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Maior coerência de partidos e políticos com mandato esteve entre as cobranças feitas pelo vereador Edson da Rosa/PMDB. Na sessão ordinária desta quarta-feira (18/03), o peemedebista se propôs a traçar uma reflexão sobre as recentes manifestações populares e o próprio cenário de repercussão nacional. Mostrou-se preocupado, principalmente, com o que apontou como tentativa de alguns parlamentares, de negarem o próprio caráter político-partidário que caracteriza as suas atuações.
De acordo com Edson, nos protestos do último domingo, em todo o país, que levaram cerca de 60 mil pessoas às ruas de Caxias do Sul, não havia líderes específicos. Lembrou que o mesmo tinha acontecido nas manifestações de junho de 2013. "É preciso cuidado para que não se partidarizem as instituições. Ao mesmo tempo, chama a atenção o porquê de alguns políticos quererem, de certa forma, esconder as ideologias", observou.
O vereador Gustavo Toigo/PDT considerou que, ao contrário de outros períodos, os partidos não mais estariam promovendo a mobilização popular. O pedetista entende que o país já vivenciou três grandes momentos: Campanha pela Legalidade (1961); Diretas-Já (1984); impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello (1992).
O vereador Pedro Incerti/PDT chamou de inadmissível o fato de que, durante as investigações sobre supostos crimes de corrupção, ninguém, mesmo depois de preso, confessasse responsabilidade nos delitos. Ele criticou senadores e deputados federais que, ontem, no Congresso Nacional, na votação, com atraso, do orçamento de 2015 da União, aprovaram a triplicação da verba anual do fundo partidário. Disse que, em relação ao que era previsto, a quantia passou de R$ 289,56 milhões para R$ 867,56 milhões.
Em seguida, o vereador Adelino Teles/PMDB referiu que, no domingo, as pessoas também protestaram contra juros altos e tributos crescentes da economia e promessas de campanha não cumpridas. O vereador Jaison Barbosa/PDT elogiou a coerência de Edson, no seu pronunciamento.