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O parlamentar Adiló Didomenico/PTB lamentou que os pedidos de prisão contra "caciques" do PMDB tenham sido negados, nesta semana, em Brasília/DF. Na sua manifestação durante o grande expediente da plenária desta quarta-feira (15/06), no Legislativo caxiense, o petebista referiu-se à decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que recusou o pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).
O ministro do STF não considerou suficientes para justificar a medida os indícios apresentados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Conforme noticiado por vários veículos de comunicação, para Teori Zavascki, não teria procedência os pedidos de prisão por não haver a configuração de "crime em flagrante".
Com base no noticiário, Adiló destacou que o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado relatou a investigadores da Operação Lava Jato ter repassado propinas no valor de R$ 71,7 milhões a Calheiros, Jucá e Sarney. “Se isso não é suficiente para a prisão, o que é? Não é possível continuarmos assistindo a essas coisas”, desabafou o petebista, ressaltando que os chamados caciques do PMDB não são o PMDB gaúcho. No caso de Calheiros, Jucá e Sarney, Adiló disse que “nunca os viu na oposição, mas sempre ao lado do poder”.
Após Adiló direcionar considerações positivas ao PMDB do Rio Grande do Sul, o parlamentar Rodrigo Beltrão/PT cumprimentou Adiló pelo teor pronunciamento. Entretanto, o petista criticou o fato de o petebista considerar “o PMDB de lá um e o daqui, outro”. O parlamentar Adelino Teles/PMDB contrapôs Rodrigo e se colocou em consonância com o discurso de Adiló. O parlamentar Jaison Barbosa/PDT também solicitou um aparte dentro dessa discussão e Virgili Costa/PDT foi bem sintético em seu posicionamento: “Se não tivesse prova, o procurador Janot não iria pedir a prisão”.