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Na sessão ordinária desta quinta-feira (20/06), a Câmara Municipal rejeitou moção de contrariedade à escolha de vinhos importados no baile de apresentação das candidatas a rainha e princesas da Festa da Uva de 2014. A proposta dos vereadores Denise Pessôa/PT, Kiko Girardi/PT e Rodrigo Beltrão/PT foi motivada depois que se detectou que a maioria dos vinhos oferecidos durante o jantar com as candidatas no Clube Juvenil era de rótulos importados, sendo preteridos os produtos nacionais e da região da Serra. De sete vinhos tintos oferecidos, cinco marcas eram de fora do país. Entre os vinhos brancos, das quatro marcas oferecidas, três eram estrangeiras.
No texto, os proponentes lembram que o Parlamento caxiense tem construído um histórico de luta pela valorização dos produtos nacionais e, em especial, de Caxias do Sul e região. A vereadora Denise Pessôa/PT afirmou que a proposta não desrespeita nem gera qualquer tipo de crise para a Festa da Uva. Na avaliação da parlamentar petista, a moção é um documento que busca valorizar os produtos da cidade. "Quem contrata este tipo de evento pode colocar no contrato com o clube os vinhos escolhidos", ressalta.
Kiko Girardi/PT acredita que a Comissão (Comunitária da Festa da Uva) deveria ter orientado os dirigentes do Clube Juvenil na hora de escolher a carta de vinho, por uma questão de respeito aos produtores da região. "Imagina se na Festa da Uva fosse oferecida uma uva do Nordeste", questionou.
O líder do governo, Gustavo Toigo/PDT, definiu a moção como equivocada e com a intenção de tolher quem deseja escolher a bebida preferida em um evento onde existe um ecônomo que define a carta de vinhos. Lembrou que a bebida não estava incluída no convite, todos os presentes tinham a livre escolha. Informou que o próximo evento envolvendo as candidatas vai ser realizado com vinhos unicamente produzidos em Caxias do Sul. Zoraido Silva/PTB compactua com o pedetista e defende o livre comércio. Disse que a moção não preenche os requisitos e solicitou que a bancada do PT retirasse da pauta de votações.
Já o vereador Raimundo Bampi/PSB afirmou votar favorável ao documento por uma questão de coerência, já que anteriormente havia votado a favor de uma moção contra o espumante francês, definido pelos organizadores como bebida oficial da Copa do Mundo de 2014. Enquanto isso, o vereador Renato Nunes/PRB disse ser contrário por entender que a moção é um documento inconstitucional, já que no país existe o livre comércio.
Na sequência, o vereador Mauro Pereira/PMDB também disse que este é um país onde existe o livre comércio. "Quem quiser tomar vinho importado tem esse direito. O cidadão escolhe o vinho que deseja", frisou.
O vereador Rodrigo Beltrão/PT afirmou que a moção não foi construída equivocadamente e que o documento é uma opinião pessoal. Segundo ele, o poder público deve dar o exemplo, protegendo o produto local. "Ninguém vai me convencer que a coordenação da Festa Uva não tinha como escolher o cardápio. Se o clube não permitiu alterar a carta de vinho, que fosse escolhido outro clube". Já o vereador Pedro Incerti/PDT disse que o conteúdo da matéria deveria ser a carga tributária que incide sobre o vinho nacional. "Se a moção tratasse do índice tributário de 54% incidente sobre o produto, eu assinaria o documento", declarou.
ARLINDO BANDEIRA PP Sim
CLAIR DE LIMA GIRARDI PT Sim
DANIEL ANTONIO GUERRA PSDB Não
DENISE DA SILVA PESSÔA PT Sim
EDI CARLOS PSB Não
EDSON DA ROSA PMDB Presente
FELIPE GREMELMAIER PMDB Não
FLÁVIO GUIDO CASSINA PTB Não
FLÁVIO SOARES DIAS PTB Não
GUILHERME GUILA SEBBEN PP Não
GUSTAVO LUIS TOIGO PDT Não
HENRIQUE SILVA PCdoB Não
JAISON BARBOSA PDT Não
JOÃO CARLOS VIRGILI COSTA PDT Não
JÓ ARSE PDT Não
MAURO PEREIRA PMDB Não
NERI ANDRADE PEREIRA JUNIOR DEM Não
PEDRO JUSTINO INCERTI PDT Não Votou
RAFAEL BUENO PCdoB Não
RAIMUNDO BAMPI PSB Sim
RENATO DE OLIVEIRA NUNES PRB Não
RODRIGO MOREIRA BELTRÃO PT Sim
ZORAIDO DA SILVA PTB Não