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Propostas de reforma previdenciária, já em curso em Brasília, foram alvos de críticas do vereador Jaison Barbosa/PDT. Na sessão ordinária desta quinta-feira (23/06), o parlamentar considerou que o atual governo, liderado pelo presidente interino Michel Temer, não teria condições de conduzir esse processo. “A Previdência já arrecada demais. O problema está na má gestão dos recursos públicos. Enquanto analisam tirar direitos dos trabalhadores, há categorias, como deputados estaduais e federais, senadores e servidores públicos do Judiciário, com férias maiores e outros benefícios diferenciados”, alertou o pedetista.
Jaison traçou um breve panorama das ideias que poderão virar leis. “Uma delas seria transformar a fórmula 85/95 na única opção para o segurado se aposentar por tempo de contribuição. Com isso, a soma da idade e do tempo de contribuição teria de atingir 95 pontos para homens ou 85 pontos para mulheres”, explicou. Ele acrescentou que a pontuação da fórmula mudaria a partir de 2018, subindo um ponto a cada dois anos, até chegar em 90/100, em 2027, o que extinguiria o chamado fator previdenciário.
O parlamentar também mostrou inconformismo diante da possibilidade da fixação de uma idade mínima, de 65 anos, para a aposentadoria de homens e mulheres. Hoje, são 60 anos para homens e 55 anos para mulheres. Além disso, existiria ajuste de idade mínima, conforme o aumento da expectativa de vida do brasileiro. Para Jaison, trata-se de outra afronta, ao não se reconhecer a dita jornada dupla da mulher.
Compartilhando das preocupações, o vereador Pedro Incerti/PDT apontou que, ao estudar alterações desse tipo, o governo federal não estaria pensando no bem-estar do idoso. Comentou que, por uma vida inteira, o cidadão contribui com o desenvolvimento do país e que, por isso, merece se aposentar com dignidade.