Os 50 anos de fundação da Rádio São Francisco e os 65 anos da Editora São Miguel foram motivos de homenagem em sessão solene na noite desta quarta-feira (27/9) na Câmara Municipal. Por iniciativa do vereador Alberto Meneguzzi/PSB, o duplo reconhecimento teve aprovação unânime do Legislativo.

A rádio e a editora pertencem à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos do Rio Grande do Sul. A fundação da São Francisco ocorreu em 17 de dezembro de 1965. Com o passar do tempo, a razão social da detentora do veículo de comunicação passou a ser Fundação Cultural Riograndense, que atende diferentes públicos com as emissoras São Francisco 560 AM e Maisnova 98,5 FM.

A Editora São Miguel é mantida pela Associação Literária São Boaventura. Foi criada em 1952 quando o jornal Correio Riograndense saiu de Garibaldi para ser editado em Caxias do Sul. Por muitos anos funcionou próximo à Igreja Imaculada Conceição, no bairro Rio Branco. Hoje está localizada no acesso ao bairro Desvio Rizzo.

Em seu pronunciamento, o vereador Alberto Meneguzzi falou da trajetória de 120 anos dos Freis Capuchinhos na cidade e região. Destacou a importância da Rádio São Francisco e da Editora São Miguel.

Mas principalmente da emissora, na qual atuou por sete anos e foi repórter, coordenador de jornalismo e apresentador. O parlamentar fez um histórico da evolução da rádio, lembrou de coberturas de eleições e de entrevistas com políticos, muitos deles agora seus colegas de Legislativo.

Com emoção, Meneguzzi contou que cresceu ouvindo a São Francisco, suas músicas, noticiários e comunicadores que se consagraram, como o Titio Homero. Com carinho, referiu-se aos ouvintes, com quem tinha contato diário até o ano passado, quando deixou a emissora para concorrer a vereador. Também agradeceu aos ex-colegas de emissora, muitos deles na plateia.

Da tribuna, o diretor-geral da Rede Sul de Rádio e diretor da Editora São Miguel, Frei Álvaro Morés, iniciou sua fala com a importância da relação dos frades com os imigrantes que colonizaram a região serrana.

Observou que os capuchinhos tiveram participação direta na educação, na religiosidade, no cooperativismo, em questões sociais e até nas emancipações políticas.

Morés destacou o valor social da Gráfica São Miguel, que por meio de seu trabalho auxilia projetos em benefício a crianças, idosos e famílias. Mostrou a evolução tecnológica da empresa, salientando sua qualidade reconhecida por meio de prêmios nacionais.

Também fez um histórico sobre a rádio, anunciando que em 4 de outubro ela dará um grande passo: além de operar em sistema AM, também poderá ser ouvida em FM, pelo 88.1, o que oferecerá mais qualidade aos ouvintes.

O prefeito Daniel Guerra/PRB destacou a solidez da rádio e da editora e o trabalho dos freis, como exemplo ético, religioso, cívico, cultural e educativo. Destacou seus projetos sociais e agradeceu pelo que fizeram por Caxias do Sul.

Além do presidente do Legislativo, Felipe Gremelmaier/PMDB, Morés e Guerra, integraram a mesa do plenário a vereadora e 1ª secretária da Casa, Paula Ioris/PSDB e o Frei Nilmar Carlos Gatto, provincial dos Freis Capuchinhos no Rio Grande do Sul e presidente da Associação Literária São Boaventura.

A solene também foi assistida pelos vereadores Gustavo Toigo/PDT, Kiko Girardi/PSD, Gladis Frizzo/PMDB, Velocino Uez/PDT, Edson da Rosa/PMDB, Édio Elói Frizzo/PSB, Rafael Bueno/PDT e Renato Oliveira/PCdoB, pelo ex-vereador Zoraido Silva/PTB, que trabalhou na São Francisco, pelo ex-vereador Luiz Pizetti, pelo deputado estadual Bombeiro Bianchini/PPL, pelo reitor da UCS, Evaldo Antonio Kuiava, pelo Frei Jaime Bettega, por representante do deputado Mauro Pereira/PMDB e assessores políticos.