelo orador.)
 
 
Houve mais duas importantes obras através do Fundo Pró-Cultura com músicas próprias. E fácil de citar que para a última delas, que é o CD Sem Fronteiras, que inclusive convidou vários músicos locais engrandecendo a sua obra. Posso citar Renato Borghetti, Fábio Alves, Lázaro Nascimento dentre outros. Xiruzinho foi a cara, digo, o espírito, a cara da formação da nossa cidade. Nasceu em 23 de junho de 1965, em Esmeralda. Veio para Caxias do Sul e aqui fez sua vida, aqui botou seu coração, constituiu família, teve filha. E aqui é onde alavancou sua obra. Então para nós é importante, no momento em que se fala tanto de Festa da Uva, a cidade que ganhou esse espaço importante, esse espaço multicultural ali na Festa da Uva, que tem bem essa característica, embora seja multicultural, nós tenhamos inclusive ouvido e presenciado shows de vários tipos, mas sabemos que a nossa música, a nossa cultura é a grande referência deste espaço. Então entendo que, nesta manhã, nesse importante dia, nós colocarmos o nome do Xiruzinho neste espaço dignifica, enaltece o mister que ele representou para a nossa cidade. E eu falei da Argentina, fez também duas turnês pela Itália e é um legado extremamente importante. O Xiruzinho ele também, além de ser um grande compositor, um intérprete, um músico, era advogado de profissão e pôde, de uma forma constante durante a sua vida, estar reproduzindo e irradiando a nossa cultura. Só para citar em termos de comunicação, ele teve um importante programa na Rádio São Francisco, que era de segunda a sábado. Depois também teve um programa no canal 20, da Net e todo esse legado faz com que o  Xiruzinho  tenha sido um verdadeiro embaixador da nossa cultura nativista, não só de Caxias do Sul, que nos orgulha muito, mas por que não dizer da cultura gaúcha e da cultura latino-americana. Então falar desta pessoa que enalteceu a nossa cidade e enaltece até hoje através da sua obra. A obra dele demonstra a imortalidade do autor, isso faz com que nós possamos, neste momento, de bastante dificuldade e bastante crise, talvez com este projeto e com esse gesto da Câmara reacender essa discussão tão necessária do fomento da nossa cultura, do nosso turismo e principalmente do reconhecimento das nossas pessoas.  O Xiruzinho quando escreveu a obra: A Arte Real, em 2012, e lançou, ele cunhou uma frase que ele dizia mais ou menos assim: A dignidade do homem está no reconhecimento do seu trabalho. Então hoje é uma grande oportunidade de todos nós fazermos o reconhecimento do Xiruzinho.  Ao reconhecê-lo não basta, não é somente uma homenagem à pessoa dele, mas principalmente a este legado e serve como estímulo a todos nós da importância dessa identidade cultural. Obviamente nós somos pessoas, somos indivíduos, mas estamos dentro de uma cultura que forja as pessoas. Então de forma resumida, eu queria dizer essas palavras...
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Permite um aparte?
VEREADOR RODRIGO BELTRÃO (PT): Sim, já lhe permito, vereador. Quero pedir a nossa assessoria aqui passar um vídeo que a gente fez apenas... Alguns vídeos a gente montou para poder trazer aqui a obra dele. Aí é no Galpão Crioulo. (Segue a reprodução do vídeo.) Esse foi um tributo de vários músicos. (Segue a reprodução do vídeo.) Vereador Elói Frizzo.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Vereador Rodrigo Beltrão, eu lhe cumprimento pela iniciativa da homenagem. Nós vamos ter mais tempo depois para discutir aqui, mas eu diria assim que quem conheceu o Xiruzinho, como muitos de nós aqui conhecemos nos últimos anos todos... Para o senhor ter uma ideia, a primeira reunião que eu fiz para a minha campanha, em 1982, foi na casa do Xiruzinho. Me lembro da dona Glória, aqui na 13 de Maio. No porão da casa da dona Glória morava o Jorge Rodrigues, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, e fizemos ali uma reunião. Então foi a primeira vez que eu conheci a família do Xiruzinho. A partir dali, durante muitos anos, a gente conviveu, como muitos desta Casa conviveram com ele, como V. Sa., o Pepe e outros tantos. Mas, sem dúvida nenhuma, eu acho que nós temos que resgatar, gradativamente, a memória do Xiruzinho, porque, sem dúvida nenhuma, para mim, ele está num patamar assim de um Noel Guarany. É um pajador, é um cantor missioneiro daqueles... Um dos melhores cantores missioneiros e tal. Então, nesse sentido, eu lhe cumprimento pela iniciativa, porque nós estamos resgatando aqui uma pessoa que era um símbolo da nossa cidade e que, lamentavelmente, nos deixou naquele acidente. Eu gostaria de registrar também aqui a presença desse grande companheiro dele de toadas para lá e para cá, que é esse instrumentista famoso, toca com Pedro Ortaça e com tantos outros, que é o Luiz. Está aqui nos prestigiando. Luiz, tu também é um símbolo desta cidade. Tu adotou esta cidade, tu reside aqui, tu é uma referência musical. Então, eu acho que, numa homenagem ao Xiruzinho, ter a tua presença aqui, sem dúvida nenhuma é algo muito interessante do ponto de vista do “prestigiamento” que está dando a esta Casa. E na pessoa do Arlei, velho companheiro do Xiru, de anos e anos e anos, os compadres, que nem eles se chamam, ele, o Roberto e o Xiru... Então dizer que é bonita a homenagem que V. Sa. está prestando. E no momento em que nós estamos discutindo a Festa da Uva. Quero saudar também os familiares, as irmãs, a esposa. Não convivia tanto com vocês, mais com o próprio Xiruzinho. Então, para mim, as referências são mais as pessoas que andavam com ele para lá e para cá. Mas, sem dúvida nenhuma, vocês são os que mais sentiram a falta dessa grande figura humana que era o Xiruzinho. Então, os meus cumprimentos, vereador Rodrigo. Fico muito feliz de ter tocado esse processo na Comissão. E quem sabe esse espaço na Festa da Uva vai ter, de fato, uma simbologia muito interessante. Eu acho que é um resgate importantíssimo que V. Sa. está patrocinando. Obrigado.
VEREADOR RODRIGO BELTRÃO (PT): Obrigado. E só para concluir, senhor presidente, V. Exa. lembrou do Noel Guarany. É importante também frisar que o Xiruzinho fez dois tributos, dois trabalhos longos, aonde ia a diversos locais para trazer, para representar e interpretar a obra do Noel Guarany e do Jaime Caetano Braun, que são dois grandes nomes. Também o considero nesse patamar. Por fim, sabemos que a memória e a obra estão vivas, ainda mais agora com a aprovação iminente que na sequência teremos. Obrigado, senhor presidente. No momento oportuno volto ao assunto.
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VEREADOR PAULO PÉRICO (PMDB): Obrigado, senhor presidente. Senhoras vereadoras e senhores vereadores. Inicialmente, eu queria cumprimentar o vereador Rodrigo Beltrão por essa excelente proposição. Na Comissão de Constituição e Justiça também passou para mim e na hora... Porque eu conhecia o Xiruzinho. E eu acho que é de extrema importância essa homenagem a ele. A minha preocupação – e com certeza a nossa Casa vai fazer essa homenagem ao Xiruzinho –, a minha preocupação é que o nome dele talvez estará num local na Festa da Uva que talvez não tenha mais nada lá naquele espaço. Essa é a minha preocupação hoje. Quando, na verdade, essa homenagem é justamente para que ali se fizesse essa referência...
VEREADOR EDSON DA ROSA (PMDB): No momento oportuno, um aparte, vereador.
VEREADOR PAULO PÉRICO (PMDB): Se fizesse essa referência àquela pessoa que tanto contribuiu para a construção daquele espaço e também da Festa da Uva. Então, eu queria cumprimentar o Rodrigo Beltrão, os familiares do Xiruzinho e os companheiros do Xiruzinho. Mas o PMDB não poderia deixar também de aqui colocar a sua palavra neste momento que... Eu nunca vi a Câmara de Vereadores, neste pouco tempo que aqui estou, com este semblante. Eu nunca vi. Hoje eu lhes digo, caros colegas, que, mais do que nunca, nós somos, efetivamente, os reais representantes da comunidade de Caxias do Sul, porque eu tenho convicção que a comunidade de Caxias do Sul, hoje, está como está esta Casa. E nós representamos esta comunidade. Porque eu falava aqui há uns... Acho que no início de março eu já dizia aqui, estão nos Anais, que eu tinha convicção que não sairia a Festa da Uva. Muitos me criticaram, mas eu dizia aqui: “Não vai sair a Festa da Uva”. Coloquei aqui também quando, um mês atrás, uma das princesas me disse: “Já nos chamaram pedindo se ficaríamos mais um ano como rainha e princesas da Festa da Uva”. Voltei aqui e aqui afirmei. Quando aquela primeira vez na minha tribuna, quando falei aqui de liderança, eu falei também que o líder tem que ter um planejamento estratégico. E pedi, aqui nesta tribuna, o planejamento estratégico desta prefeitura, e infelizmente nós não vimos absolutamente nada de planejamento estratégico. Isto é, não existe um plano de desenvolvimento do nosso município. O que existe, e como o colega Frizzo colocou nesta semana quando na reunião do plurianual, V. Exa. colocou que eram coisas no ar e que efetivamente não tinha nada proposto, efetivamente. E hoje mais uma vez nós estamos aqui comprovando, infelizmente, infelizmente que não há uma proposta efetiva de um planejamento, de um plano de governo, de uma nova forma de governar que assim foi dita durante a campanha. Então, vereador Chico Guerra, leve para o prefeito Daniel essa nossa preocupação, porque nós aqui estamos demonstrando uma preocupação que é a preocupação da comunidade de Caxias do Sul. O presidente me colocou, eu entrei agora no Facebook da princesa Patrícia Zanrosso, ela fez um texto maravilhoso no seu Facebook ontem. Ela inclusive coloca relatos de toda a trajetória da história da família dela, Piccoli Zanrosso, ali da Linha 40, e tudo que a família construiu para a Festa da Uva, e como a Festa da Uva foi importante para essa família. Então é muito interessante o que uma princesa coloca, porque vem de alguém que realmente viveu a Festa da Uva, não só dentro da família, mas também hoje como princesa. E a questão econômica, porque a família também cresceu economicamente em cima da construção da Festa da Uva. Então nós não podemos deixar passar este momento da importância que é esse vento. E aí nós falamos tanto aqui do trade turístico. E eu me lembro que eu falei aqui semana... Ou melhor, acho que foi terça-feira. Eu disse aqui que não ia sair a Festa da Uva e que, se saísse em 2019, ia bater com a Fenavinho. Então nós vamos competir com a Fenavinho, onde Bento Gonçalves, segundo o secretário de Turismo de Bento Gonçalves, colocou que este ano Bento Gonçalves está esperando em torno de... Uma arrecadação de mais de R$ 2 milhões só em turismo. Só em turismo de consumo, consumo. Então não sei o que nós vamos receber no ano de 2017. E chamo atenção também que nós já passamos por várias crises como todos os colegas aqui.
VEREADOR EDSON DA ROSA (PMDB): Permite um aparte?
VEREADOR PAULO PÉRICO (PMDB): Só deixa eu concluir, vereador Edson. Como vários colegas aqui colocaram, nós já passamos por várias crises. A crise de 1986, quando o presidente Sarney assumiu, e no ano, 1987, foi aquela crise de uma inflação de 40, 50 e terminou com 70% no mês. Naquele momento Caxias do Sul não se furtou de fazer a sua Festa da Uva. Mesmo naquela crise. Nós estamos em crise? Nós estamos saindo da crise. Nós estamos saindo da crise. Aí está o crescimento hoje no jornal Pioneiro, o crescimento econômico. E a princesa Patrícia coloca isso, esses dados, está aí no Jornal Pioneiro o crescimento, certo? Então, na verdade, qual é a nossa preocupação? A nossa preocupação é de que há uma evolução econômica do Brasil e há uma involução dentro da Prefeitura, porque está sendo tudo cortado, tudo está sendo cortado. Quer dizer, para que caminho nós vamos? Aqui eu vejo o ex-vereador-presidente da Festa da Uva, Ovídeo Deitos, um forte abraço, ele que foi colega do meu pai na Câmara de Vereadores. Hoje o senhor deve estar com o coração partido por tudo que o senhor ajudou a construir e essas comissões comunitárias. Eu lhe passo a palavra, vereador Edson, por favor.
VEREADOR EDSON DA ROSA (PMDB): Obrigado, vereador Paulo Périco. Nesta manhã de hoje, nós comentávamos, eu e V. Exa., acho que o vereador Rafael, eu, em uma hora e meia mais ou menos, vereador-presidente, todos os vereadores estão aqui ouvindo, porque eu não estou surpreso com essa decisão. Gostaria de estar surpreso. Eu estou triste. Como é que nós vamos... Por qual aspecto que nós vamos falar? Político, nós não tivemos a maior representação política constituída eletiva, presidente, nesta reunião, que é o nosso presidente representando o conjunto dos vereadores. Então não podemos discutir essa questão política. Termos econômicos, planejamento, não tem um projeto de encaminhamento de LIC no Ministério da Cultura sobre Festa da Uva, que já tinha que ter sido feito no final do ano passado ou até fevereiro deste ano. Então quero dizer... Não. Do anterior tem dois, mas deste ano não. Um projeto de encaminhamento. Então nós não podemos discutir. Vou procurar falar sentimentalmente de quem já participou como presidente, de um ano anterior à Festa da Uva e no nosso ano de 2013 participamos, 2014 foi o vereador Gustavo Toigo, que eu, literalmente, enquanto presidente representante desta Casa, fiz força para que a Câmara estivesse, vereador Felipe, na comissão comunitária por saber da importância para Caxias do Sul. Culturalmente se perde muito. Eu fiquei sabendo dessa decisão ontem pelo Gaúcha Serra, logo após o término da Voz do Brasil, quando era o jogo do Grêmio, e foi dito, o narrador falando: “Cancelada a Festa da Uva!”. Hoje, no jornal de manhã, a nível de Brasil, foi falado. Então, não precisamos dizer da repercussão disso para o nosso município, vereador Beltrão. Não tem como. Agora, é uma decisão tomada e vai ter as suas repercussões. Tanto é que o momento é conflituoso, eu já falei aqui dessa tribuna. As representações políticas de segmentos de instituições do nosso município estão constrangidas. Eu falei com umas três, quatro, hoje pela manhã. Porque também muitas falas acho que foram pinçadas. Nós temos aqui representantes da cultura caxiense, nós temos o ex-presidente da Festa da Uva, Ovídeo Deitos, aqui desde o início da sessão, por que isso? É pela representatividade que a Festa da Uva tem para Caxias do Sul. Então é com tristeza que penso que todos que estão aqui se manifestando, porque nós não temos o contraponto. Se os números são negativos, então, que o nosso prefeito venha e diga dos números para que nós possamos ter outra visão, para poder ser contestado, para nós podermos ter outro vértice que nós não temos. Mas, enfim, é com tristeza que eu faço esse meu pronunciamento e não poderia deixar de fazê-lo por este momento histórico que essa decisão representa. O futuro vai nos dizer. Mas esse prenúncio já estava dito, para mim não é surpresa infelizmente. Gostaria de estar errado, vereador Paulo Périco. Desculpa, presidente, estender para a finalização do vereador Paulo Périco, mas sinto, sinto, porque culturalmente nós vivemos a Festa da Uva como a integração cultural-étnica de toda a região e daquelas pessoas que ajudaram a construir Caxias do Sul.
VEREADOR PAULO PÉRICO (PMDB): Obrigado, vereador Edson. Só para concluir, senhor presidente. O verdadeiro líder se conhece nas dificuldades. Como é fácil você administrar quando você tem recursos à vontade. O verdadeiro líder e o gestor é aquele que sabe transformar daqueles poucos recursos uma coisa muito maior. É aquele que congrega toda a comunidade e diz: “Vamos nos abraçar mesmo na dificuldade”. É aquela família que, quando perde um ente querido, o que ela faz? Ela se une e vai para frente. É assim que nós temos que ser em Caxias do Sul. O que, infelizmente, só para concluir, como o colega Elói Frizzo antes falava aqui, se pedir para a Câmara de Vereadores a Câmara de Vereadores faz a Festa da Uva. Se pedir a Câmara faz. Se pedir para a comissão anterior a comissão anterior vem aqui junto conosco e abraça. Eu tenho convicção disso. O Sindilojas, eu tenho convicção que a comissão anterior vem aqui e diz: Vamos todos juntos. Mesmo na crise eles vão vir. O grande problema qual foi? O grande problema foi a falta de comunicação, de diálogo com a antiga comissão para que a antiga comissão pudesse levar para frente e fizesse a transição para uma nova comissão. Eu fico muito chateado com a Sandra Randon que colocou o seu nome no mercado, na sociedade, acreditando numa proposta que infelizmente também lhe foi vendida uma proposta inexistente. Muito obrigado, senhor presidente, obrigado senhoras e senhores vereadores.
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VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores. Vou ser bem breve, até para permitir tempo aos outros colegas. Mas eu só quero retornar ao assunto Festa da Uva, porque é importante relembrar alguns dados. Novecentas e quarenta e uma mil pessoas passaram pela Festa da Uva 2016. Orçamento, a receita da Festa da Uva: R$ 19 milhões e 447. Se deu lucro mais, menos, isso é secundário. São quase R$ 20 milhões a receita da festa 2016, fora o que movimentou a economia da cidade. Então, vereador Uez e vereador Ricardo Daneluz, eu só imagino como é que está se sentindo o saudoso prefeito Mário Vanin, que foi presidente da festa, hoje vendo a declaração do presidente do Sindicato Rural, a quem ele foi muito ligado. Vou deixar para o senhor falar. Mas eu tenho certeza que o Rudimar Menegotto hoje ia receber um telefonema do prefeito Mário Vanin: “Perdeu o juízo, Rudimar?”. Porque é o sindicato mais interessado na realização da festa. Apenas isso. É isso, senhor presidente. Muito obrigado.
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VEREADOR ELISANDRO FIUZA (PRB): Vou conceder essa generosidade ao senhor. Bom dia, senhor presidente. Bom dia aos nobres pares, a todos que nos acompanham no canal 16. Gostaria de usar esse espaço aqui somente para que toda nossa sociedade caxiense possa hoje, de certa forma, saber que estaremos com a nossa Comissão de Direitos Humanos e Segurança, às quatorze horas, aqui na Sala Geni Peteffi, numa audiência pública, onde nós, então, estaremos tratando, juntamente com o nosso presidente, Rodrigo Beltrão, vereador Chico Guerra, vereadora Denise Pessôa, vereador Renato Oliveira, para nós fazermos então os ajustes do nosso projeto de lei que fala a respeito da Ouvidoria dos Direitos Humanos aqui da nesta Casa. Então, gostaria de convidar a todos, às quatorze horas, para estarem junto conosco, aqueles que assim porventura puderem estar, para que possamos tratar então deste projeto em conjunto com a nossa comissão. Era isso, senhor presidente. Muito obrigado.
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VEREADOR ALBERTO MENEGUZZI (PSB): Senhor presidente, senhores e senhoras vereadoras. Só para lembrar de um grande evento que acontece aqui no próximo domingo, que é a Jornada Estadual dos Catequistas, que acontece nos Pavilhões da Festa Nacional da Uva. Em torno de seis mil catequistas estarão aqui em Caxias do Sul de todo o Estado do Rio Grande do Sul. É bom lembrar que, só em Caxias do Sul, nós temos em torno de mil catequistas; na Diocese de Caxias do Sul, em torno de três mil; no Brasil, em torno de um milhão de catequistas. Cálculo que essa ação dos catequistas, senhor presidente, ela atinja direta e indiretamente 20% da população do país. São pessoas simples, são pessoas que fazem isso como missão. Não recebem salário, não têm carteira assinada, não têm férias, Décimo Terceiro... E, se tivessem, também poderiam, porque mudaram inclusive a Lei Trabalhista. (Risos) Mas, de qualquer maneira, são pessoas que trabalham e entendem isso como missão. Outras igrejas também trabalham com a juventude, com crianças e fazem um trabalho muito interessante. Esse evento é um evento da catequese católica, mas, de qualquer maneira, a gente tem que ressaltar o trabalho de evangelização de várias outras igrejas porque a gente vê diariamente aí a situação dos nossos jovens e mesmo com o trabalho das igrejas, seja ela católica ou de outras denominações, mesmo assim a gente tem essa situação envolvendo a nossa juventude, a nossa infância. Imagina se não tivesse o trabalho, quase que anônimo, um trabalho voluntário, com relação a nossa juventude como a nossa sociedade estaria. Então um encontro dessa magnitude...
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (PRB): Um aparte, vereador.
VEREADOR ALBERTO MENEGUZZI (PSB): ...que vai atrair bispos de todo Estado do Rio Grande do Sul, catequistas aqui de Caxias e de todo estado também, ele é importante para dar voz a essa população que trabalha com os jovens e crianças, deficientes e adultos e, principalmente, para incentivar, porque momentos assim são momentos da gente restabelecer contato, confraternizar, mas encontrar forças para continuar trabalhando. Seu aparte, vereador Fiuza.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (PRB): Enalteço a sua colocação, é de extrema importância esse trabalho voluntário dessas pessoas e dizer que infelizmente se não houvesse esses paradigmas, esses preconceitos e todas essas entidades que fazem esse trabalho religioso, fizesse de uma forma conjunta, com certeza, teríamos mais pessoas que seriam ali resgatadas. O meu muito obrigado.
VEREADOR ALBERTO MENEGUZZI (PSB): Está bom. Obrigado, vereador. Parabéns pelo seu trabalho também e de todas as pessoas da sua igreja com relação a nossa juventude, em relação as nossas crianças. É isso. Fazer esse registro então e convidar as pessoas a participarem. Vai ser um grande domingo de celebração, de confraternização, de fortalecimento da missão nos pavilhões, no próximo domingo. Obrigado, senhor presidente.
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VEREADORA PAULA IORIS (PSDB): Quero também parabenizar pelo trabalho voluntário tão importante para nossa sociedade no trabalho de valores, coisas que a gente vem sucessivamente dizendo que estamos em crise, da família, dos valores. Também lhe cumprimentar pelo trabalho que eu vi no jornal, vereador Fiuza, junto aos nossos presídios. E, nesse tema, presídios, dizer que a nossa Comissão de Enfrentamento da Violência, na terça-feira à tarde, às quinze horas, nós temos reunião em Porto Alegre com a Superintendência da Susepe para falarmos da nossa situação prisional aqui de Caxias do Sul. Que temos, só para lembrar, a PICS interditada e o Apanhador em vias de. Então é um tema muito sério que estaremos tratando, enquanto comissão, na terça-feira. Obrigada, presidente.
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VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): Senhor presidente e nobres colegas. Não poderia deixar de passar em branco... Eu acho, fui questionado até chamei o meu colega gestor do sindicato, foi infeliz na palavra: Não vejo problema. Inclusive fui ali fora e primeiro liguei para ele e não pude concluir a fala porque tive que voltar aqui para votar. Ele me disse para eu ouvir a entrevista que ele deu para RBS TV hoje de manhã para eu entender melhor, quando ele diz: Não vejo problema. Acho sim, na nossa categoria, muito problema. Eu vou citar só um que tem em todas as categorias, por exemplo, ano passado uma produção escassa de uva, esse ano bastante, as cantinas entupiram... Vou citar só um problema. A oportunidade de vir essas novecentas mil pessoas a provarem os nossos produtos no ano que vem. Só uma de várias, todas as categorias. Mas quando ele fala lá embaixo, de forma atropelada, talvez vem aquilo que eu falava, em fevereiro já tinha que ter começado... Eu sei que ele foi colocado lá, faz parte do... Já tinha que ter começado. Mas primeiramente eu sei que não estão conseguindo recursos, a prefeitura não está ajudando, estão negando recurso, vereador Chico, não estão... O povo, as empresas, enfim. Mas quando não se tem recurso a palavra fundamental, humildade. O que custaria chamar todas as... Por exemplo, o nosso prefeito, nós fizemos um belo trabalho lá dentro, com muito orgulho. Chama quem já foi gestor e pede ajuda... Todos pela mesma causa. Eu ia ajudar, nós ia ajudar. Quando não se tem dinheiro faz como nós estamos fazendo agora lá em Galópolis, formaram o grupo, que é aquele que eu tinha com mais algumas pessoas, vereador Chico, eu vou participar também, vamos ver o que se pode fazer com pouco dinheiro. Se não dá para oferecer quatro mil, oferece um pouco. Quando eu vi esses dias... Olha lá na Festimalhas, o prefeito disse: Eu fiz um aporte de 140 mil. Para uma entidade, só o setor do vestuário. Aqui em Caxias engloba todos os setores. Se não dá para ajudar com 1,5 mil diz: Nós vamos dar infraestrutura. Mas tem que ter o braço direito senão não dá. Mas com humildade, ouvir bastante e aproveitar aquilo que se pode aproveitar. Esse é o segredo, se não dá para fazer uma festa grande se faz pequena, pede ajuda de todos, quem já passou ali não ia se negar.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Peço um aparte, vereador.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): Tenho certeza. Seu aparte.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Vereador Uez, só para dizer que eu também penso que o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar, Rudimar, foi muito infeliz nessa fala dele. E essa questão de forma atropelada. Mas quem foi chamado para ajudar? Quem foi o culpado por ser de forma atropelada? Então ficam esses questionamentos também e com certeza com a união das pessoas teria, sim, como fazer a Festa da Uva do ano que vem. Muito obrigado.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): De imediato, bem rápido, Rafael.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Uez, o presidente Rudimar eu acho que ele está totalmente equivocado, porque ele é o primeiro a vir aqui na Câmara de Vereadores, na última Festa da Uva, cobrar posicionamento dos vereadores. O senhor não estava aqui, vereador, mas eu estava. Tanto é que o vereador Bampi fez um projeto de lei, nós temos pedido de informação, porque tinham vinhos aqui na Festa da Uva, na escolha da princesa, das soberanas, que eram vinhos de outra cidade, da Vinícola Perini. Ele veio aqui e fez uma lausa aqui na Câmara de Vereadores. Agora ele fala de forma... Uma aberração com os próprios colegas teus, agricultores, vereador Uez. Muito obrigado.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): Obrigado. Vou deixar para ouvir no horário do meio dia, que ele me pediu: Ouve para tu entender melhor. Eu acho que essa resposta ele não deu como representante dos agricultores. Eu acho que ele deu essa resposta como um do grupo lá porque eu não acredito que não tenha problema. Tem problema e muito, oportunidade única que temos da área da agricultura, oportunidade única. Então eu espero, sim, que dentro dessa entrevista que ele deu a gente possa entender melhor o que está acontecendo. Mas eu vejo, sim, de novo aquilo que eu falei, estamos muito atrasados e aquilo que eu dizia lá atrás, tem que chamar todo mundo. A Festa da Uva é de todos, todas as etnias, o pobre, o rico, todos porque se possa fazer. Numa época de crise humildade é o principal ponto fundamental para que se consiga fazer alguma coisa. Eu vejo por mim quando fui gestor. Esse é o segredo. Seria isso, senhor presidente.
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VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Senhor presidente, colegas vereadores. Vereador Uez, volto a falar, a sua categoria está em luto, vereador. Que moral tem esse presidente do sindicato dos rurais de cobrar do colono? Do agricultor? Olha, lamentável a postura dele. E outra, vereador, ele não está representando a opinião dele nesse conselho, ele está representando a opinião dos produtores rurais. Então ele que se oriente quando ele vir aqui na Câmara de Vereadores querer dar pitaco aqui no mandato dos vereadores, porque ele veio aqui e cobrou, na última Festa da Uva, que nós exigíssemos da Festa da Uva, e foi feito isso por parte do vereador Bampi, que também é agricultor. Mas não é só isso, nobres pares, o produtor rural; é a nossa cultura. Mais de 150 grupos culturais de dança, de arte, de música da periferia e do interior se preparam anualmente, fazem ensaios, as culturas: são os poloneses, a cultura alemã, os italianos, os haitianos, senegaleses que desfilaram. Toda a diversidade cultural de Caxias do Sul perde com isso. E é lamentável, Chico Guerra, o seu irmão que foi secretário do Turismo de Caxias do Sul, aliás, foi o secretário que mais gastou na história do município de Caxias do Sul em viagens. Gastou para conhecer o nordeste, o norte, o exterior. Isso é bom registrar aqui, que foi o secretário do Turismo que mais gastou dando voltinhas. Falavam que era o Lula vindo, o Lula indo e era o Guerra indo, o Guerra voltando, o secretário do Turismo. Mas ele não aprendeu nada, então, nessas viagens dele? O que ele fazia nessas viagens? Gastava dinheiro público? Ficava fazendo turismo? E a estagiária dele, que é a Renata, atual secretária do Turismo, o que aprendeu essa incompetente na época que ficou de estagiária dele na Secretaria do Turismo? Incompetente, Alberto Meneguzzi, comungo com o senhor e assino embaixo, pede para sair. Porque é uma secretária que não se manifesta. A gente não houve uma posição da secretária da Cultura, do Turismo, porque quem perde com isso não é só o agricultor, vereador, não é a nossa comunidade; é o turismo, é a nossa cultura. Recebi ontem de noite, outros vereadores receberam de uma senhora que tem três grupos já programados, rede hoteleira reservada. A cara de pau, que ela disse, que vai ter que ligar lá para o Rio de Janeiro e desmarcar esses três ônibus de excursão que estavam planejados para vir aqui para Caxias do Sul. E daí eles vão à Maria Fumaça, eles vão às vinícolas, não é só Caxias, é toda uma região que perde com isso. Lamentável. A única vez que não teve Festa da Uva foi na Segunda Guerra Mundial, nós estamos vivendo talvez um novo período de guerra. Que é só quando se fala em guerra que não tem a Festa da Uva não é. Então eu deixo essa minha manifestação, nobres pares, porque quem perde com isso é uma história, é a história do Vanin, é a história do Mansueto, é a história do Pepe, é a história do Sartori, é a história do Alceu, diversos partidos, diversas mãos que fizeram o que é a nossa cidade. Está no G1, está no Jornal Nacional, está no Bom Dia Brasil, está no SBT nossa cidade, Festa Nacional da Uva... Nossa cidade agora vai ser vista... Porque eu sou, meu pai é de Santana do Livramento, quando eu vou para Santana do Livramento eles já perguntam: “E aí, o que vai ter a Festa da Uva? Que dia vai ser a Festa da Uva?” E aqui todos nós, vereadores, quem está nos assistindo é assim, quem é de outro município, as casas ficam lotadas, porque aí todos os parentes vêm visitar, vêm na Festa da Uva ver um show, visitar, comer uma uva. Por quê? Porque a nossa cidade é conhecida Festa Nacional da Uva. Infelizmente a nossa cultura jogada no lixo por um gestor que foi o secretário do Turismo que mais gastou em viagens na história de Caxias do Sul. Mais gastou em viagens, vereador Thomé, o senhor sabia? O que ele fez nessas viagens? Turismo? Fez turismo? E a secretária, hoje atual do Turismo, que era estagiária da Secretaria, a Renata Carraro, será que não aprendeu nada? Volta ao tempo do estágio. Por que ele disse que ia colocar gente competente, mas então ela não tem competência nenhuma, porque não sabe nem intermediar. Incompetência, falta de gestão. Festa da Uva, o conselho que determinou. As passagens de ônibus, o conselho que disse... Então para que gestor se tudo o conselho resolve? Mas a Justiça está dando o caminho. Tenho certeza que a nossa Justiça cega e justa jamais falhará, ela sempre dá resposta no final e está dando o resultado. Pena que é negativo, quem sofre com isso é a nossa população. Obrigado, senhor presidente.
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