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A crise econômica nacional e o consequente fechamento de empresas, em Caxias do Sul, estão preocupando o vereador Guila Sebben/PP. Na sessão ordinária desta quarta-feira (10/02), o parlamentar retomou o recente encerramento das atividades da Robertshaw, no município, com a demissão de mais de 400 colaboradores. Criticou a atuação de lideranças políticas, empresariais e sindicais, no episódio.
Guila contou que, há dois anos, esse fechamento, em Caxias, vinha sendo preparado pela direção da Robertshaw. Para ele, a decisão resultou da falta de apoio do poder público local às ações do grupo. “Depois, o prefeito Alceu Barbosa Velho, o sindicalista Assis Melo, o deputado federal Pepe Vargas e representantes do setor empresarial entraram em cena, tentando reverter a saída. Não adiantava mais”, observou.
O progressista referiu que, por iniciativa da ex-vereadora Ana Corso, em 2012, havia sido aprovada moção, na qual apoiava os funcionários da Robertshaw e pedia critérios que deveriam ser seguidos pela direção da companhia, como a participação de colaboradores, na divisão dos lucros da empresa. Guila rebateu pontos daquela moção. “A partilha do lucro é uma decisão individual de cada empresa”, disse.
O vereador sugeriu que o município promovesse debates para discutir o potencial de Caxias, para abrigar indústrias de transformação, como as metalúrgicas, por exemplo. Segundo Guila, quase 20 mil vagas de trabalho foram encerradas, no município, nos últimos três anos.
O parlamentar ainda se manifestou contrário à burocracia estadual. Citou que ela impede e dificulta o trabalho de empreendedores. Destacou que uma licença ambiental pode ser obtida em um prazo de 30 a 60 dias, em Santa Catarina. Guila comparou que, no Rio Grande do Sul, o tempo é de, aproximadamente, um ano. O vereador Daniel Guerra/PRB concordou com o posicionamento de Guila e cobrou maior atenção dos governos à iniciativa privada.
Enquanto isso, o vereador Jaison Barbosa/PDT questionou a postura da empresa e alertou para a necessidade de proteger o direito dos trabalhadores. O vereador Rodrigo Beltrão/PT foi taxativo: “quando há lucro, o mérito é do empresário. Agora, se houver crise, a culpa é sempre do governo”!