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Líderes tratam dos médicos e de corporativismo político

Temas dominaram declarações de representantes de bancadas nesta quarta-feira


A possibilidade de congressistas se reunirem na madrugada para alterar legislação que os proteja da Justiça foi o alerta formulado pelo vereador Adiló Didomenico/PTB na sessão desta quarta-feira (19) da Câmara Municipal.  Em declaração de líder, Adiló manifestou preocupação diante do trâmite de projetos que podem ser votados na calada da noite para garantir mandatos de caciques políticos ameaçados de enquadramento na lei da ficha suja. 
O parlamentar destacou a tentativa de alterar prazos que garantam aos acusados de crimes de corrupção a se candidatarem novamente em 2018  com base na imunidade parlamentar. Comentou sobre a pressão que líderes locais sofrem para integrar lista de candidatos à deputado nas próximas eleições e acabar, de alguma forma, contribuindo para a vitória desses caciques que comprometem a política nacional.  O petebista entende que a hora é da sociedade mostrar que está atenta e cobrar uma posição dos que exercem mandato em Brasília. 
O pronunciamento de Adiló foi apoiado pelos vereadores Édio Elói Frizzo/PSB, Gustavo Toigo/PDT e Edson da Rosa/PMDB. Frizzo apontou os riscos de adoção do voto distrital, na medida em que é dado como certo o alinhamento de oito grandes partidos em torno da medida. Toigo agregou ao prazo para inscrição de políticos condenados por corrupção nas próximas eleições e ao voto distrital já enumerados a tentativa de ampliar para R$ 3 bilhões o financiamento público de campanha via Fundo Partidário. Já Edson da Rosa relatou sua impressão que, a não ser que surja fato novo relevante, o voto distrital será aprovado no Congresso.
Falando como líder do PCdoB, o vereador Renato Oliveira recuperou a reunião promovida na terça-feira (18) à tarde pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal, com a participação da OAB Caxias, Sindicato dos Servidores Municipais (SINDISERV), representantes da comissão de greve dos médicos e dos vereadores Alberto Meneguzzi/PSB, Paula Ioris/PSDB, Rafael Bueno/PDT e Renato Nunes/PR.  O encontro foi agendado após a tentativa malograda de obter uma solução para o final da greve na reunião com o prefeito Daniel Guerra/PRB.
O parlamentar disse ter saído do encontro promovido na segunda-feira (17) convencido de que o Executivo está fechado com o SINDISERV, e que a alternativa para solucionar o impasse seria promover a aproximação do Sindicato dos servidores com a comissão de greve dos médicos. 
Renato Oliveira mantém a expectativa de que, a partir da assembleia que será chamada pelos grevistas, o diálogo possa ser retomado via SINDISERV. O presidente da Comissão de Saúde acredita que, com a confirmação de nova agenda com o prefeito na próxima terça-feira, surge uma possibilidade concreta de encerrar a greve.
Líder do PP, Arlindo Bandeira anunciou encaminhamento de duas indicações que fez, em companhia do vereador Velocino Uez/PDT, ao secretário do Planejamento , Fernando Mondadori. A de número 992/2017 solicita destinação de área para construção do autódromo de Caxias do Sul, proposta que integra o plano de governo do prefeito Guerra. Bandeira avalia que inicialmente pode ser o espaço que permita construção de pista de quilômetro de arrancada. 
A segunda indicação leva o número 1072/2017 e solicita projeto de engenharia para obra de elevação da ponte do Cemapa, no distrito de Santa Lúcia do Piaí. A travessia passou por uma grande limpeza para reduzir o assoreamento do rio há algumas semanas, mas Bandeira pondera que com projeto nas mãos pode encaminhar a busca de recursos via parlamentares ligados à região. Segundo o vereadores, a proposta foi bem aceita pelo secretário. 
Em aparte o vereador Rafael Bueno/PDT sugeriu ao vereador que aproveitasse as relações de seu partido com o atual governo, e ao mesmo tempo cobrando iniciativa do município em garantir apoio para o dinheiro do Programa de Asfaltamento do Interior (PAI) o que, em sua opinião, viabilizaria esta e outras obras. 
Em declaração de líder do PT, a vereadora Ana Corso defendeu a classe médica, que vem sendo tratada como vilã na crise enfrentada pelo Sistema Único de Saúde em Caxias. Disse que a categoria sempre recebeu menos do que as outras classes  especializadas do funcionalismo, depois que a carreira foi criada pelo município. Destacou que, antes de serem admitidos por concurso, os médicos eram profissionais contratados como CCs, e o Sindicato dos Médicos era parte legítima na representação da classe.
A petista sustentou que as administrações de Pepe Vargas, José Ivo Sartori e Alceu Barbosa Velho conseguiram fazer o Sistema funcionar porque os médicos, embora não batessem ponto biométrico, atendiam 16 pacientes por hora, número que caiu para quatro desde as alterações introduzidas pelo prefeito Daniel Guerra. Para solucionar o impasse que gerou a greve setorial e que provoca impacto de negociação em outras categorias, a parlamentar pede flexibilidade do SINDISERV  na busca de uma solução.
O vereador Rafael Bueno/PDT utilizou recursos audiovisuais para cobrar do prefeito Daniel Guerra suas promessas de campanha em relação a projetos sociais em especial os ligados ao esporte e à prioridade que daria à saúde. Classificou de estelionato eleitoral  o que faz o chefe do executivo pelo não cumprimento das promessas, tanto no Fiesporte quanto na aquisição de medicamentos para a rede pública de saúde, o que documentou com fotos. 
Em aparte, o vereador Paulo Périco/PMDB deu seu depoimento pessoal, pois foi em busca de remédio e não encontrou.  

19/07/2017 - 16:06
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Clever Moreira - 8697
Redator(a): Paulo Cancian - MTE 3.507

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