terça-feira, 15/04/2025 - 29 Ordinária

Projeto de Lei nº 50/2025

VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Esses empréstimos, senhor presidente, senhores e senhoras vereadores, patrocinados pela Prefeitura de Caxias do Sul, junto à Companhia Andina de Fomento, não são recentes. Lá no governo Sartori se aprovou um grande empréstimo que foi responsável. Num primeiro momento era para a construção da Represa do Marrecas, e depois num segundo momento, na medida que se conseguiu recurso no BNDES e no PAC-1 para a construção da represa, esses recursos todos foram utilizados no Programa de Asfaltamento do Interior. Então, foram mais de 150 quilômetros de asfalto construídos na nossa cidade. Então, a Companhia Andina de Fomento, sem dúvida nenhuma, tem sido uma grande parceira do município. E digo a vocês que, inclusive, a Companhia Andina de Fomento, em muitos momentos, se manifesta dizendo que Caxias é exemplo na utilização dos recursos e na forma da prestação de contas. Então, eu sei e entendo as preocupações do vereador Libardi, que pode fazer qualquer pedido de informações sobre a execução orçamentária desses empréstimos, acompanhando a respeito da decisão da maioria da Casa, da liderança do governo, no sentido de agilizar essa tramitação, mas entendia que um dia a mais, um dia a menos, não faria muita diferença. Então, nesse sentido, faço o registro, dizendo que é importante esses empréstimos contraídos com a Companhia Andina de Fomento, que presta um grande serviço para a nossa cidade. Mas, sem dúvida nenhuma, todas as questões relativas aos empréstimos, a Câmara tem obrigação até de fiscalizar a sua execução corretamente. Então, nesse sentido é que votei favorável ao pedido de vistas por um dia, porque não entendia, não significando dizer que tivesse compromisso com a aprovação de qualquer emenda, mas, então, nesse sentido, só justificando aí à nossa liderança do governo a razão do meu voto. Era isso, senhor presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Não, presidente, colegas vereadores, vereadoras, eu entendo o vereador Claudio que queria pedir o adiamento do Projeto nº 50/2025, mas uma coisa eu tenho que falar ao vereador Claudio e aos demais vereadores sobre uma situação que está acontecendo aqui na Câmara, como por exemplo adiamento de moções, adiamento de pedido de informações. São coisas, regras que estão sendo criadas e eu acho que agora, nesse processo de adequação do regimento interno nós vamos poder dar uma analisada melhor, porque todos os requerimentos, colegas vereadores e vereadoras, quando são aportados aqui na Câmara, eles ficam acessíveis para todos os vereadores e toda assessoria, todos os projetos, eles são públicos. Aí, vereador Claudio, foi chamada uma reunião, cerca de uns 15 dias, vereador Frizzo, o senhor estava em Brasília, então eu recordo, senhor, é o único que tem a desculpa de dizer que não estava aqui, mas foi chamada uma reunião, presidida a reunião pelo vereador Lucas Caregnato, onde esteve todos os secretários da Prefeitura, relacionado aos projetos, esteve a Gregora falando sobre o projeto das ACS; esteve a servidora pública, como é que é o nome, Cristiano? Que estava ali, a Ketlen, juntamente com o secretário Dornelles e o Micael falando sobre o projeto, esteve outros secretários falando sobre cada projeto que seria aportado aqui na Câmara para nós tirarmos todas as nossas dúvidas,  e nós ficamos ali quase duas horas tirando dúvidas, perguntando e perguntando. Então nós estivemos aqui na Câmara para tratar sobre todos os projetos que seriam aportados e serão aportados ainda nos próximos dias aqui na Câmara. Então, vereador Claudio, o senhor está na sua legitimidade de pedir o adiamento, mas o senhor não estava na reunião, não estava na reunião. Então o que acontece, o senhor quer pedir o adiamento de uma coisa que o senhor não estava na reunião, que ali era o momento de sanar as dúvidas, e a gente podia ter feito... Não, nós tivemos tempo de fazer emendas ao projeto nesse período de tempo!
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Vou lhe pedir um aparte.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Porque agora movimenta toda uma Câmara aqui, todas as comissões que já têm muita coisa para fazer com pareceres, tem que refazer um parecer, voltar o projeto. Então acaba a gente tendo... Alterando todo o organograma aqui da Câmara de procedimentos aqui de trabalhos. Servidores aqui de comissão que já tinham projetos para fazer, vai ter que refazer. Servidores que vão ter que dar outros pareceres, colocar na pauta. Então se a gente pudesse começar a participar mais das reuniões quando o Executivo vem na Câmara para que a gente pudesse atentar os projetos, seria mais útil para que a gente otimizasse o tempo Legislativo. Seu aparte, vereador Claudio.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Obrigado pela gentileza, vereador Rafael. Eu acredito que não tenha ficado compreendido pelo senhor qual era o objeto. Meu objeto não é nenhuma questão de esclarecimento quanto à norma, eu entendi perfeitamente; novamente, um erro. Agora, de forma efetiva, a apresentação da emenda pode ser feita até o início... Perdão, até o final da primeira discussão. É legítimo a minha apresentação de emenda, o senhor é legítimo para votar contrário. Agora, de toda forma, se toda oportunidade que nós tivermos que debater quanto custa o tempo do Legislativo, tenho certeza que o Executivo, com erros, gasta muito mais que eu, e o senhor também sabe disso. A gente pode debater isso, não tem nenhum problema. O que eu estou falando para o senhor aqui, de forma muito transparente, é que eu acredito que nós precisamos fazer uma adequação na lei e eu posso apresentar uma lei complementar amanhã e alterar a lei. O senhor é legítimo para votar contrário. Agora, que da minha parte falta transparência na lei, embora seja clara qual é o objeto, falta transparência. Por isso, a emenda. Eu não tinha nenhum compromisso com o governo, que o governo votasse favorável. Procurei o vereador Daniel, procurei o vereador Wagner, eles conseguiram acertar comigo a retirada. Posteriormente, em razão dessa reunião que foi realizada, eles optaram por alterar o entendimento e votar de forma contrária. Não tem nenhum prejuízo. Agora, é legítimo o meu requerimento, eu vou continuar apresentando o requerimento, e infelizmente, o que tem tomado o nosso tempo, tomado as nossas discussões em uma parcela significativa, são erros no projeto de lei do Executivo como esse erro. A gente não precisaria estar discutindo, eu podia ter apresentado uma lei complementar anteriormente, e vamos combinar, se fosse clara as coisas, o Executivo nem precisaria vir aqui explicar como tem vindo, envergonhado não só o senhor, como tem me envergonhado e envergonhado toda a Caxias, como me envergonhou o secretário Milton Balbinot. Obrigado pela gentileza.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Bom. Vereador, eu faço aqui uma referência ao vereador Ramon, estava presente e tirou várias dúvidas. Essa reunião não é da base do governo, é para todos os vereadores estarem presentes. Então, ali é o momento de sanar as dúvidas e ainda, inclusive, apontar o erro para o Executivo: “Olha, não está correto”. Agora, deixar vir para plenário, dar um delay de quase um mês o projeto, ver o erro no plenário e querer retardar um processo, eu acho que aí também é sacanagem. Concordo com o que o senhor falou, mas aí é sacanagem deixar vir a plenário. E o senhor, se votar adiamento de novo, vou votar contra. Obrigado, presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Olha, eu acho lamentável essa atitude aqui pelo governo e pelos vereadores que são do governo. Em que pese que eu respeito, acho que é um direito de cada um e de cada uma votar como quer. Mas assim, quando a gente fala em ser uma oposição, e eu sempre tenho falado isso em tudo que é lugar, imprensa, para os colegas, até para o prefeito eu já falei que nós somos uma oposição responsável, tem muitas coisas que a gente não concorda, mas abre mão para fazer o debate, de repente vamos deixar, vamos colocar, eu acho que é bom senso. Acho assim, não aceitar o pedido de adiamento de um dia dentro de uma situação que está aqui, estava agora mesmo olhando o Regimento Interno, com essa alegação que, com todo respeito, vereador Rafael, “Ai, vai retardar, vai dar trabalho para as comissões, vai dar isso...” Mas, por favor! Isso está no Regimento, isso é uma função. Mas o que mais me indigna não é nem isso, o que mais me indigna, vereador Claudio, é que tudo que a gente propõe para este governo, de transparência, parece que não pode, parece que não pode. Sabe por quê? Porque quando nós falamos, e a gente repetiu aqui, naquela audiência do transporte, que na primeira sessão extraordinária de 2021, quando a bancada do PT propôs, aceitou não isentar o ISSQN da concessionária de transporte, nós tínhamos feito uma simples emenda que dizia que fossem publicadas, realmente, a isenção e as tabelas de custo para mostrar. Inclusive, para o governo seria bom se isso estivesse no portal da transparência ou se fosse apresentado aqui na Câmara. Que mostrasse que aquele ISSQN saiu da concessionária, mas entrou na tabela para diminuir o valor da passagem. Não, os vereadores votaram contra. Eu lembro, nós tivemos quatro votos favoráveis, se eu não me engano. Mas meia dúzia. Os vereadores da base votaram contra.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Presidente, Questão de Ordem.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Então, eu quero dizer que...
PRESIDENTE LUCAS CAREGNATO (PT): Só um minuto, vereadora Rose. Pela ordem?
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Só para saber, presidente. Nós estamos falando sobre o projeto do transporte ou sobre a CAF?
PRESIDENTE LUCAS CAREGNATO (PT): Nós estamos discutindo o projeto de lei, em primeira discussão, o Projeto de Lei nº 50, que trata sobre o crédito externo com o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe, CAF. Seguindo, vereadora Rose.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Cujo projeto teve um pedido de um dia, e que foi votado contra, porque os vereadores da situação e o governo não querem transferência. Por um dia. Então assim, eu acho lamentável. Eu não estive; minha assessoria esteve; eu não estive. Mesmo se o vereador Capitão Ramon esteve e esclareceu todas as dúvidas, isso não justifica que agora, que não surja outra dúvida e que não possa ser feito esse debate. Não possa ser feito esse debate. Então, vereador Rafael, é um direito, sim, de todo mundo querer fazer o debate. Eu não estava naquele dia, porque, realmente, eu não pude, eu acho que eu estava de licença em saúde, não lembro. Porque eu sempre estou nas coisas do governo. Então, agora, porque eu não pude estar naquele dia eu não tenho mais o direito de discutir nenhum daqueles projetos que entraram, porque o governo apresentou aqui? Olha, sinceramente, isso sim é um desperdício de debate.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada, senhor presidente, nobres colegas. Acho importante, o vereador Claudio trouxe aqui alguns elementos da nossa bancada. Desde o início que nós estivemos nesta Legislatura, nós dissemos que queríamos ser uma oposição propositiva. Então, sempre que chega um projeto a esta Casa, qualquer debate, envio do Executivo, nós olhamos o projeto, a gente vai atrás das informações, a gente se questiona de elementos apresentados, porque, afinal de contas, nós estamos falando do nosso município de Caxias. Então, gostaria, primeiramente, que os vereadores, tanto da base quanto os demais, não vissem como um problema os elementos que nós trazemos para esta Casa, porque, se nos despertam dúvidas, o mínimo que a gente pode fazer enquanto vereadores é esclarecer essas dúvidas. E acredito que isso é legítimo, se a gente for olhar o Regimento da nossa Casa, no capítulo dois. Inclusive, agora nós teremos uma Comissão Interna para poder revisar o Regimento. Diz que a Câmara tem função legislativa de fiscalização, de controle, de julgamento, de assessoramento e de administração interna. Não precisaria ler, porque tenho certeza que todos os vereadores têm acesso ao Regimento e se baseiam nele, assim como eu. Agora, esse documento enviado para nós diz o seguinte, que essa alteração na lei tem como único propósito modificar a denominação oficial da CAF, substituindo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe por Corporação Andina de Fomento. Embora a CAF utilize ambas designações, sua denominação jurídica oficial adotada em documentos legais é Corporação Andina de Fomento. Por esse motivo, solicitamos a alteração da lei. O Poder Executivo encaminhará à Câmara de Vereadores, também diz no documento, dentro de 30 dias contados da data da assinatura da operação de crédito autorizada por essa lei, cópias do instrumento contratual firmado. Nós não precisaríamos estar discutindo, acho que é importante colocar isso para a população caxiense, porque, em tese, esse debate desse projeto já foi realizado. Mas, mais uma vez, o nosso tempo é tomado por erros do Executivo, e erros primários. É o erro de um nome de um banco que está no projeto e, se não trocar o nome do banco, não consegue fazer empréstimo, autorizar empréstimo. Então, sinceramente, vereadores da base, por mais que os senhores gostariam que mandassem esse projeto para cá e nós votássemos a favor, sem ter debate, porque, em tese, isso já foi discutido, como nós não iremos discutir se enviam para nós novamente para corrigir um erro passado? E nós estamos falando, como disse o vereador Claudio Libardi, de 40 milhões de empréstimo. O quanto isso vai comprometer o orçamento do nosso município? Vai comprometer ou não vai comprometer? Nós tivemos, semana passada, o nosso prefeito municipal vindo a público tendo que esclarecer os motivos pelos quais o município teve que cortar verbas de políticas já aprovadas. Ele disse que os motivos foram Magnabosco, a parceria público-privada das escolas de educação infantil, e o prefeito também falou, trouxe mais uma motivação, que foi... (Manifestação sem o uso do microfone.) Isso. Seria o caso Magnabosco e uma caução de 60 milhões para a PPP da educação infantil. E aí nós tivemos aqui o secretário Milton Balbinot, que falou que o problema do município, do orçamento do município era a questão da calamidade. O prefeito Adiló teve que vir a público e dizer que não era a calamidade, que eram essas duas questões que comprometiam o orçamento do município. Não há conexão nas informações que passam para nós. E aí, quando a gente vem aqui, eu e o vereador Claudio, querendo esclarecimentos, mais informação, transparência, dizem que isso é um problema. Isso é um absurdo. Porque, se não tem transparência para nós, vai ter transparência para quem, população caxiense? Então nós, como vereadores sérios, comprometidos com o orçamento... E aí vêm aqui, aprovam 40 milhões de dólares para um programa, para pedir empréstimo para um programa para digitalizar o município; que eu sou a favor. Agora, essa é a única alternativa? Como é que a gente vai fazer para pagar? Ou, daqui a pouco, vai ter mais cortes de verba, porque não previram o valor do empréstimo no orçamento do município. Eu não duvido, eu não duvido. Porque o prefeito teve que vir, semana passada, explicar para a imprensa, porque o seu secretário Milton Balbinot, o qual nós já pedimos aqui a saída dele do governo, não soube explicar, usou quatro minutos de 20 nesta tribuna, envergonhando todos os vereadores desta cidade, e não explicando por quê, de fato, tinha que cortar do Fiesporte e de outras políticas. E aí, agora, mandam de novo um projeto para corrigir. São lamentáveis os erros do Executivo. Eu e o vereador Claudio não queríamos vir aqui tendo que falar isso, vereador Daniel. Nós somos uma oposição propositiva. Mas me causa incômodo o incômodo que causa a vocês os nossos pedidos de esclarecimento. Vereador Rafael, eu participaria com todo o prazer dessa reunião. De fato, passou despercebida essa informação para mim. Daqui a pouco, foi um erro nosso, da nossa parte, ter esse espaço de debate com o Executivo e nós não termos visto, porque nem eu nem o vereador Claudio estávamos presentes de fato. Mas toda a oportunidade que nós tivermos de solicitar mais informações, de nós acharmos que precisa de transparência, porque pode comprometer o orçamento do município, nós faremos. Porque agora, em maio, começaremos a pagar – para finalizar, senhor presidente – as parcelas do caso Magnabosco. Também não sei se os vereadores têm grandes informações sobre isso, como é que vai ficar de fato o nosso orçamento. Mas preocupa, porque daqui a pouco nós vamos inviabilizar a nossa cidade de investir em políticas públicas básicas, para os serviços públicos, para atender a população caxiense. Seria isso, senhor presidente. Obrigada.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR DANIEL SANTOS (REPUBLICANOS): Bom dia, presidente, colegas. Eu vejo que toda vez que vem alguma retificação, alguma coisa, se vira um discurso, se viram algumas palestras e um mediatismo para a rede social que é fora de série. Se vocês tivessem preocupação mesmo com os projetos, com as dúvidas que vocês vêm aqui fazer o discurso para a câmera, para os eleitores de vocês, vocês teriam participado das reuniões, onde o Executivo veio aqui e fez o convite para todos participarem e tirarem as dúvidas de vocês. A oposição justa, correta, ok. Inclusive, conversei com a senhora sobre isso, que acho muito coerente. Agora, vir aqui toda vez que tem alguma correção, algo que é pequeno, se faz uma novela, um discurso sem fim, aí não tem cabimento. Assim como foi o projeto da Visate, que era uma pequena correção, se arrastou e teve gente que foi para a tribuna fazer discurso, jogar para as redes sociais que votou contra porque não era a favor de passar dinheiro para a Visate, sendo que não tinha nada a ver com isso. Estou vendo que vai acontecer a mesma coisa agora. Discurso “porque o dinheiro...” Pessoal, vocês não estavam aqui ano passado para votar isso aqui. Então assim, tem dúvidas, quer dizer questionamentos, ok. Só não vão inverter as coisas, porque não...
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um aparte, vereador.
VEREADOR DANIEL SANTOS (REPUBLICANOS): Aí já estão distorcendo tudo. Aí tudo é culpa do Executivo. Se o Executivo não dá informação, ele é errado. Se ele vem dar a informação também é errado? Seu aparte, vereador.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Bom, vereador, eu não entendo a revolta da vereadora Rose, que mistura alhos com bugalhos. Ficou revoltada e saiu do plenário. Mas, a questão, e aqui eu falo, vereadora Cristiano, que foi secretário, nós tivemos aqui a servidora pública municipal, com fé pública, que ela disse que é apenas uma alteração na denominação, porque o banco tem toda uma reorganização onde ele tem as suas sedes. Ela explicou justamente isso, é só uma alteração no nome, para não ter problema jurídico quando for feito algum tipo de financiamento. É apenas isso. Eu não sei se as pessoas estão lendo direto ou se fazem que não leem e revertem tudo. Então, essa reunião aconteceu no dia 28 de março, já se passaram 18 dias após a reunião e nada foi feito. Aliás, presidente, eu gostaria de falar com o presidente da CCJ, uma hora dessas, se possível, e o senhor, e ver como é que estão esses projetos, que agora quiseram... Eu gostaria... Quem é o presidente da CCJ? Daniel Santos, se o senhor pudesse mostrar para nós como estão os vereadores que pegaram os projetos, que queriam os projetos? Como é que estão os pareceres? O senhor tem como mostrar isso para nós? Ou está andando melhor que como andava da comissão com o assessor nosso, o Alexandre, que é um excelente servidor, cargo de confiança aqui da Câmara? Se o senhor pudesse fazer isso um dia, gostaria.
VEREADOR DANIEL SANTOS (REPUBLICANOS): Bom, aí a gente vê como é que funcionam os andamentos da Casa para tratar sobre isso. Mas enfim, pessoal, e eu vejo que já entram mil e um assuntos na pauta, inclusive o caso Magnabosco. Assim como eu já citei outras vezes, que o prefeito Adiló comprou brigas e abraçou para resolver problemas históricos de Caxias, que ninguém resolveu. Ele está assumindo a bronca e resolvendo alguns problemas e está sendo já apontado por isso. Então, se é para ser uma oposição construtiva e propositiva, sejamos sinceros também nessas pontuações. Obrigado.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Presidente, nós continuamos a tratar, embora de uma simples alteração legal, de uma lei que autoriza o pagamento de 40 milhões de reais em serviços digitais ao município. Não há discriminação de que serviços digitais são esses. Não há discriminação se há ou não a possibilidade de, junto ao Governo Federal, ter acesso a esses serviços digitais. Não há nenhuma opção do município por fazer a contratação de serviços digitais públicos, como é o Eproc e como são outros sistemas, como o Shomei, disponibilizado pelo Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público Federal. Nós estamos tratando de um tema que tem uma repercussão em 10% do orçamento do município. E a emenda, exclusivamente, é objetiva que nós tenhamos o mínimo de transparência na fiscalização. Eu sou um ferrenho defensor que o município pode, sim, fazer a contratação de empréstimos e deveria fazer um empréstimo como esse, vereador Rafael Bueno, para promover as alterações necessárias na Maesa. Os sindicatos aguardam o Museu do Trabalhador, a comunidade aguarda o prédio para ter acesso. Enquanto isso, nós vemos dia a dia o prédio com uma deterioração maior e maior. E quando nós encaminhamos uma lei de sete artigos, sem discriminação de obrigatoriedade, exclusivamente a apresentação de contrato, é um problema que nós temos que repensar, presidente. Nós estamos, novamente, com a oportunidade de debater essa lei que foi aprovada no ano passado. Então, o que nós pensemos para um futuro próximo é em deixar as coisas às claras, não na votação, vereador Daniel, porque isso aqui é bem fácil de compreender. O município vai contratar 40 milhões de dólares de uma cooperativa de fomento. Não precisa ser um grande gênio. Agora, precisa ser uma cigana para conseguir adivinhar qual é a taxa de juros. Não é possível que nós autorizemos a contratação de 40 milhões de dólares sem saber qual é a taxa de juros! É isso que nós fizemos em novembro do ano passado, e digo nós, porque embora eu não fosse vereador, eu moro aqui. E nós estamos propondo, consegui propor, correndo, uma emenda, vereador Rafael, para que nós possamos trimestralmente ter acesso a qual é o valor do empréstimo, qual é o valor da amortização. Porque se o senhor vai à Caixa Econômica e compra um apartamento, o senhor fica registrado no registrato e dá para ver mês a mês, qualquer pessoa que tivesse o seu CPF, quanto o senhor deve. E os vereadores desta Casa que são, por questão constitucional, obrigados, não é se eu quero ou não quero, sou obrigado a fiscalizar o município, tinha que fazer um Pedido de Informação a cada três meses para saber qual era o débito do município. O que nós estamos propondo, aqui, não é que o secretário explique. Porque, quando vem aqui, nem explicar explica, vereador Daniel. Tem gente que trabalha? Tem gente que trabalha. Agora, tem gente que envergonha esta cidade e é nomeado pelo prefeito Adiló. Então, de toda forma, o que nós objetivamos com essa emenda é deixar transparente para que eu não tenha que apresentar um pedido de informações a cada três meses nesta Casa e para que nós possamos ter acesso efetivo a quanto é o débito de uma contratação que imputa 10% do orçamento do município. Se o caso Magnabosco tem... Que alegria vê-lo, vereador. Se o caso Magnabosco tem um débito de 600 milhões, nós estamos promovendo uma contratação de 60% do caso Magnabosco, que são R$ 360 milhões com juros. Então, são essas questões que nós precisamos tratar. Em valor venal, em valor inicial, isso aqui é muito maior que o caso Magnabosco, vereadora Rose. Então, bom, nós tratamos assim? Sem não poder ter acesso à atualização dos débitos? Então, na próxima quinta-feira, possivelmente, com o retorno, com a apresentação da emenda nesse projeto, eu espero que nós possamos, sim, ter acesso. Diferente do que aconteceu com o ISSQN da Visate, das atualizações mensais.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Um aparte, vereador.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): De imediato.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): E o pior, nesse caso, vereador Claudio Libardi, é que se nós quisermos informações do secretário de gestão estratégica e finanças do nosso município, Milton Balbinot, sobre tudo isso que o senhor está comentando, os juros desse empréstimo, as condições e como isso vai comprometer ou não o orçamento do nosso município, possivelmente nós teremos a mesma explicação que ele deu do corte do Fiesporte. Ou seja, não teremos explicação nenhuma. E duas semanas depois, o prefeito Adiló vai ter que ir para a imprensa para explicar. Porque o secretário é incompetente e não consegue demonstrar na prática o que isso vai impactar no nosso município. Então, nós queremos esclarecimentos. E provavelmente o secretário não vai conseguir nos dar, porque ele mostrou para todo mundo, aqui, que ele não tem condições de fazer isso. Obrigada, vereador Claudio.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Eu que agradeço à senhora. Eu queria fazer um agradecimento público ao vereador Edio Elói Frizzo, que votou sim, porque sabia que nada alteraria. Aqui não tem nada a ver com um dia a mais, um dia a menos, com um custo a mais, um custo a menos. Obrigado, presidente.
Parla Vox Taquigrafia

Votação: Não realizada

Ir para o topo