Problemas do Instituto de Gestão de Humanização (IGH), no gerenciamento de outras unidades de saúde, pelo Brasil, foram apontados pelo vereador Paulo Perico/PMDB, na sessão ordinária desta quarta-feira (23/08). Nas próximas semanas, o IGH assumirá a condução da unidade de pronto atendimento (UPA) da Zona Norte, que está em vias de ser aberta para uma atenção prevista a cerca de 90 mil moradores daquela região. O município deverá investir R$ 21.935.481,02, vindos de recursos próprios e parcelados ao longo de 12 meses.

O parlamentar comentou que o IGH tem a previsão de contratar 279 funcionários diretos, sendo 70 vagas para médicos. Quanto a isso, atentou que, em Camaçari, na Bahia, onde o IGH gerencia unidade de saúde, não existe data fixada para o pagamento mensal de salários aos profissionais. Ressaltou que, na cidade baiana, os médicos são contratados como pessoas jurídicas. “O IGH fez proposta de compra do Hospital Espanhol, que acumula dívidas trabalhistas. Em Salvador, opera sete unidades de urgência e emergência e o SAMU”, informou.

Perico também apontou que, em Goiás, em 2013, o Ministério Público daquele Estado propôs ação civil pública contra o então secretário de Saúde e quatro empresas que gerenciavam o serviço, incluindo o IGH. Ressaltou que, pela ação, funcionários que se sentiram coagidos cobraram cerca de R$ 500 mil de indenizações.

O peemedebista referiu, ainda, que um contrato de convênio do IGH com o poder público, no Piauí, em 2015 e 2016, apresentou irregularidades. Para ele, a Prefeitura de Caxias do Sul deveria ficar atenta com relação à futura atuação do instituto, no gerenciamento da UPA da Zona Norte.

Em seguida, o vereador Adiló Didomenico/PTB contou que, em Canoas, uma empresa de São Paulo já soma um ano sem pagamento de FGTS a profissionais da saúde. Para o petebista, a situação poderá redundar na transferência de dívida trabalhista à Prefeitura daquela cidade. O vereador Edson da Rosa/PMDB lamentou algumas das dificuldades da lei de licitações.