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Mão Amiga pede apoio na Câmara Municipal

Em tribuna livre, coordenadora apresentou trabalhos da associação e como pode ser auxiliada


A Associação Mão Amiga trabalha com a meta de que Caxias do Sul não tenha nenhuma criança na fila de espera por escola infantil em 2020. Para isso, a entidade ocupou a tribuna livre da Câmara Municipal nesta quarta-feira (28/06) para pedir apoio dos vereadores e da comunidade em suas ações comunitárias.
Coordenadora administrativa da instituição, Geni Onzi divulgou e pediu auxílio em busca de alternativas para ampliar o trabalho do Projeto Mão Amiga. Contou que a ideia surgiu em 2009, quando a Legião Franciscana (Lefan), mantenedora de três escolas filantrópicas de educação infantil, não dava conta de atender a demanda.
Implantou-se parceria com escolas particulares, que fariam preço diferenciado aos pais de crianças e beneficiados da Lefan. Por esse modelo, 50% da mensalidade seria arcada pelos pais e 50% pela filantropia. Em 2009, fundou-se a Associação Mão Amiga para arrecadar fundos e desenvolver o projeto. Uma equipe técnica passou a avaliar as famílias e, por meio de critérios, beneficiá-las com descontos de 30%, 40% e 50% na mensalidade.
Em um vídeo, Geni Onzi apresentou no telão do plenário dados sobre o Projeto Mão Amiga, idealizado pelo Frei Jaime Bettega e voluntários, que também foi implantado em Flores da Cunha, Bento Gonçalves e Farroupilha. Hoje, a ação conta com 60 voluntários e 6 mil atendimentos realizados.
A partir de 2012, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, disponibilizou-se mais 670 vagas. No entanto, devido à mudança da legislação da filantropia, o convênio foi extinto no final de 2015. A coordenadora informou também que a associação desenvolve outras ações, juntamente com a Fundação de Assistência Social (FAS). Citou o Centro de Convivência Santo Antônio e a Casa Brasil, que atendem adolescentes em turno inverso à escola, a Casa de Passagem São Francisco, para moradores de rua, a Casa Viva Raquel, para mulheres vítimas de violência, e o Abrigo Recanto Amigo.
Os programas são mantidos com recursos do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente, por meio da destinação do imposto de renda de contribuintes. Geni Onzi ressaltou que o Projeto Mão Amiga é baseado nos princípios da ética e solidariedade.
Exige também comprometimento dos pais que, para serem beneficiados, devem participar de 75% de palestras de capacitação. Essas orientações são de saúde, higiene, administração financeira e nutrição. Assim, o projeto se torna uma forma de as famílias terem suporte de “caminharem pelas próprias pernas”, e não só conquistarem vagas escolares.
A coordenadora frisou que o projeto é criterioso para atender família realmente em situação de risco. Para isso, a renovação anual do atendimento depende de comprovação via imposto de renda e avaliação de técnicos. Outras fontes de recursos são eventos solidários, arrecadação via o programa estadual Nota Fiscal Gaúcha, que exige CPF do consumidor no comércio, auxílio financeiro de pessoas jurídicas e físicas, e da ação internacional Global Giving.
Durante a tribuna livre, líderes de bancada se manifestaram em favor do Mão Amiga. Alberto Meneguzzi/PSB falou sobre a importância do repasse do município a entidades, destacando que a Associação foi uma das poucas que receberam a mais do previsto no orçamento municipal, assim como a Associação Literária São Boaventura. Destacou que esses trabalhos cumprem parte da responsabilidade do Poder Público.
Pelo PDT, Gustavo Toigo disse que o Mão Amiga é um case de sucesso, exemplo a ser seguido dentro do Estado e do País. Colocou seu gabinete à disposição da associação. 
Em nome do PMDB, Edson da Rosa falou da importância do projeto educar e dar suporte a famílias de baixa renda em vez de apenas oferecer auxílio com vagas escolares.
Em nome do PTB, Adiló Didomenico que disse o Mão Amiga deveria ser adotado pelo Poder Público e que os escritórios de contabilidade, que oferecem serviço de declaração de imposto de renda, poderiam contribui muito no projeto.
Paula Ioris, do PSDB, opinou que falta divulgação sobre a importância do Nota Fiscal Gaúcha para o Mão Amiga. Pelo PT, Denise Pessôa falou do apoio do projeto para mães que precisam trabalhar fora e deixar seus filhos e do trabalho da Casa Viva Raquel.
Os vereadores Arlindo Bandeira/PP observou que o Mão Amiga colabora com a educação, evitando a criminalidade. Do partido SD, Neri O Carteiro ressaltou importância do cuidado com crianças pelo futuro melhor e delas terem escola enquanto os pais trabalham. Em nome do PSD, Kiko Girardi disse que falta divulgação das ações filantrópicas e que elas deveriam beneficiar mais os idosos.
Contatos com o Mão Amiga podem ser feitos pelo 3223.5420 ou 99607.0314.
 
 

28/06/2017 - 11:52
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Clever Moreira - 8697

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