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Representante de estomizados pede apoio de vereadores

“Olhem por nós”, reivindicou Roselaine de Fátima Sumariva, na tribuna da Câmara, onde listou direitos não cumpridos a pacientes que precisam diariamente usar bolsa de estomia


Ver direitos assegurados para ter mais saúde e qualidade de vida foi o pedido que Roselaine de Fátima Sumariva levou à tribuna do Legislativo caxiense, nesta terça-feira (23/07). Integrante da Federação Gaúcha de Estomizados  (Fegest), Roselaine tem 56 anos e se manifesta com conhecimento prático das dificuldades de uma pessoa que precisou passar por uma intervenção cirúrgica para fazer no corpo uma abertura ou caminho alternativo  para a saída de fezes ou urina. Uma bolsa de estomia lhe acompanha na vida desde os 16 anos. Por isso, faz questão de explicar para a comunidade o que é esse procedimento e como vive uma pessoa que precisou se submeter a ele.

“Um ostomia é uma cirurgia em que a gente perde um pedaço do intestino e é aberto um orifício no abdome e a gente passa a usar uma bolsa, que pode ser para fezes ou urina. Venho para reivindicar nossos direitos como PCDs (pessoa com deficiência). Precisamos de banheiros adequados a nós: é só ter um vaso mais elevado e uma duchinha higiênica, em locais públicos, teatros, mercados, cinemas. Temos direito a transporte público, mas não nos é concedido”, lamenta.

Segundo Roselaine, anualmente, em 16 de novembro, é lembrado o Dia Nacional dos Ostomizados ou Estomizados, mas, na sua avaliação, não costuma ser divulgado, assim como esse público é pouco visto, embora seja em número considerável.  Ela informa que a estimativa em Caxias do Sul é de cerca de 400 ostomizados. No Brasil, seriam mais de 800 mil. Há quem precise usar a bolsinha temporariamente e outros de forma permanente.

“Quantos de vocês sabem dos ostomizados? Quantos procuram saber a respeito? Nós existimos, somos cidadãos, pagamos nossos impostos, precisamos de apoio dos vereadores. Olhem por nós. Somos PCDs, mas não somos invisíveis”, enfatiza, mencionando que há um símbolo definido por lei que os identifica: um homenzinho com uma cruz na barriga.     

Por outro lado, disse que já sofreu abordagens equivocadas e preconceituosas. Certa vez, a polícia desconfiou que ela estaria com um volume debaixo da blusa. Mesmo após explicar que era ostomizada, não teria recebido pedido de desculpas. Também já teria sido retirada da fila preferencial mesmo sendo PCD.   

23/07/2024 - 11:09
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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