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Líderes abordam Mês do Idoso e preço do gás de cozinha

Homenagem com nome de rua à menina assassinada também foi tratada em sessão


A realidade que cerca o idoso, os aumentos abusivos nos preços do gás de cozinha e a justificativa para dar o nome de rua à menina Ana Clara Adami, morta quando ia para a catequese, foram os assuntos trazidos à plenário pelos vereadores Kiko Girardi/PSD, Adiló Didomenico/PTB e Alberto Meneguzzi/PSB no espaço das declarações de líder na sessão ordinária desta terça-feira (3/10).

Kiko discorreu sobre a abordagem feita pelo palestrante Eduardo Schmitt sobre o tema “Endividamento e Golpes Financeiros Contra O idoso”, no III Seminário do Idoso promovido pelo SESC na segunda-feira (2), dentro da programação do Mês do Idoso que se comemora em outubro. Revelou que em Caxias residem perto de 60 mil pessoas com mais de 60 anos, das quais 19% estão endividadas, percentual inferior aos idosos do País, que alcançou 27% nos últimos três anos.

A pesquisa apresentada por Schmitt indica que estas pessoas não têm apego ao dinheiro. Os dados mostram que os empréstimos não são para si, mas para ajudar os outros. O que chama a atenção e provoca o alerta é a confirmação de que todos recebem ligações diárias de empresas do setor financeiro de todo o País, oferecendo dinheiro. Os dados são fornecidos por “gente de dentro do INSS” às instituições financeiras, que usam o como argumento para convencer os idosos a necessidade de ter uma reserva econômica para casos de doença ou outras demandas.   

O parlamentar do PSD, presidente da Comissão do Idoso da Câmara de Vereadores, se alinha aos que defendem a necessidade de romper com o estereótipo estabelecido de que os mais velhos são indefesos, acabados, incapazes. Até 2050, a previsão é de que 30% da população brasileira será de idosos, pessoas sábias, inteligentes, ativas e bonitas. Para ele, o problema não é a palavra idoso, mas o preconceito que ela carrega.

Em apartes de apoio falaram os vereadores do PMDB Gladis Frizzo e Paulo Périco.  Gladis mencionou caso que pretende trazer à Casa sobre banco que cobra R$ 72 para manter conta corrente de idoso, que concede empréstimo a 5% ao mês para aplicar na poupança que rende menos de 1%. Para ela, isso é calote. Périco destacou a estratégia de má fé contida nos empréstimos consignados, liberados pelas instituições financeiras antes mesmo que os idosos saibam.

O líder do PTB, Adiló Didomenico, encaminhou a plenário proposição de moção coletiva de repúdio à política de preços da Petrobras para o gás de cozinha de 13 kg, diante do abuso que vem se repetindo. A Câmara já havia aprovado uma moção de contrariedade sobre o mesmo tema e a resposta da Petrobrás foi atribuir a causa da elevação dos valores às margens praticadas pelos representantes e revendedores, além dos tributos.

A proposta de Adiló é que esta moção seja encaminhada aos deputados, senadores e ao Procon, pois os reajustes constantes do produto, só este ano, significam impacto de 30 vezes o percentual de inflação no período. Classificou como indecente a atuação da Agência Nacional de Petróleo na gestão dos preços na Petrobras.

O vereador Alberto Meneguzzi/PSB adiantou as razões que o levaram a sugerir a denominação de rua no loteamento San Filippo, no bairro São Caetano. Seu primeiro Projeto de Lei dá o nome de Ana Clara Adami à rua naquele bairro, em homenagem a garota de 11 anos, filha de Marta e Sérgio Adami, morta quando ia para a catequese no Pio X. Meneguzzi entende que ao eternizar o nome de Ana Clara numa via pública se consagra uma mensagem de paz e um afago aos pais da jovem diante da tragédia da violência urbana.

A proposição do vereador foi apoiada em apartes dos vereadores Gustavo Toigo/PDT, Gladis Frizzo e Edson da Rosa/PMDB. O PL foi aprovado por unanimidade na Ordem do Dia da mesma sessão.

03/10/2017 - 11:39
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Clever Moreira - 8697
Redator(a): Paulo Cancian - MTE 3.507

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