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Da tribuna do Legislativo caxiense, a presidente da Organização Não Governamental (ONG) Construindo Igualdade, Cleonice Araujo, criticou a discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT). Durante a sessão da Comissão Representativa desta terça-feira (26/01), a dirigente defendeu mais inclusão social, educação de qualidade, respeito e menos preconceito para com o público GLBT. O espaço na tribuna foi concedido a partir de acordo entre os vereadores que integram a Comissão Representativa.
“As mulheres já são discriminadas por serem mulheres, imagina sendo mulheres trans. Estamos vendo os travestis cada vez mais humilhados, sob olhares de diferença. Percebemos que a ferida maior está na educação. Com uma educação de qualidade, seremos cuidados com mais respeito”, confia Cleonice.
A dirigente explicou que, muitas vezes, por causa da baixa escolaridade, travestis e transexuais não conseguem um trabalho digno. Além disso, Cleonice observa que ainda há certa resistência da população em reconhecer e chamar transexuais pelo nome social. “Custa me chamar de Cleonice Araujo?”, questionou.
A presidente da Construindo Igualdade ressalta que a ONG luta pelos direitos humanos e pelo público LGBT. Enquanto Cleonice fazia seu pronunciamento, integrantes da entidade que estavam na plateia, de forma pacífica, erguiam cartazes, pedindo mais respeito. Ela também informa que, nesta sexta-feira (29/01), às 19h, no Anfiteatro da Câmara Municipal de Caxias do Sul (Rua Alfredo Chaves, 1323, bairro Exposição), a entidade vai promover uma mesa-redonda para debater a respeito de inclusão social. Conforme ela, toda a comunidade está convidada a participar.