Voltar para a tela anterior.
A expectativa de que o país melhorasse, depois do impeachment da agora ex-presidente Dilma Rousseff, no Senado, na manhã desta quarta-feira (31/08), foi manifestada pelo vereador Zoraido Silva/PTB, na sessão ordinária da tarde de hoje. Ele considerou que o Brasil encontrava-se num estágio ingovernável, sob a condução de Dilma, em meio a uma crise econômica e a denúncias de corrupção. Desejou que o novo presidente da República, Michel Temer, que era o vice da antecessora, conseguisse melhorar a gestão nacional e que não parassem investigações, como a da Lava Jato, que apura casos de corrupção, na Petrobras.
Zoraido contou que o impedimento de Dilma, entre outros fatores, deveu-se a três decretos de suplementação orçamentária, sem o aval do Congresso, além de atrasos, no pagamento de juros a bancos públicos. Na ótica dele, a ex-presidente também desrespeitou a Lei de Responsabilidade Fiscal, enquanto estava no cargo. “Foram diversos pedidos pelo impeachment, até o acolhimento do último, pelo Senado, em 12 de maio passado. Hoje, com o placar de 61 X 20, a maioria dos senadores aprovou o afastamento dela da Presidência da República”, observou.
O petebista questionou, porém, o fato de, na sessão da manhã de hoje, no Senado, Dilma ter conseguido preservar os seus direitos políticos. Ou seja, a votação acabou desmembrada depois que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que comandava os trabalhos do impeachment, acatou uma questão de ordem do senador Vicentinho Alves/PT-TO. Com isso, em votação separada, foi garantido que Dilma, apesar de perder o cargo de presidente da República, mantivesse a possibilidade de concorrer a mandatos eletivos e ocupar funções públicas.
Em apoio às colocações do colega, o vereador Daniel Guerra/PRB considerou que o processo demonstrou que ninguém pode se posicionar acima da lei. Para o republicano, o mesmo tipo de condução deveria ser dado a Temer e ao presidente do Senado, Renan Calheiros.