A situação de Caxias do Sul no quadro da pobreza foi tema do pronunciamento do vereador Paulo Périco/PMDB nesta terça-feira (18/07) na Câmara Municipal. Para combater esse problema, o peemedebista cobrou política municipal de geração de emprego e informou sobre distribuição de renda por meio de programas sociais como o Bolsa Família.

Paulo Périco apresentou dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário sobre a posição da cidade. Baseou-se no Cadastro Único, o CAD, pelo qual o governo federal identifica famílias de baixa renda e faz seleção e inclusão nos programas. Têm direito aquelas que ganham até meio salário mínimo por pessoa, ou que ganham até três de renda mensal total.

Caxias do Sul registra 4.389 pessoas em extrema pobreza, sendo que 7.559 famílias recebem Bolsa Família. Em junho, o governo federal repassou à cidade R$ 1,2 milhão. No acumulado de seis meses, R$ 6,1 milhões, sendo que o projetado para todo o ano são R$ 12,2 milhões.

No Brasil, o Bolsa Família atende 14 milhões de famílias, com valor médio mensal de R$ 182. O parlamentar destacou que a situação de Caxias do Sul nesse contexto pode parecer pequena por representar 0,054%. Ressaltou que o ex-prefeito Antônio Feldmann, que atua no Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, informou que em municípios do Norte e do Nordeste têm 80% das famílias recebendo o benefício.

Na sequência, Paulo Périco apresentou números do aumento de quase 6 milhões de brasileiros na pobreza entre 2014 e 2016, o que  demonstra a crise. Salientou que nos governos Lula  foi dobrado o número de beneficiados pelo Bolsa Família, como forma eleitoreira, com mais entrada do que saída de pessoas no programa.

O vereador acrescentou que Caxias do Sul também é contemplada com o Benefício de Prestação Continuada, o BPC, uma ajuda federal e mensal para pessoas de 65 anos ou mais, e a pessoas com deficiência. A cidade tem 2,9 mil contempladas por esse projeto, para o qual a União manda mensalmente R$ 2,7 milhões.

O vereador disse que, com a política paternalista de aumentar o Bolsa Família, os beneficiados nunca terão condições de viver sem o auxílio. Segundo Périco, a saída apontada pelo ministro Osmar Terra é emancipar essas pessoas.

Na opinião do parlamentar é preciso reduzir essa realidade, gerando emprego, sem depender de ajuda federal ou estadual. Por isso, o peemedebista se diz preocupado por não ver ações nesse sentido da Administração Municipal.