A possibilidade de o conhecido camelódromo deixar a Praça da Bandeira, junto à Rua Sinimbu, gerou debate na sessão ordinária desta terça-feira (23/10), que contou com a presença de dezenas de camelôs. A vereadora Ana Corso/PT ocupou a tribuna, de onde criticou a condução da prefeitura municipal. O Executivo propôs à Associação dos Camelôs de Caxias do Sul a transferência para o prédio do antigo Comercial Cesa, na Rua Marechal Floriano. O espaço atual seria revitalizado junto com a abertura da Rua Moreira César.

A petista leu ofício assinado por camelôs, no qual sugerem duas possibilidades: permanecerem onde estão ou se mudarem para um ponto mais próximo da sede atual, junto à Rua Moreira César, 2.365, no Bairro São Pelegrino. Segundo os comerciantes, a troca seria feita pelo proprietário do terreno, Ademir Argenta, que se comprometeria com a obra, dentro das medidas exigidas pela prefeitura.

Em seguida, foi a vez de o vereador Mauro Pereira/PMDB substituir a colega na tribuna. Para o peemedebista, a transferência para o antigo Comercial Cesa significaria um avanço, na atuação dos camelôs. De acordo com ele, seria celebrado convênio, a fim de reformar o prédio da Marechal Floriano, com auditório, bancas, banheiros, estacionamento e praça de alimentação. O Executivo ainda precisa encaminhar o projeto para a Câmara. No momento oportuno, os vereadores discutirão o tema e só aprovarão se, realmente, for bom para os camelôs e os artesãos, observou.

Ana, porém, reiterou que, primeiro, será necessário alterar a lei de 1993 que determinou a ida do camelódromo para o espaço atual. Ela anunciou que, na próxima quinta-feira, às 14h, no plenário do Legislativo, ocorrerá reunião da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária da Casa, para tratar do assunto. Insistiu para que as secretarias responsáveis compareçam.

Na mesma linha de Ana, o vereador Guiovane Maria/PT atentou que, até o momento, o Executivo não respondeu a pedido de informações sobre o camelódromo, assinado pela bancada petista, em agosto passado. O vereador Vitor Hugo Gomes/PT pediu análise da viabilidade econômica da transferência. Demonstrou apreensão de que, em caso de prejuízo, os proprietários pudessem ingressar na informalidade.

Para o vereador Gustavo Toigo/PDT, a opção pelo prédio do Cesa significaria menor custeio com o aluguel das bancas.