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O Parlamento caxiense reprovou a ideia de criar uma Comissão Temporária Especial em Defesa da Vida e da Família. Na plenária desta quinta-feira (16/07), o texto assinado pelo vereador Daniel Guerra/PRB (requerimento 54/2015) foi derrubado pelo voto da maioria dos parlamentares (18x2).
No documento, o republicano explicava que a finalidade da comissão seria acompanhar e fiscalizar programas e políticas públicas governamentais destinadas à proteção e à garantia dos direitos à vida, da família, da criança e do adolescente. Outro objetivo seria promover debates e eventos pertinentes à análise de políticas públicas destinadas às famílias, às crianças e aos direitos à vida, à educação, à saúde e à segurança, divulgando resultados.
"Pela impressionante multiplicação e agravamento das ameaças à vida das pessoas, sobretudo quando ela é frágil e indefesa, é necessário retornar os valores, sensibilizar consciências e criar estratégias em favor da vida. A família tem papel fundamental na educação e na orientação das crianças e adolescentes, pois ela é a base e é quem irá direcioná-los ao melhor caminho a seguir", argumentou Guerra no requerimento.
Durante a apreciação do texto, nesta quinta-feira (16/07), a vereadora Denise Pessôa/PT solicitou ao autor para que esclarecesse que conceito ele apregoa à família. Pois, no entender da petista, hoje, há muitos formatos que precisam ser compreendidos, respeitados e com os quais as pessoas teriam de conviver.
"A maioria da comunidade tem uma concepção de família e, aqui no Parlamento, temos de representar essa maioria", respondeu Guerra. Na ótica de Denise, essa resposta não apresentou clareza. Além disso, a vereadora entende que não é possível avaliar a família da maioria da população como sendo melhor que a família da minoria. "Família é muito amplo. Todos os seres humanos, inclusive, pertencem a uma grande família e a uma mesma humanidade. Não gostaria de fazer deste plenário um palco para discutir que, se uma família não é de determinado formato, ela é menor", frisou Denise. A petista chegou a se emocionar ao lembrar que, na vida, às vezes, fatos inesperados ocorrem e acabam desestruturando certas famílias.
Em contraposição à parlamentar, Guerra reafirmou sua defesa à vida e à família e disse que esse tipo de assunto teria de ser mais debatido na Casa. Após compartilhar da reflexão do colega, Renato Nunes/PRB criticou Denise, dizendo que ela transformou o assunto em palanque. Concordando com a vereadora, o parlamentar Edi Carlos/PSB afirmou que defende a vida e, por conta disso, se opôs à proposta de Guerra. Já o pedetista Virgili Costa, que preside a Comissão de Direitos Humanos, ratificou sua postura de contrariedade à criação de novas comissões temporárias. Para ele, os grupos permanentes poderiam instituir subcomissões temáticas.
DELIBERAÇÃO SOBRE O REQUERIMENTO 54/2015
Vereador - Partido - Voto
ADELINO TELES PMDB Não
ARLINDO BANDEIRA PP Não
CLAIR DE LIMA GIRARDI PT Não
DAIANE MELLO PMDB Ausente
DANIEL ANTONIO GUERRA PRB Sim
DENISE DA SILVA PESSÔA PT Não
EDI CARLOS PEREIRA DE SOUZA PSB Não
EDSON DA ROSA PMDB Não
FLÁVIO GUIDO CASSINA PTB Presente
FLÁVIO SOARES DIAS PTB Não Votou
GUILHERME GUILA SEBBEN PP Não
GUSTAVO LUIS TOIGO PDT Não
HENRIQUE SILVA PCdoB Não
JAISON BARBOSA PDT Não
JOÃO CARLOS VIRGILI COSTA PDT Não
NERI ANDRADE PEREIRA JUNIOR SD Não
PEDRO JUSTINO INCERTI PDT Não
RAFAEL BUENO PCdoB Não
RAIMUNDO BAMPI PSB Não
RENATO DE OLIVEIRA NUNES PRB Sim
RODRIGO MOREIRA BELTRÃO PT Não
WASHINGTON STECANELA CERQUEIRA PDT Não
ZORAIDO DA SILVA PTB Não