Parla Vox Taquigrafia
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SR. SAMUEL DE AVILLA: Bom dia. Depois de momentos tão alegres, vamos agora tratar de assistência. Ilustre presidente Lucas Caregnato, em seu nome quero saudar todos os integrantes da Mesa diretiva da nossa Câmara de Vereadores. Ilustre vereador Daniel Santos, líder de governo, em seu nome quero cumprimentar a todos os demais vereadores aqui desta Casa. Em nome do diretor administrativo e financeiro, Rafael, eu quero cumprimentar a todas as diretoras que estão aqui presentes, participando dessa atividade. Também quero cumprimentar o nosso presidente, Euclides Sirena, que está representando a Fundação Caxias e prestigiando esse momento. O Assis acompanha o Sirena nesse momento. Bom, FAS, Fundação de Assistência Social, é o órgão gestor da assistência em nossa cidade de Caxias do Sul. Minha vinda a esta Casa nasce de uma visita de cortesia feita ao presidente da Câmara de Vereadores há uns dias atrás, e que achamos por bem vir ao plenário trazer algumas informações, sugestões, enfim, o que está acontecendo enquanto FAS, o que se quer e assim por diante. Primeiro, porque este presidente entende que servir é uma arte, e toda arte exige entrega, intenção, presença e propósito. Aliás, tem uma frase que eu acho muito interessante, que diz assim: “que a maior tragédia da vida não é a morte, mas uma vida sem propósito”. Como o nosso propósito de vida é servir, e servir está no DNA, ou deve estar no DNA de todo servidor, é isso que viemos fazer aqui. Como gestor, naturalmente, os primeiros meses de governo, para dizer os primeiros 100 dias, foi um olhar muito em tom de ter um diagnóstico, diagnosticar, compreender melhor os processos, os fluxos, enfim, as atividades da nossa FAS. Agora já temos um certo prognóstico, e vamos atuando, e vamos em frente tentando amenizar, minimizar toda a situação da assistência em Caxias do Sul. A FAS hoje tem 245 servidores e 620 funcionários nas OSCs, Organização da Sociedade Civil. Portanto, é um número expressivo de colaboradores, de pessoas que fazem a coisa acontecer. Em termos de cidade, a primeira tela que eu compartilho com vocês, que a nossa cidade, segundo o IBGE, é em torno de 463.500 pessoas, provavelmente mais. Cerca de 85 mil caxienses estão cadastrados no CadÚnico. Vejam bem que, proporcionalmente, cerca de 18,3%, ou em números redondos, 20% da população da nossa Caxias está em uma situação de pobreza. Desses 85 mil, números redondos, cerca de 20 mil pessoas vivem, sobrevivem, enfim, eu não sei nem a palavra certa para dizer, vereador Edson, com R$ 218,00 per capita/mês. Isso é algo muito complicado. Segundo o CADÚnico, cerca de 30 mil pessoas, 30 mil caxienses sobrevivem com até meio salário mínimo per capita/mês, o restante está em uma situação um pouco melhor. Esses números são preocupantes. Naturalmente que cheguei lá dia 2 de janeiro, vereador Daniel, e abri a porta da presidência, do gabinete da presidência, para ouvir. Foi muito diálogo, vereador Lucas. Porque eu entendo que o gestor tem que ouvir bastante. E essa escuta foi muito importante para que, no mês de fevereiro, começasse a fazer um desenho de gestão. E é isso que eu vou compartilhar com vocês. Elegemos dez grandes áreas para trabalhar, primeiramente. Vamos lá. A outra tela. Todos nós sabemos, caxienses, que muitas dores estão permeando a nossa sociedade, mas uma delas são as pessoas em situação de rua. Os números dizem para nós que cerca de mil pessoas estão nessa situação. Então, começamos a pensar, planejar e, de certa forma, a agir também, para que essas ações possam chegar lá na ponta. Se depender da vontade deste presidente e da equipe que aqui está, nenhum irmão nosso caxiense estará nas ruas neste inverno. Algumas ações já existem: o serviço PopRua, as Casas de Passagem. Mas agora nós temos uma notícia importante, que está andando a passos largos, vereadora Estela, que é o Centro de Cidadania. Talvez o nome não será esse ainda, mas caminha para esse lado. Onde abrigará cerca de 200 pessoas em situação de rua. Eu quero registrar aqui, presidente Sirena, o meu respeito, porque o Sirena tem sido grande articulador, enquanto iniciativa privada, para que as coisas possam acontecer. Isso nos deixa muito alegres, porque pessoas como Euclides Sirena, como Frei Jaime e tantas outras aqui da nossa cidade, eu tenho a certeza que esse problema nós vamos caminhar, sim, não digo que para uma solução 100%, porque seria utopia da minha parte, mas eu acredito muito, porque esse é um problema de cidade. E se é um problema de cidade, a cidade precisa se mobilizar. Minha vinda aqui é compartilhar, sim, o que se pretende fazer; mas eu percebo uma Câmara muito proativa e que quer estar junto em várias frentes. Então, também é um convite formal. O gabinete deste presidente está à disposição. Estão as portas abertas para todos que quiserem conversar comigo, conversar com a minha equipe e buscar soluções. Então, isso é muito importante, e nós vamos fazer com muita serenidade, porém firmeza. Aliás, o prefeito Adiló tem dado esse exemplo. Ele não tem saído fazendo teatro como outros prefeitos, mas tem feito um trabalho sereno, porém com firmeza. E essa lição nós aprendemos e faremos isso. Segunda tela. Ações RH. Quem cuida do servidor? Pessoas fazem ou deixam de fazer as coisas acontecerem. Então, nós estamos focados muito nas ações RH, inclusive uma diretoria foi criada para isso, e faremos isso aí. Caiu a tela, não é? Terceiro: relação FAS e OSCs. Nós precisamos afinar essa relação com as OSCs, porque as OSCs fazem um trabalho maravilhoso. E Caxias, sem o trabalho das OSCs, nós teríamos muita dificuldade para agir enquanto assistência social. Quarto. Atenção especial ao serviço de convivência e fortalecimento de vínculo. Hoje são duas estatais e são 31 parcerias. Duas mil e trezentas crianças e adolescentes estão sendo atendidos, de 6 a 15 anos. E nós temos mais dois serviços de convivência e fortalecimento de vínculos que cuidam de 125 idosos. Zerar as filas de CRAS, CREAS e ILPI. Esse é um objetivo que nós estamos perseguindo. Os CRAS atenderam em média, de janeiro a fevereiro e março, cerca de 1.200 pessoas. Isso é um belo de um trabalho. Tem filas ainda? Tem. Mas estamos procurando zerar essas filas. Os CREAS atenderam 304 famílias em situação de risco social. Cinco. Digitalizar... Alguma coisa errada. Seis, né. Seis, digitalizar a FAS. A FAS está ainda muito analógica, e esse é um grande desafio que temos. Sete, consolidar o Programa Cuidado Subsidiado e Família Acolhedora, são programas maravilhosos, e Caxias é a exceção no Brasil. Em Florianópolis, a diretora Alda esteve, juntamente com o Zucco, e houve um elogio muito grande por parte de um seminário lá em Floripa a respeito desses programas. Oito, inclusão social. Isso é muito importante. Por quê? Quando vemos números, 85 mil caxienses, e toda essa expressão numérica eu lembro da balança, que quanto mais nós incluirmos, menos assistência; quanto menos incluirmos, maior assistência. E não tem como o município continuar com esse orçamento todo carregando 92% do que se aplica hoje na assistência, somente em recursos municipais. Avante. Nove, ações intersetoriais de curto, médio e longo prazo. FAS e Secretaria Municipal de Segurança Pública, através da Coordenadoria da Juventude, estamos com iniciativas. FAS, juntamente com a SMED; FAS com a Saúde; e FAS com a Cultura e Esporte e lazer. Eu acredito muito que isso tem que ser aprofundado, essas ações intersetoriais, para buscarmos o resultado. E o décimo é a reestruturação da FAS. Eu vou falar daqui a pouco e já peço que inicie a outra lâmina, que é uma sugestão de modelo de gestão que vem sendo conversado, que vem sendo trabalhado com os nossos servidores e com as pessoas que querem também entrar e colaborar. Então, vamos lá. Outra tela, a outra. Eu gosto muito de trabalhar o que eu chamo de tripés. Essa é uma sugestão que está avançando bem interessante. Estratégico, tático e operacional é o primeiro tripé que está focado na nossa gestão. Então, quem é o estratégico? Quem é o tático? Quem é o operacional? Seja no staff da FAS, seja na Casa Lar, seja no Cras, seja no Creas, é uma espécie de identificação. Segunda tela. Planejar, executar, avaliar, é uma orientação que está sendo entregue e dada a todos os nossos coordenadores, nossos gerentes e diretores: planeja, executa, avalia; planeja, executa, avalia. Outra tela. Estrutura, pessoas e método. Creio que isso é muito importante. Porquê? Se não tiver estrutura, as coisas não vão acontecer, mas se as pessoas não estiverem afinadas no propósito, também não vai acontecer. E o método? O método precisa ser adequado a cada unidade, a cada núcleo. Quarta tela: dados, informação, gestão. Isso é algo bem interessante, e algumas coisas já começam a acontecer, porque esta cidade, essa comunidade, o nosso povo, elegeu esta Casa, elegeu o prefeito Adiló e Néspolo, que por consequência nos convidou para assumir a FAS, e eles esperam resultados, eles esperam soluções. Então, métricas, para mim, são muito importantes, e nós temos que medir, sim, se as coisas estão acontecendo ou não estão acontecendo. Se estão, melhora; se não estão, tem que acontecer. Então, dados geram informação, e essa informação, o gestor toma a decisão. Último tripé. Aí é o caso mais da relação entre esta presidência e seus diretores, seus coordenadores, gestores, seus servidores. Disciplina; comunicação, e quando falo de comunicação, não é somente a verbal, mas principalmente a comunicação organizacional, essa é fundamental para diminuir ruídos; e respeito, respeito à crença, respeito à religião, respeito à cor, à raça, enfim, ao time de futebol, eu respeito e também exijo respeito. Então, esses cinco tripés, eles traçam a bússola, o parâmetro, as diretrizes para essa relação que se busca com todos os nossos stakeholders, com todos os nossos servidores, enfim. Agora a última. Quando falo em números, e que o município hoje arca com 92% do orçamento da FAS, os números já estão dizendo, como eu falei: dados, informação, gestão. O Estado não chega a 1%; e o governo federal, 3,45%; o restante vem do Rek Parking. Olha só, se está me dizendo isso, eu tenho que buscar uma alternativa. Então, criamos o departamento de projetos. Certo? Os próprios servidores... Alguns foram removidos para que o departamento de projetos seja ali, parte do estratégico. Então, tem uma equipe pronta ali para trabalhar na figura da Camila – a Camila está aí, né? –, que está coordenando esse departamento de projetos. E esse departamento deve conversar, deve transacionar, deve se conectar com toda a estrutura, com toda a proposta de gestão para a nossa Fundação de Assistência Social. Creio que algumas coisas vão acontecendo, outras não, mas para isso eu quero agradecer aqui, demais, a presença de todas as diretoras e diretores que atenderam ao meu pedido e que estão sendo trabalhados e orientados. E eu tenho sentido essa adesão, e acredito muito na força, no trabalho, na competência dessa equipe da FAS. Eu encontrei lá um exército de pessoas muito capacitadas, muito capacitadas. E eu não tenho dúvida de que nós iremos alcançar os objetivos, e daremos uma resposta a contento para as demandas que a nossa comunidade, que o nosso povo, que a nossa gente está solicitando. Portanto, quero fazer o encaminhamento final da minha fala agradecendo a atenção, a oportunidade, presidente Lucas, Mesa Diretora, a todos os vereadores. E mais uma vez, dizer: a gestão da FAS está aberta a conversar, a dialogar e buscar soluções para a nossa gente. Muito obrigado. (Palmas)
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