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Líderes analisam implicações pós-abertura da UPA 

Abstraídas as querelas partidárias, vereadores avaliam próximos passo


Abrir a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte é uma demanda de anos e todos torcem para que isso aconteça no menor prazo de tempo possível. Mas o que acontece depois que o estabelecimento for entregue já que 50% dos custos são bancados pelo governo federal, 25% pelo estado e o restante pelo município.
O questionamento do vereador Velocino Uez/PDT abriu o espaço das declarações de líder de bancada na sessão ordinária da Câmara Municipal nesta quarta-feira (05) e não se restringe às dificuldades hoje enfrentadas pelos governos no repasse de recursos.
Uez disse que gostará muito de queimar a língua por manifestar esta preocupação quando já se fala em data para UPA abrir. Mas alertou que é uma responsabilidade que cairá no município, simplesmente porque não há garantia nenhuma de que o dinheiro será encaminhado em tempo hábil até que a Unidade de Pronto Atendimento seja devidamente reconhecido pelo Ministério da Saúde e comece a receber pelos serviços. 
Em aparte, o vereador Rafael Bueno/PDT ponderou que o problema não é a abertura da UPA, tampouco a data em que isso vai acontecer. O problema é que a atual administração mexeu com o imaginário da população, anunciando a abertura do complexo no primeiro dia de governo. Entende que não há como fazer isso diante da perda de médicos exonerados e que o prefeito não teve coragem de ir a Brasília buscar recursos para estas contratações. 
Em sua declaração, o vereador Renato Nunes/PR criticou o programa de governo Alceu/Toninho, que prometeram a implantação da UPA Zona Norte e não cumpriram. Referiu a visita da secretária da Saúde, Deysi Piovesan, ao complexo. E criticou a condução do evento pelo vereador Renato Oliveira/PCdoB, presidente da Comissão de Saúde, por ter permitido o cerco feito por alguns CCs do governo anterior, cobrando a secretária sobre o anúncio que já fizera de abrir a UPA em setembro. Na opinião de Nunes, a visita transformou-se num circo. 
Concluiu assegurando que nos próximos dias desarquivará dois projetos de sua autoria que considera importantes: a autorização para funcionamento de moto-táxi na cidade e outro para instalação em todos os parques de brinquedos adaptados para crianças com algum tipo de deficiência, já implantado em outros centros do País.
O vereador Renato Oliveira recorreu a vídeos mostrando promessas de campanha do atual prefeito garantindo o funcionamento da UPA Zona Norte no primeiro dia de governo, bem como de onde buscaria os recursos para viabilizar seu funcionamento. Considerou um paradoxo a afirmação na medida em que 48 médicos se descredenciaram e que o grande risco é a destruição do Sistema Único de Saúde, em Caxias, pelas atitudes que vem tomando como cortar salários de médicos. 
A vereadora Paula Ioris/PSDB em seu aparte defendeu que, para qualquer solução que se pretenda na saúde, tudo passa pelo diálogo. O vereador Édio Elói Frizzo/PSDB argumentou que hoje o maior desafio dos vereadores é impedir o desmantelamento do SUS, situação em que já reconhece a cobrança feita pela Federação dos Médicos de que é preciso agir com maior rigor.
 

05/07/2017 - 13:37
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Paulo Cancian - MTE 3.507

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