Baseado em testemunhos devidamente identificados e apoiados por fotos, entregues a ele e ao vereador Renato Oliveira/PCdoB por pessoas da comunidade, o vereador Édio Elói Frizzo/PSB alertou representantes do governo sobre o possível descaminho nas doações recebidas e armazenadas na subprefeitura de Vila Oliva por ocasião da mobilização solidária decorrente do tornado que causou destruição no distrito no dia 8 de junho.

Preservando nomes e relatando ter entregado os documentos ao secretário Elisandro Fiúza, da Habitação, que o aconselhou a protocolar no Alô Caxias, Frizzo anunciou duas providências: tornar público o episódio para que o Município investigue, em inquérito administrativo, a veracidade das denúncias; e encaminhar pedido de informações sobre os resultados do processo.  O material doado teria sido transportado por um funcionário público em caminhão da subprefeitura, toda a espécie de material de construção, armazenado sob responsabilidade do subprefeito, para pessoas que não necessitavam.

O parlamentar detalhou as circunstâncias e pediu providências, pois a comunidade precisa saber se doações a Vila Oliva foram corretamente distribuídas. A denúncia foi apoiada pelo vereador da situação, Renato Nunes/PR, que elogiou a forma como o assunto foi tratado por Frizzo, estendendo os cumprimentos ao vereador Paulo Perico/PMDB pelo alerta quanto à empresa vencedora da licitação para administrar a UPA Zona Norte. Nunes defende que o assunto sobre Vila Oliva seja devidamente apurado para a tomada de providências.

O líder do PTB, Adiló Didomenico, evocou a memória do Presidente Getúlio Vargas, cuja morte completa 63 anos nesta quinta-feira, resgatando o patrimônio coletivo que o transformou no criador do PTB e PDT e outras agremiações formadas no velho trabalhismo de Getúlio, Pai dos Pobres, e que ficaram órfãos muito cedo. Mencionou suas obras, legislação e um conjunto de ações que deixaram sua marca. Para ele, tão importante quanto a marca que deixou, foi o suicídio de Vargas, porque este fato retardou em 10 anos do golpe militar, que acabou ocorrendo para derrubar outro trabalhista, o que permitiu o avanço do capitalismo selvagem no País.

Apartes em sequencia do vereador Flávio Cassina/PP, Gustavo Toigo/PDT, Paulo Perico/PMDB, Alceu Thomé/PTB e Édio Frizzo/PSB trouxeram a plenário iniciativas liderados por Getúlio e outros pela lembrança da comoção coletiva provocada pela notícia veiculada no rádio naquela manhã de agosto de 1954.

Toigo apontou Getúlio como o maior estadista da história do País, pela industrialização, justiça eleitoral e voto feminino. Destacou que foi o único presidente que teve um projeto de Nação. Com a mesma visão, Périco disse que o gaúcho de São Borja foi, é, e será o maior presidente da história do Brasil. Já Thomé realçou a revolução que foi a criação das Leis Trabalhistas para a vida do trabalhador. Por fim, Frizzo manifestou o valor simbólico da anunciada privatização da Casa da Moeda, da Eletrobrás e de outras estruturas públicas criadas por Getúlio, justamente no dia que se comemora os feitos do presidente que deu as bases para a Nação brasileira.