Voltar para a tela anterior.
Na sessão ordinária desta terça-feira (26/11), o vereador Guila Sebben/PP apresentou seu posicionamento sobre a prisão das pessoas envolvidas no chamado mensalão. Admitiu que o episódio atingiu vários partidos, incluindo o seu. O parlamentar, no entanto, acredita que não é motivo para fazer com que todas as legendas sejam consideradas iguais. "O que diferencia os partidos não é somente o fato de ter em seus quadros indivíduos envolvidos ou não em problemas de corrupção. O que diferencia os partidos é a atitude que eles tomam frente aos casos de corrupção", sustenta o progressista.
Segundo Guila, o mensalão é diferente de outros casos de corrupção cometidos por indivíduos que foram responsabilizados por suas siglas e por seus eleitores. "Esse foi um caso de corrupção praticado pelo partido que está no poder, uma prática de governo e não de indivíduos", argumenta.
O vereador espera que a prisão dos envolvidos seja um exemplo para políticos, servidores públicos e empresários do país. "Tenho a convicção de que, com a prisão dos mensaleiros e com o cumprimento das penas dos envolvidos em casos de corrupção, o Brasil pode entrar no caminho da responsabilização dos seus agentes públicos. Assim, a corrupção tende a diminuir, porque o controle da sociedade está aumentando a cada dia", observa Guila.
Já o vereador Rodrigo Beltrão/PT manifestou posição contrária ao progressista. O petista afirmou ser fácil vir no plenário e repercutir abordagens feitas em matéria de uma revista nacional. "Eu esperava que o senhor, vereador Guila, chegasse aqui e falasse da arbitrariedade do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, que pediu a troca de um juiz que estava atuando no caso", frisou Beltrão.
Na visão de Pedro Incerti/PDT, ao contrário do que muitos afirmam, o mensalão não seria o maior caso de corrupção no Brasil. Citou o episódio envolvendo o ex-prefeito de Sandro André Celso Daniel como o mais grave, já que gerou assassinatos e vidas foram perdidas. "Lamentavelmente, a corrupção vai continuar, porque existe a impunidade no Brasil", destacou Incerti.
Segundo o Ministério Público, o mensalão era o esquema de pagamento de propina a parlamentares para que votassem a favor de projetos do governo federal. É o principal escândalo no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).