VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Bom dia a todos. Professor Zanchin, desde a última vez, a primeira vez que o senhor esteve aqui, eu gostei do senhor. Tivemos a oportunidade de conversar ainda hoje de manhã. O tema que eu trago no Grande Expediente, eu falei hoje para o vereador Felipe de manhã, sobre a questão da Maesa, mas eu mudei o tema para educação, mas eu vou... Agora que o senhor fez uma fala da sua história de vida – e eu não estou aqui para brigar com o senhor, eu estou aqui para... A gente está numa Casa de correlação de forças e de pontos de vistas diferentes, não é. A Tebet anunciou ontem, a ministra do Planejamento, que a Reforma Tributária será encaminhada e aprovada, ela pretende, isso é um acordo que foi feito com o governo federal, até o dia 15 de julho deste ano, a Reforma Tributária. Mas o que eu digo para o senhor, vereador, eu não vi na sua fala isso, eu espero que o senhor, no decorrer do seu período aqui de dois anos, o senhor fala que capital não tem Pátria, até concordo, mas quem ganha um salário mínimo, os aposentados ou quem não ganha quase nada, vive de um auxílio-emergencial, de um Bolsa Família, esse não consegue nem botar um dinheiro no banco para botar em outros países para fazer investimento. O senhor falou que conhece vários países, que bom, eu não tenho a oportunidade de conhecer tantos, mas eu conheço o Reolon, o Santa Fé, o Canyon, conheço nome, sobrenome, a pobreza, as pessoas que moram do lado do esgoto, que não tem sequer um banheiro na sua casa, sete, oito pessoas dormindo e dividindo o mesmo quarto, e essas pessoas, vereador, não tem como sonegar um centavo, não tem como mandar para Paraíso Fiscal. As fortunas dessas pessoas, no máximo, é dividir um prato de feijão e arroz, e os pais ou talvez os irmãos ficarem sem o alimento. Isso é a realidade do nosso país. Então, espero que essa reforma econômica que vem, venha justamente para taxar as grandes fortunas. Ou agora os donos da Americanas, que eles fingiram que não sabiam que estava endividada, os 40 bilhões que eles sonegaram e as cerca de 40 mil pessoas começaram a ser demitidas aqui no nosso Estado e no Brasil, que dependiam de um salário mínimo ou um pouquinho mais para sobreviver...
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Eles continuam ricos milionários, e o pobre cada vez fica mais pobre se contentando com as migalhas, com auxílios. E quem paga essa conta, vereador? É divisão com o pobre, porque as fortunas não são taxadas. Agora eu estava na praia, em Santa Catarina, e eu vejo as lanchas de um lado para o outro, de um lado para o outro. O pobre, se quer andar naqueles banana bote lá, tem que pagar R$ 40 para uma voltinha de cinco minutos. Agora, o rico não paga imposto para ter suas lanchas, para ter seus iates, para ter seus helicópteros, para ter seus aviões. O pobre tem que pagar cinco e pouco em uma passagem de ônibus para poder ir para o seu trabalho, porque não consegue comprar um carro, não consegue fazer a carteira de motorista. Então, vereador, o senhor falou ali três palavras que eu achei legal: cortar, alongar e diminuir. Mas o salário do trabalhor, do aposentado... O meu pai e a minha mãe trabalharam a vida inteira e são aposentados com um salário mínimo cada um. Eles não têm mais onde cortar. Daí o senhor falou em alongar. Alongar é alongar as parcelas do carnezinho, não é; e diminuir é diminuir os gastos. Mas no que? Compro um remédio e deixo de comprar outro?
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Uma Declaração de Líder da bancada do PT.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Tem uma pessoa que eu conheço que teve um AVC, e ela teve esse AVC porque ela deixou de comprar um remédio porque ela não tinha... E aí tem um problema, está ali no Hospital Pompéia agora. Então, vereador, eu acho que realmente só olhar os dados aqui que a gente trata todo ano sobre a questão dos devedores, o prefeito anunciou ontem que vai ter o Refis. Vejam os dados os grandes sonegadores, os que não pagam as contas. Vamos fazer esse pedido de informações, vereador: quem são os grandes devedores para a Prefeitura de Caxias do Sul? São bancos, grandes empresas que decretam falência e não pagam os seus funcionários, e essas pessoas, vereador, elas estão indo para a Europa agenciar... Inclusive um dos maiores devedores do Estado, está indo para a Europa, foi para a Europa agenciar jogador de futebol. As pessoas estão passando fome; aqui os ex-funcionários dessa empresa. Tá! Quantas pessoas, vereador, não têm... E eu não estou pegando no seu pé, só estou mostrando o meu ponto de vista. Dessas pessoas que sonegam imposto e não pagam os impostos, não pagaram os impostos para a Prefeitura de Caxias, quantas escolas nós poderíamos construir? Quantas cirurgias a gente poderia fazer dessas 11 mil pessoas que estão aguardando na lista de esperas? Quantas cestas básicas a gente poderia dar para essas pessoas? Quantos Minha Casa, Minha Vida a gente poderia construir? Quantos asfaltamentos no interior a gente poderia fazer? Vamos fazer esse... O senhor, que é professor de economia, vamos fazer, professor Zanchin, um pedido de informações coletivo para nós analisarmos esses números dos grandes devedores de impostos. E o prefeito pode mandar o carnezinho, aquele lá, intimando via judicial, as filas que tem na prefeitura para pagar, e os vereadores com certeza estão recebendo as pessoas, são aqueles que devem dois, três anos de carnê de IPTU, que não puderam pagar, que deixaram nessa pandemia de pagar o IPTU para poder pagar um remédio, para pagar um medicamento devido, muitas vezes, a pandemia, o desemprego. E a prefeitura notificou, porque tem que notificar, e essas pessoas estão vindo pagar. Os grandes devedores não estão pagando e não pagam. E aí essas pessoas parcelam, deixam de... Vereador Zanchin, os grandes empresários ou os sonegadores, que tem ali nessa lista, que a vida inteira não pagam, eles continuam passando as suas férias em Miami, continuam passando as suas férias na Europa. Os pobres nem para Arroio do Sal nem para Curumim conseguem ir, nem para o Arroio Caí fazer uma pescaria porque não tem como sonegar, porque a tabela do Imposto de Renda não é corrigida para as pessoas. Os pobres pagam impostos, os pobres que sustentam o nosso Brasil. Porque o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre. E nós temos que inverter essa pirâmide, vereador. Eu quero aprender com o senhor isso. Mesmo que a gente tenha um ponto de vista totalmente diferente na questão econômica, mas a gente tem que cobrar das pessoas que realmente devem para o nosso país. Eu vou... Quem pediu um aparte? O vereador Lucas. Eu vou passar o aparte, mas eu só quero falar da questão da Maesa, aproveitar e ir falando. E também na sequência eu vou pegar Declaração de Líder. Eu ia falar sobre a Maesa, mas vou encurtar o tema, porque depois... A Maesa, vereador Zanchin, é o futuro de Caxias, porque nós estamos vendo uma movimentação global, a questão de novas tecnologias, do meio ambiente, a redução de gás de carbônico. O vereador Fantinel está promovendo uma reunião agora este mês para tratar sobre isso. Como as nossas empresas irão se comportar no cenário global disso? Como é que vai funcionar a questão de emprego, a diminuição de empregos frente essa situação? Caxias do Sul está preparada para isso? Eu tenho muitos amigos meus, e senhor tem razão, vereador, empresários que estão indo para o Espírito Santo. Aliás, eu dou aqui nome e sobrenome, Jobem Donada, o dono da Dompel. Faz cinco anos que ele está esperando lá na abertura da... Ali no final do Bela Vista a abertura de uma rua. As pessoas já quiseram construir um pavilhão e gerar 130 empregos, só que falta a abertura da rua, a detonação. Todo ano está vindo R$ 30 mil de IPTU para ele, e ele não consegue construir e gerar emprego. Então, vereador, Caxias do Sul precisa se reinventar e a Maesa, eu tenho certeza que ela vai ser essa porta aberta para movimentar a economia de Caxias. Nós podemos pegar os turistas, botar eles ali dentro, ter um grande centro de eventos. As pessoas já comprarem as suas lembrancinhas ali, fazerem a sua alimentação, poderem comprar uma roupa, um perfume. Vereador Felipe, o senhor que tem mestrado em turismo, eu dou dois exemplos aqui do Brasil, vereador. Salvador, eu estive em um congresso, tem um Centro de Convenções em Salvador, o governo construiu. Era um shopping. Eles remodelaram tudo e construíram um Centro de Convenções em Salvador. Grandes eventos do Brasil inteiro acontecem lá naquele espaço, mas tem restaurante, tem área de lazer, movimenta os hotéis, os postos de combustíveis, os ubers. Movimenta toda uma economia em cima disso. Um dia eu fui a Cuiabá e tem um espaço similar à Maesa, minúsculo, mas que o Sesc tomou conta. É Sesc Arsenal, se eu não me engano. E que tem o artesanato local, toda economia local. Por que na Maesa a gente não pode desenvolver isso? Aí, vereador, que diz que teve uma reunião com o Maurício, nós fizemos vários convites da frente parlamentar para ele vir aqui, inclusive em audiência pública, nunca pôde estar presente. Mas ele também nunca chamou a frente parlamentar, da qual sou presidente há sete anos, ele nunca chamou a frente parlamentar para gente discutir isso. Ontem foi anunciado pelo prefeito que, até a metade do ano, e o nosso presidente falou, a importância de vir até o final do ano o projeto da Maesa, mas nós queremos dialogar, nada goela abaixo. Por isso, vereador Felipe, vejo que a frente parlamentar e o senhor já falou várias vezes isso aqui, nós temos que até metade do ano fazer um roteiro, e eu peço ajuda do senhor para que a gente possa conhecer outras... (Esgotado o tempo regimental.) Uma Declaração de líder, presidente.
PRESIDENTE ZÉ DAMBRÓS (PSB): Segue em Declaração de Líder, Rafael Bueno.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Conhecer outras realidades no nosso país ou quem sabe em países vizinhos que deram certo, estão dando certo, mudaram a economia local, para que a gente possa ter um contraponto com o que vai ser apresentado em um futuro breve em Caxias do Sul. Porque senão a gente... Sem debate, a gente vai ter que engolir goela abaixo.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Daí a gente só fica com um ponto de vista, a gente não fica com uma visão ampliada, porque quanto mais próximo tu deixas do olho, menos campo de visão tu tens. Então eu vou lançar para senhor essa tarefa, o senhor que é membro da frente parlamentar, para que a gente possa montar um roteiro e visitar dois, três espaços, vereador. Porque como a gente escuta pela imprensa... Aí o munícipio vai buscar um investimento no BNDES para investir tudo para o privado e o município fica lá? Como que é a participação da comunidade nisso? Seu aparte, vereador Lucas, e depois, na sequência, eu dou o aparte.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Rafael. Acho que são muitas coisas que o senhor traz. Eu queria começar falando desse tema amplo da economia. Assim como o senhor, eu não sou economista, eu sou professor, e queria fazer de público saudar o professor Zanchin. Nós já falamos, mas publicamente queria deixar essa deferência. Mas de fato, vereador, eu, me preocupa quando a gente traz o debate da economia desconsiderando que, lá na ponta, a gente que está e que conhece a cidade da forma mais profunda... E a cidade real, a Caxias real. Não a Caxias da Alfredo Chaves, do Exposição, do Cinquentenário e do Colina Sorriso. Que são bairros, eu não estou desmerecendo. Eu quero dizer a Caxias real do trabalhador que fica uma hora, duas no ônibus ou que nem pega o ônibus, que caminha. Vou te citar um exemplo, vereador Rafael Bueno: uma senhora que é higienizadora e que sai da chapa e trabalha no São Ciro. Na chapa, no Planalto, mas ela faz a pé isso todos os dias. Ela sai às seis para poupar, porque ela precisa por conta de que tem vários problemas. Então quando a gente falar de economia, acho que a gente precisa considerar essas questões, porque, de fato, senão fica um debate desumano. Porque é isso, desumano. Às pessoas falta o dinheiro para comprar o básico, o elementar. Seja o aposentado, o remédio que não tem no posto de saúde. Enquanto os que têm muito se regozijam no olhar turvo do Estado, que muitas vezes faz vistas grossas para cobrar e para aplicar a lei. Então acho que... Parabéns pela humanidade que o senhor traz a essa discussão da economia, que é muito necessária e que não desconsidera “gentes” – no plural aqui. Segunda questão: eu ia entrar no tema de educação, mas acho que o senhor traz a questão da Maesa, compõe a frente da Maesa. A gente fez um voto de pesar pela pelo passamento da profe Heloisa Eberle Bergamaschi, que era historiadora, que lá à década de 70 e 80 fez vários trabalhos sobre o avô dela, o Abramo. Como ela chamava, o “nono Abramo”, não é? Então a importância que esse espaço tem. E nós precisamos que a feira da Maesa em algum momento passe para dentro da Maesa, não é? Acho que é uma outra discussão que a gente tem e estamos juntos. Por fim, vereador, eu queria saudar o vereador Lucas Diel, ou Diel, para nós não confundirmos os Lucas. É a primeira vez na história desta cidade que nós temos dois Lucas na Câmara de Vereadores. E a primeira vez na história desta cidade que nós temos um suplente de vereador que assume a base de um governo no terceiro ano e eu acho que o partido não está no governo. Isso não me diz respeito, porque eu não sou do PDT. Tenho um grande carinho pelo PDT, tenho vários amigos trabalhistas e espero que possamos construir pontes e frentes para retomar o desenvolvimento, a participação, o diálogo para esta cidade. E o senhor como líder... Eu li hoje no Pioneiro a declaração da minha amiga Cecília. Fica estranho o governo que, no terceiro ano, tem como líder um... Alguém que chega, que começa, que estreia na Câmara, o que não é problema, mas de um partido que parece não estar na base. Esse não é um problema do Partido dos Trabalhadores, mas pela relação de amizade que nós temos, vereador, acho que é uma situação inusitada no mínimo, para não usar outro termo. Parabéns pela sua atuação e eu tenho certeza, vereador Rafael Bueno, que nós, petistas e os trabalhistas, estamos e estaremos juntos em muitas frentes, num futuro bem-vindouro.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador Lucas. Na sequência eu lhe respondo a sua provocação. Vou conceder os apartes.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Rafael, olha que interessante este ano de 2023, a quantidade expressiva de professores. E o senhor, hoje, lhe parabenizo, deu aula sobre o que é em Caxias do Sul a questão de vulnerabilidade social, classe média, classe baixa. Isso é um orgulho. Porque eu, como assistente social, gosto desses embates, dessas discussões, principalmente que agregam valores para a nossa sociedade. E aqui eu cito como referência devedores de impostos como, por exemplo: Neymar, 188 milhões; Eike Batista, 172,6 milhões. Olha, esses dinheiros aí poderiam ajudar muito bem Caxias do Sul, o nosso Estado do Rio Grande do Sul. E diversos artistas famosos que estavam há pouquinhos dias em redes nacionais, inclusive em propagandas políticas, que estão aí com déficits tremendos em nível nacional, que poderiam ajudar o nosso país, exclusivamente Caxias do Sul. Vamos também levar em consideração, por exemplo, já está em outro mundo o Gugu, por exemplo, grande artista. Suga o dinheiro do nosso país e investe em outros países. Exemplo: Silvio Santos, grande empresário, suga o povo brasileiro e mora fora do país, investe fora. Então, é como você disse, os grandes empresários decretam falência, não pagam impostos e vão residir em outros países. Parabéns pelo tema.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador Valim. Seu aparte, vereador.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Vereador Rafael Bueno, é um prazer compartilhar. Eu queria compartilhar esta Casa com vocês. E deixar claro a diferença de harmonia para sinergia. Harmonia é quando todo mundo se dá bem, todo mundo torce para o mesmo time, todo mundo é da mesma religião, todo mundo é do mesmo partido. Isso chama-se harmonia. Talvez no céu a gente venha a ter isso. Sinergia é discordar, é divergir, mas construir. Temos visões completamente diferentes, mas vamos construir juntos. A ideia, por exemplo, é não gastar 5 bilhões de fundo partidário. Falo dos empresários, mas também tem fundo partidário, dinheiro dos impostos dos empresários e dos trabalhadores, que o senhor fala. Impostos que os senhores todos aqui, de todo mundo que trabalha e produz é recolhido. Não existe dinheiro público, existe dinheiro do pagador de impostos: Margaret Thatcher. Não existe recurso público, senhores; esqueçam. Todo o dinheiro que se fala orçamento, educação, sabe de onde vem? Vem do lojista, vem do empresário. Desses que os senhores falam que sonegam e etc., quantos empregos geraram? Quantas casas foram compradas por esses trabalhadores que tiveram emprego? Então o que eu falo aqui é oportunidade, é justamente trabalharmos juntos para tirar essas pessoas da zona de pobreza e Caxias parar de atrair ambulantes e traficantes. A nossa atração hoje é para traficantes e ambulantes. Nós temos é que atrair empresários. Esses vão gerar emprego. Com emprego você tem dignidade. Eu conheço a realidade de Caxias também, não só do exterior. Eu vou para o exterior para estudar, para aprender e por profissão. Mas vou aprender também com vocês aqui. O nosso objetivo é parar... Quando eu digo alongar, cortar, diminuir, são os gastos públicos. Eu trouxe um exemplo de Detroit, que faliu por problema de gastos e gestão pública, gestão pública. Quinze bilhões. Então, o canhão da economia não somos nós aqui. A gente só gera gastos. A política e o político devem ser iguais ao árbitro de futebol: quanto menos ele aparecer, melhor a partida. O canhão da economia é o empresário quando ele se arrisca a pagar impostos, a gerar emprego, a pagar multas. Abra um negócio qualquer para você ver o risco que se tem. Então essa é a minha ideia. E a melhor economia está em reduzir ou eliminar o fundo partidário. A minha campanha foi feita com doação, eu fui atrás de cada recurso. Eu acho que é assim que deve funcionar. Muito obrigado.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador. Vereador Zanchin, eu também não tive nenhum centavo de recurso público, mas eu não marginalizo quem teve. Até porque, vereador, quem recebe de empresas ou empresários, agora com CPF, ou grandes empresas, e que os vereadores, principalmente negros, público LGBT e índio, que não têm acesso aos empresários, quando assumem seus mandatos, eles não servem para o interesse da maioria, eles servem para interesse dos poucos ou do bolso daquela minoria. Então eu prefiro e valorizo aqueles que recebem recursos lícitos ou daqueles que recebem dinheiro para servir a apenas alguns. Só para concluir, vereador. Eu não acho que o meu mandato seja despesa, ou o de alguns vereadores. Se olhar o meu mandato e botar na ponta do caderno vai faltar página do caderno para ver o que eu consegui de conquistas para Caxias do Sul, e que beneficiam milhares e milhares de pessoas, principalmente na área da saúde. Então, o meu mandato não é gasto, é investimento. Obrigado. A resposta eu te dou depois, vereador Lucas, no Pequeno Expediente. Me aguarde.