VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Presidente, bom dia a todos e todas, colegas vereadores. Hoje eu queria fazer um voto especial a uma pessoa que está se despedindo aqui da Casa, o Adauri Antônio Neto, este moço de boné branco. (Palmas) Por todo o teu trabalho, Adauri, queremos te parabenizar, a Câmara, pelo teu trabalho desenvolvido ao longo dos seis anos e meio.
 
VOTO DE CONGRATULACOES nº 210/2025
 
Homenageado(a)
ADAURI ANTÔNIO DE SOUZA
 
[...]
Adauri se tornou amigo de todos nesta Casa, por exercer uma função fundamental, que algumas vezes passa de forma despercebida. Profissional qualificado em diversas áreas, executa uma espécie de "faz-tudo", desenvolvendo diversos ofícios, tarefas e atividades. Alguém capaz de reparar objetos e agir em todas as situações, desde uma simples troca de lâmpada até serviços mais complexos que afetam o dia a dia de todos que trabalham no Legislativo.
Em seu nome, Adauri, e dos colegas que sempre colaboraram com teu excelente trabalho, reforço o agradecimento desta Casa e que continue exercendo sua atividade com a dedicação de sempre. Muito obrigado e que tenha um pouco mais de tempo para estar com a tua família e, principalmente, tuas duas netas. [...]
 
Caxias do Sul, 22 de abril de 2025; 150º da Colonização e 135º da Emancipação Política.
 
Documento assinado eletronicamente em 22/04/2025 às 15:59
RAFAEL MALCORRA BUENO - Vereador - PDT
 
(Ipsis litteris – Legix)
 
Queremos te desejar sucesso na tua vida, Adauri. Eu fiz questão de fazer esse agradecimento, presidente, porque o Adauri muitas vezes passava despercebido, mas se a Câmara está toda em ordem, às vezes sem uma goteira no plenário, com uma lâmpada acesa aqui nos gabinetes, tem as mãos dele. Então, Adauri, tu cuidou da Casa do Povo como se fosse a tua casa. Então, nada mais justo que, no teu último dia, hoje, te desejar esta homenagem e um agradecimento aqui, em nome do Legislativo, por tudo que tu fizeste. As tuas mãos de trabalhador retratam aquilo que tu sempre se dedicou pela nossa Câmara, a Casa do Povo. Nosso muito obrigado.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Senhor presidente e nobres colegas aqui presentes. Hoje nós temos uma presença ilustre aqui na Casa, então, tem a minha santa mãezinha, aquela que eu cito sempre, aqui, na nossa Câmara de Vereadores. E eu queria agradecer porque se eu sou quem eu sou hoje, é graças à minha mãe. E com isso, eu estendo a todas as mães que geraram seus filhos, que cuidam com muito carinho e o filho é o reflexo daquele carinho que a mãe colocou nele. Então, mãe, muito obrigado, muito obrigado por estar aqui. Eu tentei não me emocionar, mas o problema é que eu olho pra ela e eu fico emocionado, eu tentando olhar para outro local. E também homenagear aqui o seu Adauri. O Seu Adauri morava lá perto de casa. Um homem comum que ajudava e ajuda muito esta Casa. Então, às vezes, nós não observamos os trabalhadores que fazem aquele trabalho que é o meio, não é o final, o nosso final, aqui, são os legisladores. Mas nós temos, aqui, o pessoal que serve o café, o pessoal que limpa nossos gabinetes. Então, eu costumo dizer: o todo sem a parte não é todo, mas o todo só é todo porque tem cada parte. Então, muito obrigado a todas as partes que fazem a nossa Casa ser a Casa do Povo. Muito obrigado, presidente. (Palmas)
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Bom dia, presidente. Meus cumprimentos ao senhor, meus cumprimentos ao vereador Alexandre Bortoluz, meus cumprimentos àqueles que nos acompanham de casa e a todos os vereadores e vereadoras desta Casa Legislativa, em especial a quem nos acompanha pelas redes sociais. Hoje é um dia muito importante, dia 23 de abril, Dia Mundial do Livro. E o livro muda a vida das pessoas, presidente. Então, eu gostaria de começar lembrando duas profissões que são muito importantes para a disseminação da cultura na nossa cidade. Primeiro lembrar os bibliotecários que tanto fazem para que os livros cheguem até as pessoas, em especial às crianças. E lembrar também os professores de letras e literatura portuguesa nas nossas escolas municipais, estaduais e particulares. E lembrar duas pessoas que eu vejo todo dia levar livro para a criança e tentar mudar a nossa sociedade. O meu amigo Rafael Iotti e também a grande bibliotecária Milena Signorelli, que tem trabalhado arduamente para levar a cultura para as crianças da nossa cidade, em especial as crianças do Murialdo. Então, presidente, parabenizar a todos. E lembrar um dos livros que mudou a minha infância, mudou a minha forma de pensar, em especial no início da adolescência, que foi o “Sol é para Todos”, de Harper Lee. E aqui tem uma frase que eu levo todos os dias, dita pelo Atticus, que é: “Só existe um tipo de gente: gente.” Então, muito obrigado, presidente. E uma ótima sessão a todos.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR TENENTE CRISTIANO BECKER DA SILVA (PRD): Bom dia, senhor presidente. Nobres colegas vereadores, a quem está aqui no nosso plenário. Um momento de emoção, vendo o Capitão Ramon saudando a sua mãe. Parabéns por ter trazido a mãezinha aqui, Capitão. E seja muito bem-vinda a senhora, sempre, aqui na nossa sessão. E quero, também, hoje, fazer um voto de congratulações ao Clodoreu Rizzotto, que está aniversariando, que este ano de aprendizado lhe traga cada dia mais saúde. Clodoreu, que trabalha... Foi subprefeito da região do Desvio Rizzo, e hoje está junto à Secretaria de Obras. Parabéns, Clodoreu. E também hoje celebramos, com respeito a todas as religiões, São Jorge. O guerreiro da fé, exemplo de coragem, lealdade a Deus, termo que é tão difícil nos dias de hoje, e que sua espada abra os caminhos da justiça, da proteção e da paz na vida de todas as pessoas. Então, salve Jorge! Era isso, senhor presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PL): Senhor presidente, queridos colegas. Eu quero me somar à fala do vereador Rafael Bueno. E quero também dizer que eu tive o grande prazer, a grande alegria de conhecer o Adauri aqui, uma pessoa que hoje faz o trabalho que eu fiz no passado e que a gente se sentiu como irmãos o tempo todo aqui. Uma pessoa maravilhosa, uma pessoa humilde, uma pessoa sempre disposta, que a gente chamava ele, era na hora, vinha lá... A gente vê quando que uma pessoa faz o trabalho porque gosta, e a gente vê quando uma pessoa faz o trabalho pelo dinheiro. São dois trabalhos totalmente distintos, e ele sempre fez esse trabalho porque gosta. Então, Adauri, sinta-se abraçado por esta Casa. Fico muito sentido em saber que está saindo daqui, mas que se é para um caminho melhor, se é para uma conquista melhor, se é para uma melhoria na tua vida, então que Deus te abençoe. Muito obrigado por ter estado conosco com tanto afinco e devido empenho. Era isso, senhor presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Presidente. Colegas vereadores. Eu quero fazer aqui hoje, um voto de congratulações a Unimed Serra Gaúcha. Preciso fazer. Ontem, participei do pré-lançamento, eles chamaram de websérie, “A Serra é Nosso Lugar”, mas na verdade é uma campanha que a Unimed Serra Gaúcha lança e deve entrar nos veículos de comunicação a partir do próximo sábado. E eu queria parabenizar o doutor André Leite, em nome dele e toda a diretoria, conselho, enfim, da Unimed Serra Gaúcha, a agência Batuca e, obviamente, meu ex-colega de RBS, ele permanece por lá, o Luciano Potter, que faz e que encabeça essa campanha. Parabéns a Unimed Serra Gaúcha. Não é uma campanha publicitária, é uma campanha que mostra a nossa região. De uma forma incrível, foram produzidos vários vídeos mostrando as 17 cidades da região que são de abrangência da Unimed Serra Gaúcha. Não vende o plano, não fala sobre a cooperativa, mas fala, sim, sobre a nossa região, mostrando que a serra é nosso lugar. Parabéns. O material é simplesmente sensacional, fiquei encantada e merece o nosso voto de congratulações.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Bom dia a todos. Aqui, eu venho elogiar o trabalho feito pelos bombeiros na data de ontem. O vereador Bortola esteve lá, viu. O vereador Cristiano sabe que essa profissão é vocação, tem que gostar, tem que ter ímpeto e muita coragem. Aqui meu agradecimento especial ao soldado Diego, ao Filippini, em especial ao meu amigo e irmão Santelli, o sargento Aguirres, o Loureiro, a soldado Bruna, o soldado Manuel, que na empresa Tabone fizeram um excelente serviço ontem. Se empenharam, foram... Isso aí, muito trabalho. Então, fizeram um excelente trabalho. E eu queria dizer que verdadeiros heróis não são aqueles que salvam vidas, mas aqueles que conseguem salvar vidas arriscando a sua. Então, aqui fica meu agradecimento, a gente vai fazer um voto de congratulações para o pessoal. E sempre dizer que a cidade de Caxias do Sul tem bombeiros com muita coragem e ímpeto. E a gente vem vivendo isso ultimamente, nos últimos meses, um pessoal treinado que está buscando treinamentos e sempre se aperfeiçoar. Isso aí não tem preço. Então, fica aqui nosso agradecimento. Muito obrigado.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada, senhor presidente. Nobres colegas, vereadores e vereadoras. Eu gostaria de fazer dois votos de congratulação hoje. O primeiro deles, sobre um cine debate que eu estive participando ontem, no Ordovás, do curta-metragem chamado Gafanhoto, produzido pela artista da nossa cidade, Elís Bittencourt, que trata justamente sobre carga materna e conta a história de uma mãe solo e com a sua rede de apoio, enfim... É um tema extremamente atual que foi produzido por artistas da nossa cidade, e tive amigas pessoais participando da produção, inclusive da construção em si do curta. Uma delas foi a Sabrina Moreira, que é uma pessoa que nos acompanha aí na militância, no movimento de mulheres. Então, deixar o meu voto de congratulação a esse importante trabalho que foi lançado no dia de ontem, no Ordovás. Também gostaria de fazer um voto de congratulação à diretoria do SINDILIMP. Ontem, eu e o vereador Claudio Libardi estivemos presentes na reunião do sindicato, também tinha a representação da vereadora Rose Frigeri, onde lançaram uma campanha pela Codeca, por uma empresa pública sustentável, e trouxeram outros elementos importantes que estarão apresentando aqui para a nossa Casa no dia 30 de abril. Então, saudar a diretoria do sindicato por essa importante iniciativa. Seria isso, senhor presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Senhor presidente. Senhoras e senhores vereadores. Me somando, também, as homenagens ao patrono de Caxias do Sul, do ponto de vista da Umbanda, o Orixá Ogum. Cumprimentando todos os umbandistas de Caxias do Sul, das mais de 500 terreiras existentes na cidade, e eu faço na pessoa do presidente da Associação de Umbanda Caxias, o doutor Saul Medeiros. E ao mesmo tempo já convidar a todos que ainda não conhecem a Praça Lauro de Ogum, na Perimetral, hoje à noite nós teremos lá uma solenidade em homenagem ao patrono da cidade e também patrono do estado do Rio Grande do Sul, do ponto de vista das religiões afro-brasileiras. Então, fazer esse registro a todos aqueles que são devotos tanto de São Jorge, do ponto de vista católico, e de Ogum, do ponto de vista da Umbanda. Então, fica aqui esse registro. E aproveitando já para cumprimentar a Bandeira do Divino que nos acolhe, então, esta manhã aqui também. Cumprimentos a todos que estão chegando aí. Abraço a todos.
Parla Vox Taquigrafia

Não houve manifestação

VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Senhor presidente, senhores vereadores, senhoras vereadoras, pessoal que nos assiste através da TV, pessoal que está aqui no plenário. Hoje eu quero continuar um assunto que a gente começou ontem, que é a questão da inclusão ou a falta dela. E eu trago aqui comigo um compromisso que eu tenho firmado com todas as famílias que precisam que realmente a inclusão aconteça na nossa cidade. A gente vai passar um vídeo em seguida. O pessoal está verificando ali, acho que aconteceu algum problema, mas a gente testou antes, mas a gente testou antes. Eu falo aqui, então, sobre a questão do fechamento do Cinede. O fechamento do Cinede e também do serviço do Cemape. Porque, depois que eles fecharam no final do ano, ali por meados de 15 de dezembro, o serviço não voltou. Não voltou, mas o aluguel dos locais está sendo pago pela Secretaria da Educação; porém, não atendeu nenhuma criança. Nenhuma! E falando para quem não sabe o que é o Cemape e o Cinede, eles são regulamentados por decreto municipal. O Cemape, então, foi regulamentado através do Decreto 23.286 de 2024, que ele funciona, é um centro de aprendizagem para quem tem transtorno de aprendizagem, estudantes estrangeiros e altas habilidades. Já o Cinede é também de 2024, Decreto 23.299, e é para estudantes com transtorno do espectro autista das escolas de ensino fundamental do município. Então eu vou fazer uma cronologia. Ano passado, os dois serviços foram colocados em prática, planejados, organizados e feito o decreto. Em setembro, a gente teve a inauguração do Cinede. Ele foi inclusive... Não estou dizendo que o serviço foi montado para a campanha eleitoral, ele já estava decretado lá, antes; porém, ele foi utilizado durante a campanha eleitoral na nossa cidade como um serviço importante e que estaria em funcionamento. Porém, não foi assim que tudo aconteceu. O serviço simplesmente fechou. O Cinede fechou, carregaram a mudança. Uma mudança toda feita para aquele ambiente: armários coloridos, televisão, livros sensoriais, brinquedos sensoriais. Tudo que era importante para que aquele serviço acontecesse foi para dentro de um caminhão em meados, finalzinho de janeiro, e foi para o almoxarifado da Smed. A secretária, depois que a gente solicitou para ela por que aquele serviço estava deixando de funcionar, ela veio a esta Casa, aqui, a esta tribuna, e nos disse que o serviço não estaria fechando, ele estava sendo transferido para o Cemape e, em seguida, ele já iria iniciar os atendimentos. Porém, pasmem! Não aconteceu. A gente esteve ontem, eu e o vereador Hiago, no Cemape e, infelizmente, desde que fechou o serviço, dia 15 de dezembro, para as férias, nenhuma criança foi atendida. Nenhuma mãe, nenhum pai foi contatado. Ninguém! Absolutamente ninguém! E sabe de quanto estamos falando só em aluguel, gente? Setenta e dois mil reais jogados no lixo! Porque o Cinede são R$12 mil mensais, e o Cemape são R$6.150 mensais. Então, isso contando somente até agora, somente até agora, são R$72 mil para nenhum atendimento acontecer. Isso é grave, está acontecendo na nossa cidade, e a gente tem que se preocupar, enquanto vereadores, porque é dinheiro público que deveria estar sendo utilizado para quem tem o Transtorno do Espectro Autista, para quem tem o transtorno de aprendizagem, para as altas habilidades. Para tudo isso.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Um aparte, vereadora.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Porém, ele não está acontecendo. Seu aparte, vereadora Rose.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Muito importante esse tema. Inclusive, tem três serviços fechados. Ali onde era o Cinede, era para ser feita a EJA diurna do Castelo. E mais, o Cinede e o Cemape não poderiam trabalhar juntos, são coisas diferentes. Um TDAH não é a mesma coisa que um autista espectro 3 ou 2, por exemplo. Não tem essa disponibilidade. Então, lamentavelmente, é um tema importante para fazer, mas...
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Vou pedir um aparte.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Na minha opinião, eu não quero... Eu conversei com a secretária não faz muito tempo.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Um aparte, vereadora.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Ela garantiu que está sendo encaminhado, mas nós já estamos quase entrando em maio. E como é que ficam essas crianças? Então, eu não quero acreditar que isso foi uma atitude eleitoreira, não quero. Porque eu estive na inauguração, um espaço muito importante, parabenizamos o governo naquele momento. Mas, se era para demorar ou durar três meses, realmente, lamentável essa perda. Obrigada, vereadora.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Obrigada, vereadora Rose. E é isso que eu quero trazer, a questão de serem dois serviços completamente diferentes em espaços que... O Cinede era maravilhoso. Então, como até disse uma servidora, que se fosse para modificar algum local que se modificasse o Cemape para dentro do Cinede, em questão de espaço físico. Falando que no Cemape só tem como as atividades acontecerem em grupo, o que não é o objetivo para quem trabalha com crianças do Transtorno do Espectro Autista, que precisa do atendimento individualizado. São dois serviços completamente diferentes, e a gente precisa de um olhar da Secretaria da Educação para isso. Seu aparte, vereador Libardi.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Obrigado. Queria parabenizar a senhora pelo tema, mas, em especial, em relação à discriminação dos aluguéis. É um tema que tenho estudado, significativamente, no último período. O que me preocupa é o número de contratos que a Prefeitura tem firmado. São 54 contratos de aluguel ativo. E nós, creio que a senhora também estava na visita da Maesa, nós vimos o compromisso do vice-prefeito em transferir a Secretaria da Educação, que é um dos maiores preços que o município paga de aluguel, para a Maesa, em especial o prédio do lado leste, para que houvesse uma garantia de redução dos aluguéis. Só que hoje nós temos 54 registros de aluguéis ativos no nosso município. Estou fazendo um estudo sobre isso. Vou convidar a senhora para participar, porque nós temos que verificar o que realmente é utilizado e o que não é utilizado. Obrigado e parabéns pelo tema.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Exatamente, vereador Libardi. É o cuidado com o dinheiro público. Eu vou passar um videozinho, aqui, para vocês, que foi passado durante a campanha eleitoral. (Apresentação de vídeo) Gente, como foi falado nesse vídeo, não se brinca com a população, né? Como diz na musiquinha, no jingle, não se brinca. Porque se fosse qualquer outro prefeito que tivesse entrado novo na administração, nós estaríamos cobrando da mesma maneira. Mas continua o mesmo prefeito. Ele disse que o serviço era bom, as pessoas disseram que o serviço era bom. Então, isso não pode acontecer na nossa cidade. Uma Declaração de Líder, vereador Hiago.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Declaração de Líder do PL.
PRESIDENTE WAGNER PETRINI (PSB): Segue da tribuna, em Declaração de Líder, vereadora Daiane Mello.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Então, como eu disse, os dois serviços estão fechados. Automaticamente o terceiro, pela questão do EJA. E não só falando das pessoas do Castelo, mas também que a proposta do Cinede, vereadora Rose, era para que acontecesse inclusive um EJA especial para os pais das crianças com transtorno do espectro autista. Porque, automaticamente, enquanto eles conseguem o atendimento, se fazia a conclusão dos estudos das mães, principalmente, que acompanham seus filhos e não têm como fazer em outro momento. Então, aqui está a notícia do ano de 2024, que o novo centro atenderia 500 estudantes autistas ao mês em Caxias do Sul. Centro voltado a estudantes autista projeta realizar 500 atendimentos mensais em Caxias do Sul. Já tinha iniciado com 60 crianças. E, aqui, eu quero frisar que nenhuma família foi contatada desde as férias. Desde o período do fechamento, nenhuma família que foi atendida pelo Cemape ou pelo Cinede foi contatada pela Secretaria da Educação. Aqui está a locação dos prédios, como vocês viram. Aqui constam três meses que foram pagos, R$ 12 mil, totalizando R$ 36 mil. Porém, a gente já estamos em abril, então já teriam mais R$ 12 mil do mês de abril. Pode passar. Aqui, então, é a questão do Cemape também, como ia funcionar. Tudo no papel, lindo e maravilhoso. Mas que começou, aconteceu por um período. Aqui está o aluguel do Cemape. Aqui constam quatro meses, no caso, locação R$ 6.160, totalizando R$ 24.640. Aqui a gente visitou um espaço do Cemape muito bonito; porém, salas totalmente vazias, sem nenhum atendimento. Eu quero deixar frisado isso. Totalizando R$72.640 mil até hoje. Falando nisso, até hoje, é esse o valor que temos de aluguel.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Um aparte, vereadora.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Aparte, vereador Hiago.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Só parabenizar a vereadora Daiane Mello por trazer e dominar tanto esse assunto, e por fazer uma oposição forte, que eu sempre comento que torna o governo forte. Aí a gente está vendo que é mais para inglês ver, como se fala. Porque, na época da campanha, estava maravilhoso aquele programa ali. O vulgo “migué”, né? E aqui a gente vê... Não, a gente não vê o mesmo empenho. Quando é para botar pardal, eles se mexem, é tudo eficiente da noite para o dia. Apareceu um pardal em cada área da cidade da noite para o dia. Dois milhões gastos em pardal. Mas para colocar isso aqui a funcionar... Se a gente não fala, vereadora Daiane Mello, sabe até quando eles iam pagar esse aluguel sem funcionar? Os quatro anos de governo, no que depender deles. E aí a gente vai lá, ontem, e vê o negócio fechado, uma servidora lá sozinha, lá dentro, e aquilo lá tudo bonitinho, tudo arrumado, mas fechado. E eles nem aí para as famílias, porque eles fazem pouco caso, porque as famílias não têm a tribuna, não têm a voz que a gente tem. Então, no que depender da gente, a gente vai estar de olho nisso aí. Um passarinho me contou que a Prefeitura está vendo um prédio, também, para adquirir por alguns milhões, para colocar um pessoalzinho ali, uma espécie de albergue e tal. Que a gente já tem na cidade bastantes locais para isso. Mas a gente tem que avaliar melhor esses contratos, a questão dos aluguéis, de compra e venda. Então, a gente vai fazer uma oposição forte. Não adianta eles acharem ruim. E aqui também tem uma frase que é: time que está ganhando não se mexe. Isso é o contrário, é o oposto do governo Adiló. Porque esse time estava ganhando, estava dando certo; aí eles vão lá e mexem. Se o secretário é ruim, o serviço é péssimo, eles continuam com o secretário ruim e com o serviço péssimo. Quando o secretário é bom, quando a secretaria está dando certo, eles desmancham. Então, é um governo incompetente e incoerente. Aqui a gente vai fazer uma oposição forte cada vez mais, expor eles cada vez mais. A comunicação é péssima das secretarias. A gente faz pedido de informações e vem pela metade. Eles não dão informação. Ontem eu liguei para a Secretaria de Transportes, pedi informação, disseram que não iam dar, que não tinham a escala dos fiscais de trânsito que estão na rua. Então, se o fiscal de trânsito é atropelado, morre, ele é enterrado como indigente, porque o secretário, o pessoal da secretaria não sabe quem ele é. Então, isso a gente vê, essa incompetência em todas as secretarias, principalmente nisso aqui. Isso aí é prioridade. Na campanha é utilizado como prioridade; aí, quando vem para a prática, a gente vê isso aí, um prédio fechado e o nosso dinheiro sendo colocado fora. Muito obrigado.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Obrigada, vereador Hiago. Seu aparte, vereadora Andressa.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Vereadora, lhe parabenizar pelo tema trazido. Tem questões, assim, que, para mim, são inaceitáveis. Essa questão de falar na campanha que ia fazer, que ia ser isso e, depois que passa a campanha, parece que o serviço perdeu a importância. Como é que ficam as famílias? E outra questão grave, que é isso do dinheiro público. Como que a gente mantém um local alugado e não tem nada acontecendo ali? Isso é inaceitável. Então, nós não podemos aceitar. Acho que é importante nós dizermos aqui, para a base do governo, para o próprio governo, que precisam dar explicações. Desde o início do ano, nós estamos questionando sobre isso. Eu também fui contatada pelo pessoal. Nós perguntamos, eles vieram aqui dar explicações. Vocês lembram que veio o pessoal da Secretaria da Educação dar explicação. Disseram que iam resolver, que iam fazer, que o serviço ia acontecer. Isso não está acontecendo ainda. Então, o que está acontecendo? A gente precisa saber para falar para as pessoas e para as famílias que dependiam disso, enfim. Então, é algo grave. Daqui a pouco, se torna moda alugar prédio, alugar sala e não acontecer nada lá dentro. Daí a gente tem que verificar o que está acontecendo. Enfim, é grave, vereadora. E contem com a gente, da bancada do PCdoB, para a gente poder ir atrás dessas informações também.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Obrigada, vereadora. Obrigada aos vereadores que fizeram os apartes. Aqui, eu quero reforçar a importância desses serviços. Não é que a gente... “Ah, porque os prédios...” Eles são importantes. As pessoas que utilizavam esses serviços estão nos procurando, elas querem saber aonde vão, por quem procuram. Porque o Cinede não aparece mais nem um telefone para contato. Em março, eu vim aqui e falei sobre o fechamento desses serviços. Na outra semana, veio uma notícia para a imprensa que a Prefeitura estava retomando os atendimentos. Porém, isso não aconteceu. Porque nenhuma família foi contatada para isso. Nenhuma família foi contatada que o serviço estava voltando, que seriam atendidas. Então, tem uma notícia de março, que os atendimentos estariam voltando; porém, não aconteceu. E, aqui, eu faço um pedido para a Secretaria da Educação: Que tal a senhora secretária, a secretária adjunta, a pessoa que tem a gerência sobre a inclusão conversar com os profissionais para verificarem a importância desses centros? Que tal vocês, como detentoras dos cargos públicos que têm, fazer o trabalho para a população? Que tal esse dinheiro que está sendo gasto ser, realmente, reinvestido? Porque é a questão da educação. É inadmissível que uma cidade como Caxias do Sul, que hoje é notícia porque é o segundo município com mais identificados do transtorno do espectro autista, em pleno mês de abril, mês de conscientização sobre o autismo, a gente ter dois serviços que não funcionam na nossa cidade. E que, como eu disse, pasmem, porque isso é o que a gente consegue mais falar desta tribuna, pasmem com o governo que está aí: não funciona. Porém, na campanha eleitoral ele era bom. Gente, se ele era bom, se funcionava, se tinham famílias atendidas, se as famílias se prontificaram a fazer vídeo na campanha eleitoral e estão ali, é dizer que funcionava. Por que modificar? Por que mudar isso? “Ah, porque tem que reestruturar.” Gente, em time que está ganhando não se mexe! A gente tinha serviços. E o serviço não estava regulamentado? Estava, sim. Tem decreto. Tem decreto do Cemape e do Cinede. Então, são serviços que estavam funcionando, com seus prédios alugados, com funcionamento. Inclusive, diz que tinha até já o proprietário verificado a questão do PPCI do Cinede, porque era uma coisa que precisava para aquele ambiente, adequado para aquele ambiente o PPCI, não para outra coisa funcionar lá dentro. A placa continua lá, e está fechado. Fechado o atendimento do Cinede. O Cemape, quem apertar lá na campainha, uma servidora atende, ela nos mostrou a sala, mas nenhum atendimento acontecendo. Salas vazias, as televisões que vieram do Cinede estão no plástico bolha lá, os armários cheios de material didático sem estar em funcionamento. Então, a minha indignação, aqui, pelos serviços que não estão acontecendo na nossa cidade. Falando na reportagem de hoje que Caxias é o segundo município com mais pessoas identificadas com transtorno do espectro autista, e os serviços que tem para isso, apesar de estarem decretados, de estarem no papel, de terem funcionado em outros momentos de maneira muito boa, não estão acontecendo, e a nossa cidade segue firme. Mas nós seguiremos firmes nesta tribuna, cobrando o poder público de uma maneira responsável. E se tivermos que novamente ir ao Ministério Público para verificar essas questões, com toda a certeza eu estarei lá. Muito obrigada.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ - BORTOLA (PP): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores. Bom dia a todos que nos assistem pela TV Câmara, canal 16, e pelas redes sociais. Aqui eu trago uma preocupação grande. Vou subir a esta tribuna quantas vezes for necessário, me tornarei repetitivo nesta tribuna. Já fica o primeiro questionamento: Qual a dificuldade de o secretário de Segurança Pública encaminhar para esta Casa Legislativa o Fundo Municipal de Segurança Pública? Qual a dificuldade? E aqui vou fazer um breve histórico da última legislatura. Dia 24/06/2021, meu gabinete fez uma Indicação nº 1.321/2021, referente ao Fundo Municipal de Segurança Pública. Em 2022, 12/04/2022, após viagem a Brasília, que visitamos inclusive o Ministério de Segurança Pública, nós fizemos uma nova Indicação nº 892/2022, solicitando o Fundo Municipal de Segurança Pública, inclusive com anexo do anteprojeto. Dia 03/05, do seguinte mês, no caso de 2022, propus um projeto de lei autorizando a criação do fundo pelo Executivo, PL 67/2022. Para variar, inconstitucional, porque esta Casa Legislativa não pode propor um fundo. Mas o que é mais complicado e triste é que nós não podemos propor, mas se o Executivo propor não vai onerar o Executivo, gente. Eu já estou cansado de falar isso desta tribuna. Não tem mais condições de esperar um negócio que... Isso aqui é um papel, é simples, é só mandar para votação nesta Casa. Com certeza, aqui eu digo com certeza, independente de partido, de esquerda, direita, centro, todos vão votar a favor, porque é verba do governo federal e do governo estadual entrando nos cofres do município para o fundo de segurança, para ser investido na Guarda Municipal, para ser investido na segurança pública municipal. Sério, gente, eu estou cansado. Não é difícil. Eu já pedi para Deus e todo mundo, e não há Cristo, sentaram em cima do processo, sentaram em cima do processo. E reza a lenda de alguns servidores públicos que me comentam, está escrito, tem uma gaveta lá embaixo que está escrito limbo, e botaram o fundo municipal lá. Não, parece piada, parece piada mesmo. É tão simples resolver o problema. Qual o ponto? Me expliquem, alguém do Executivo, pelo amor de Deus! E olha que a gente está na base. Mas eu quero saber. Alguém me explica, pelo amor de Deus, até o fim de hoje, qual a dificuldade? Qual o ponto negativo do Fundo Municipal de Segurança Pública? Eu estou tentando compreender uma explicação plausível para isso.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Aparte, vereador.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ - BORTOLA (PP): Eu estou tentando entender qual a dificuldade, eu vou falar dez vezes, qual a dificuldade? Qual a dificuldade de se colocar o projeto de lei aqui nesta Casa? Mas não contente, dia 18/06/2024, mesmo sabendo que o IGAM e a DPM vão dar parecer de inconstitucionalidade, a gente apresentou um novo Projeto de Lei nº 115/2024, dessa vez criando o fundo que atualmente tramita nas comissões internas desta Casa. Vai vir um parecer inconstitucional. Vou oficiar a Mesa Diretora para pautar no plenário, para nós derrubarmos a inconstitucionalidade. Porque é inadmissível um projeto desses, que vai beneficiar a população caxiense, é segurança pública de Caxias do Sul, não ser encaminhado pelo Executivo. Quatro! Estamos indo para o quinto ano, quinto ano. E não são dez, vinte, trinta, um calhamaço de folhas. É uma folha só. É uma folha só autorizando. Criando o fundo, desculpa. O senhor pediu aparte, vereador?
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Um aparte, vereador, se possível.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Só para lhe dar resposta, vereador Bortola. Tem mais tempo de política partidária aqui dentro do que eu, mas eu vou te dar essa resposta. É porque eles não tiveram a ideia. Os louros, entendeu? É assim que funciona essa gestão. A gente vai lá, eles têm o pensamento antigo, o pensamento idoso. E quando eu falo idoso não é de idade, porque eu canso de falar, o prefeito Topázio, em Florianópolis, Santa Catarina, ele tem uma certa idade, mas ele tem um pensamento para frente, ele pensa para frente. Nós não. Eles dizem: “Vocês não entendem de política, vocês não sabem nada.” Nada! A gente não sabe nada! Mesmo depois da minha votação, eles não aceitam minhas ideias, eles não engolem, eles não entendem os resultados. Então, infelizmente, enquanto partir de você isso aí, vereador Bortola, eles não vão colocar para frente, porque esse governo é assim. Tudo que a gente sugere, eles não colocam para frente. Eles acham que a gente não representa ou não têm representatividade. Eu não sei o que eles pensam. Por isso que, daqui a pouco, até um cone vai arrancar eles de lá em 2028, porque está feia a coisa. Se continuar assim, vai cada vez piorar mais. Ou eles aceitam nossas ideias e a representação que a gente tem aqui nesta Casa, ou vai ser daí para pior. Seria isso, Bortola.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ - BORTOLA (PP): Obrigado, vereador. Vereador Capitão Ramon.
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Vereador Bortola, parabéns por trazer isso. Eu acho que eu tenho a resposta. É porque, na legislatura passada, era outro secretário de Segurança. Ah, não, desculpe; é o mesmo. Então, nós temos um problema. Nós temos um problema. Eu acredito que... Por que não colocam isso em pauta? Porque aí eu vou ter que trabalhar, eu vou ter que me mexer, eu vou ter que ler, eu vou ter que pensar. Eu não sei qual o ano em que o secretário se formou, e com todo o respeito à experiência que ele tem, mas eu acredito que ele já está ultrapassado. Então, aqui, prefeito municipal, tenha coragem. Vamos colocar um novo secretário de Segurança com entusiasmo de fazer esta cidade segura. Porque eu não aguento mais receber no meu Instagram, todo santo dia, problema. Eu tenho certeza que esse fundo municipal ia ajudar muito. E aí eu falo exatamente o que o vereador Hiago falou. Como a ideia não partiu de quem deveria partir, eu não vou dar crédito e não vou colocar em pauta. Quem perde é você. Você que está assistindo que perde. É a nossa segurança pública que perde, é a nossa cidade que, aparentemente, pelos números, parece que está boa, mas não está. Parabéns, vereador.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ - BORTOLA (PP): Obrigado, vereador. Aqui já vou entrar em outra pauta que a gente protocolou ano passado também, em maio do ano passado, que foi um projeto de lei chamado Instituindo a Força Municipal de Proteção e Defesa Civil do Município. Só para todos entenderem como procede. Eu acho que aqui, dadas as devidas proporções, a gente tem que dar mão à palmatoria e parabenizar o governo estadual, porque ele está fazendo um investimento muito grande em proteção e defesa civil, muito grande. E o nosso município também deve fazer o mesmo. Por isso que eu protocolei essa lei ano passado, que também não vai onerar o município; mas, para resumir, ele cria um grupo de atuação temporária, para momentos de crise, de catástrofe, formado por servidores do Executivo e do Legislativo que têm algum tipo de experiência na área. Por exemplo, tem vários servidores que passaram, Capitão Ramon, pelo Exército Brasileiro. E, dentro do Exército Brasileiro, existem cursos de defesa civil, que se aprende lá dentro. Então, por que não utilizar essa mão de obra, que o Executivo e o Legislativo já têm, para compor essa força municipal de proteção e defesa civil, convocado pelo prefeito municipal, para atuar nessas situações e auxiliar cada vez mais, já que não temos dinheiro em caixa e já que não conseguimos ter um efetivo condizente na defesa civil aqui em Caxias do Sul? Então, essa lei também está tramitando nessas comissões, e a gente quer dar a devida celeridade, porque, volto a dizer, como tudo na vida, e principalmente quando a gente fala em segurança pública, defesa civil, até mesmo na questão dos bombeiros militares, nós temos que trabalhar com a prevenção. Nós não podemos deixar acontecer, porque depois que aconteceu, aconteceu. E aí não adianta, desculpa o termo aqui, mas não adianta chorar pelo leite derramado. Essa é a realidade. E só para encerrar, presidente, eu vou perguntar mais uma vez qual a dificuldade ou qual o ponto negativo de se encaminhar o fundo municipal de segurança para esta Casa legislativa? Fica aqui a minha pergunta para o Executivo. Espero que eu tenha resposta. Obrigado, presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Bom dia, nobre presidente. Uma satisfação mais uma vez estar aqui nesta tribuna. Hoje uma data muito importante, nesta quarta-feira, no meu Grande Expediente. Falar de uma atitude nobre, na qual pude representar a Câmara de Vereadores lá na nossa capital gaúcha, lá em Porto Alegre, onde a Força Auxiliar Bombeiros Voluntários da Rota do Sol, aqui de Caxias do Sul, recebeu a medalha Heróis do Rio Grande. Algo memorável. Uma homenagem que foi realizada pelo deputado Capitão Martim. É algo nobre. São representantes aqui da nossa Serra Gaúcha, moradores de Caxias do Sul, que hoje fazem história não só no nosso Rio Grande, mas em nível de país, do qual também receberam, recentemente, homenagem lá em Brasília. Quero que a TV Câmara dê prioridade aos slides, onde, mais uma vez friso, representei a Câmara de Vereadores lá em Porto Alegre, na entrega dessa medalha, que é muito gratificante. Está ali o nosso comandante-geral Joel Trone, o qual foi homenageado representando todos os 79 bombeiros voluntários aqui de Caxias do Sul, que trabalharam incansavelmente em todo aquele processo de catástrofe, de enchentes. A TV Câmara está exibindo as imagens, todo o discurso do deputado, ali a entrega. Aí também, se puder parar um pouquinho neste slide, também foi na homenagem recebida lá em Brasília. Mostra a importância de todo esse trabalho, que é de origem aqui da nossa cidade de Caxias do Sul, que hoje faz história em nível nacional. E, aqui, tenho que ressaltar também as cidades que foram fortemente atingidas, onde fizeram um trabalho extremamente forte, que foi, além da cidade de Porto Alegre, no Vale do Rio Taquari, Caí, Rio Pardo, Sinos, Gravataí, Guaíba, Lagoa dos Patos, Pelotas, Rio Grande, além aqui de Caxias do Sul, que também prestaram um grande apoio. E também nos deslizamentos, que foram grandiosos aqui na nossa cidade de Caxias do Sul e Serra, principalmente na cidade de Muçum, Cruzeiro do Sul, Estrela, Encantado, Roca Sales, Arroio do Meio e bairros totalmente destruídos. Então, parabéns ao Corpo de Bombeiros aqui de Caxias do Sul, voluntários, que de fato estão aí fazendo a diferença na vida de muitas pessoas, de muitas famílias. Em seguida, vamos exibir aí também alguns vídeos, onde, em cidades extremamente destruídas, eles foram os primeiros a fazer os resgates, os primeiros que entraram nessas cidades, com os seus barcos, com equipes extremamente treinadas e eficientes, que salvaram vidas e também resgataram diversos corpos. Também fizeram toda a higienização, a limpeza desses corpos para poderem entregar para seus familiares. Vamos ver agora alguns vídeos, por gentileza. (Exibição de vídeo.) Então, parabéns ao deputado estadual Capitão Martim por essa memorável homenagem.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Um aparte, vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Essa medalha Heróis do Rio Grande. Então, ressaltar, aqui, os parabéns ao comandante-geral Joel Trone, ao subcomandante adjunto Bruno Amaral, por esse trabalho nobre, que são os representantes dos demais 79 bombeiros voluntários. E sempre tem que enaltecer. Heróis são algo que é muito importante, não é todos os dias e, geralmente, se aparecem são nos momentos delicados. Fotos, vídeos, é muito importante se promover, muitas vezes, em algo de tamanha nobreza. E aqui é um exemplo verdadeiro, legítimo, como deu para observar ali um barco lotado de famílias resgatadas por esses heróis que estão aqui no plenário. Não são simples pessoas que muitas vezes vão lá se promover, fazer videozinhos para largar nas redes sociais. Não, aqui é um trabalho verdadeiro, honesto, transparente, salvando vidas. O seu aparte, por gentileza, vereador Hiago.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Só parabenizar o serviço do senhor. E parabenizar também o serviço do pessoal aqui, tantas pessoas que se doaram nos momentos que foi preciso. E também o deputado estadual Capitão Martim por valorizar o nosso Rio Grande do Sul, não deixar passar em branco, porque isso serve de estímulo também. A gente tem que fazer essa cultura cada vez maior, aqui, no Rio Grande do Sul. E eu acho que o povo gaúcho se mostrou o quanto é forte, o quanto é aguerrido nessas horas. E a cultura é o que a gente cultua, a gente vem fazendo com o tempo. Então, se daqui para frente cada vez mais as pessoas se doarem pelo Estado, vai ser muito melhor. Então, parabéns ao senhor, deputado estadual, por valorizar. E também o pessoal que está aqui, que ajudou as pessoas no momento que elas precisaram. Muito obrigado.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Agradeço as considerações. Um dos principais objetivos do Corpo de Bombeiros Voluntários é: a prevenção; os salvamentos; a proteção; o combate incêndio; atendimento pré-hospitalar, que a gente tem uma equipe fantástica; as buscas e resgates; o apoio ao sistema municipal da Defesa Civil de Caxias; palestra nas escolas, que hoje boa parte das escolas municipais e estaduais, aqui da Serra Gaúcha, é o Corpo de Bombeiros Voluntários, que estão aqui presentes, que prestam esse trabalho nas escolas, que muitas vezes passa despercebido, nas empresas e um trabalho extremamente gratuito, sem fins lucrativos, a não ser fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Também vamos exibir mais um vídeo. (Apresentação de vídeo) Dando sequência. Acho que tem mais um vídeo curto. Era o momento da nossa chegada em Porto Alegre. Ressaltando e representando a Câmara de Vereadores, em nome do nosso presidente Lucas e demais colegas vereadores. Sempre bom quando a Câmara de Vereadores encaminha sempre um vereador, graças às atividades nobres. E deve, também, ter mais um vídeo. Acho que é da homenagem recebida lá em Brasília. Declaração de líder. (Apresentação de vídeo)
PRESIDENTA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Segue em declaração de líder, o vereador Juliano Valim, da Tribuna.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Então, comunidade caxiense, olha que orgulho para a nossa cidade de Caxias do Sul, para o nosso Estado, para o nosso país. Inclusive, tiveram recentemente também, atuando lá na cidade de Santa Catarina, também nos alagamentos, nas enchentes. E ressaltando que você que está nos assistindo pela TV Câmara, pelo Facebook, pelas demais redes sociais, Canal 16 da NET, o contato do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caxias do Sul, Rota do Sol, é através do número (54) 98107-0712, também tem o (54) 99257-6868. Esse trabalho é 24 horas, ininterrupto. Um trabalho memorável. E também deixar aqui, para conhecimento das autoridades do nosso município, que vamos sempre apoiar o Corpo de Bombeiros, sem egos, sem estar com intimações, sem estar com privilégios A ou B, mas sim, trabalhar em prol de uma sociedade mais justa, mais democrática. O Corpo de Bombeiros hoje tem toda a documentação legalizada. Veículos, todos dentro das devidas normalidades, podendo atuar em qualquer parte do país. Documentações 100%, inclusive, acho que boa parte dos vereadores aqui têm conhecimento. Tivemos ali, recentemente, conversando com o nosso chefe da Casa Civil, o Dornelles, o prefeito Adiló... Sempre apoiando esse trabalho no nosso município. Então, um dos lemas é:  servir, salvar e proteger. Eu peço licença à nossa presidente da Câmara, se teria como nós parar um pouquinho, tirar uma foto, aproveitando que está aí a nossa equipe do Corpo de Bombeiros aqui na frente. Tem essa possibilidade?
PRESIDENTA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Sim. Eu vou pedir para suspender a sessão. Aí a gente faz o momento da foto, do registro. Certo, vereador?
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Muito obrigado.
PRESIDENTA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Peço para suspender a sessão, por favor. (Sessão Suspensa) Segue da tribuna, vereador Juliano Valim. Por favor, colegas.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Só concluindo, então, a minha fala. Parabéns ao Corpo de Bombeiros Voluntários. A gente sabe que tem uns temas meio complexos, devido a alguns boatos que estão falando referente ao Corpo de Bombeiros Voluntários de Caxias do Sul, mas alguns encaminhamentos já foram feitos, outros serão encaminhados em breve, devido a essas falácias que estão acontecendo no nosso município. Mas acredito que em breve estará tudo solucionado, todos os setores já envolvidos. E quero passar um aparte ao vereador Rafael Bueno, por gentileza.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador Juliano Valim. Fiquei vendo as falas dos deputados, principalmente do Capitão, e também a homenagem em nível federal, e eu fiquei pensando, vereador: como que é a vida desse pessoal? E a grande maioria jovens, eu vejo adolescentes, aqui, presentes no plenário. É cidadania que a gente aprende desde cedo, estender os braços para o outro. Hoje é dia do escoteiro, hoje é Dia Mundial do Escotismo. Eu fico feliz que eu fui escoteiro, a gente aprende de berço a valorizar e estender a mão para o próximo. Mas o trabalho de vocês, eu digo uma coisa: Eu não faria, porque tem que ter muita coragem. Muita coragem de subir desse barranco, os perigos, de correr em rodovia para salvar os outros, perigo de uma mata, enfim, deslizamento. Eu quero parabenizar vocês pelo trabalho. Eu acho, vereador, que o comandante aqui dos Bombeiros Voluntários fez um desabafo relevante quando a sessão estava suspensa, e a gente poderia conceder, inclusive, para ele a tribuna aqui da Câmara. Porque ele falou várias questões gravíssimas e que eu acho que, ao invés de ser esse grupo denunciado, denunciar ele para fiscalização de trânsito, para a brigada militar, para toda a sua segurança; ele tem que ser respeitados, tem que ser condecorados, porque eles abdicam da sua vida, da sua família, do seu dia a dia, do seu momento de lazer, para salvar e estender a mão para o próximo. Aí como é que tem pessoas, e aqui... Como é que é o seu nome mesmo? O Joel Troni falou que alguns parlamentares aqui fizeram denúncias. Eu até gostaria de saber quem fez isso, porque é uma vergonha alguém que faz uma denúncia contra um grupo de voluntários que se dedica e estende a mão para o próximo. Então, quem sabe, eles poderiam ter acesso à tribuna da Câmara, no momento oportuno, voltar outro dia. Porque não adianta dar uma homenagem, e do outro lado, dar um tapão na cara das pessoas que fazem esse serviço. Eles merecem uma homenagem e o respeito desta Câmara, e principalmente da população que a encheu. Então, eu sugiro ao senhor, vereador, de dar um espaço para o Joel, Comandante dos Bombeiros Voluntários para poder se manifestar na tribuna. Obrigado.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Vou lhe pedir um aparte.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Com o aparte, vereador Libardi.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Obrigado. Gostaria de condecorar com as falas do vereador Rafael Bueno. Eu desconheço o fato. (Manifestação das galerias.) Pode ser público ao senhor. A mim não é público, ao vereador Rafael Bueno não é público, e se tem alguma reclamação, nunca foi feita a essa tribuna. Precisa ficar claro. Não ouvi ninguém falar mal do senhor, tive a oportunidade de lhe conhecer no gabinete do prefeito.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Um aparte, vereador.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Então, só reiterar o que o vereador Rafael Bueno falou, concordo integralmente com o que por ele dito.
VEREADOR ALDONEI MACHADO (PSDB): Uma parte, vereador Juliano.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Seu aparte, vereador. Ah! Vereadora Rose.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Obrigada, vereador. Eu, infelizmente, teria o Grande Expediente, já aviso que vou ter que sair por uma questão médica. Mas também quero colocar que eu lembro, ano passado, teve alguma discussão... (Manifestação sem uso do microfone.) Teve alguma discussão aqui, mas foi... Eu pelo menos não fiquei sabendo exatamente, foi mais nos bastidores. Mas eu quero aproveitar esse momento, já que teve essa homenagem, acho que nós temos que acabar ele de uma forma respeitosa. Então, parabenizar, acho que todo trabalho, imagina... O Estado nunca será substituído, isso a gente sabe. Agora, todo esse trabalho voluntário é além do Estado, e deve ser valorizado. Acho bem importante essa sua pauta e concordo, talvez em algum momento falar, porque eu acho que todo mundo merece saber desse debate, e poder contribuir com ele, inclusive, o que tem de problemas. Eu acho que deve ser somado o trabalho voluntário com o trabalho do Estado. Obrigada, vereador. Já peço desculpas por me retirar, mas eu estou bem atrasada.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Agradeço. Faço consideração, vereadora. Vereador Aldonei, por gentileza.
VEREADOR ALDONEI MACHADO (PSDB): Vereador Juliano, parabéns pelo tema, parabéns pelo teu Grande Expediente. Conheço bem o trabalho do Joel, de todos os bombeiros voluntários, já estive lá, presente, na sede deles, eu vejo que é uma série... Uma disputa de egos. A gente tem que parar com isso. Está todo mundo trabalhando em prol da cidade, em prol das pessoas, e a gente tem que parar com isso. Eu acredito... Nós já vínhamos conversando, vamos colocar uma pedra em cima do que aconteceu, de ambas as partes, e esse espaço que a gente tem que ceder para o trono é importante, para alinharmos isso. Acredito que seja somente um ajuste fino, que o trabalho que vocês fazem é um trabalho que auxilia de verdade as pessoas, a comunidade. Então, é um momento de reconciliação. Eu acho que as forças que existem têm que se unir para ajudar a nossa cidade. Então, parabéns novamente pelo trabalho e pode ter certeza que nós aqui vamos contribuir para que isso se resolva o mais rápido possível. Obrigado, vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Agradeço suas considerações, vereador Aldonei. Então, mostra aqui que já existe uma união entre nós aqui, vereadores. Estaremos, sim, juntos aí com o Corpo de Bombeiros Voluntários. E, claro, já fiz o agendamento dessa Tribuna Livre, que vai ter nos próximos meses. Importantes esses dados, essas informações para a gente poder estar, aqui, transparente, até para a nossa sociedade caxiense, para o nosso estado, porque um trabalho no qual você recebe uma homenagem na nossa capital gaúcha, e outra em Brasília, e nós, aqui, na Câmara de Vereadores, tem coisa errada nesse caminho. Eu acho que esses egos não podem existir. E, sim, temos que trabalhar em prol da nossa sociedade, independente da hierarquia social, independente de ideologias partidárias, mas em prol, sempre, da população e principalmente de quem precisa. Meu muito obrigado, presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Colegas, mesmo tendo que ocupar a presidência no dia de hoje e tendo a oportunidade de poder falar no Grande Expediente, eu não poderia deixar de tratar sobre um tema que foi trazido para esta Casa no dia de ontem, que foi visto, visualizado e todos foram impactados de alguma forma, que é a temática da violência contra a mulher e o tema do feminicídio, como que essa violência impacta as nossas vidas, das famílias, dos homens e das mulheres. Portanto, achei importante trazer alguns elementos para que a gente possa debater, na nossa cidade, no nosso estado, no nosso país, alternativas em relação à violência. E iniciamos com esta pergunta: É possível ter fim a violência contra a mulher? E acho que nós, enquanto sociedade, precisamos refletir. Como seria uma sociedade sem violência contra a mulher? É possível, vereadora Estela, pensar em uma sociedade onde as mulheres não sejam mortas pelo fato de serem mulheres? Acho que nós temos que pensar sobre isso; porque, muitas vezes, quando a gente traz esses temas, a gente ouve das pessoas: “Ah, Andressa, isso é idealismo, isso nunca vai acontecer, isso sempre foi assim.” Mas a verdade é que, se nós formos pegar, por exemplo, nesta Casa mesmo, muitos anos atrás, 30, 40 anos atrás, nós não tínhamos praticamente representação feminina aqui. Então, a luta das mulheres fez com que muita coisa avançasse. Então, falar em feminicídio zero não é impossível, não é algo utópico; mas, sim, precisa ser um comprometimento social de todos e de todas que acreditam em uma sociedade sem violência. E aí, obviamente que eu parto, a minha fala parte do que aconteceu nesse feriadão de Páscoa no nosso estado, onde todos puderam acompanhar que nós tivemos 10 feminicídios. Pode passar, por favor. E aí eu gostaria de chamar a atenção para um fator que eu ia me pronunciar, eu ia falar aqui, eu ia trazer esse tema, mesmo se esses dados não tivessem, infelizmente, acontecido no nosso estado; porque, no último mês, nós tivemos, na nossa cidade, dois incêndios. No dia 22 de abril, estava eu na janta de comemoração do aniversário do meu partido quando recebi uma ligação de um incêndio que estava acontecendo no Beco do Belo Horizonte, uma área conhecida como Área dos Padres, pela prefeitura. E aí, chegando lá, a população daquele beco teve medo, vereadora Daiane, que todo o beco pegasse fogo. Achava eu que era mais um incêndio, como infelizmente a gente sabe que acontece acidentalmente de forma corriqueira na nossa cidade. Mas, chegando lá, tive a notícia de que o incêndio foi provocado pelo ex-companheiro da moça que morava na casa, que não aceitava o fim do relacionamento. Soube que ela estava grávida de outra pessoa e resolveu colocar fogo na casa. Pasmem, a casa era habitada por ela e pelos dois filhos dele. Tinham crianças que moravam na casa, que eram filhos dele. Mesmo tendo filhos dele, não foi impeditivo para que ele fizesse isso. Depois, vi a notícia que, no Bairro Fátimam aconteceu, da mesma forma, um incêndio colocado por um homem para atingir aquela mulher e a sua família, como se aquilo fosse a solução para os problemas, a solução para os sentimentos, para a raiva que aquele homem estava sentindo. E aí nós vimos, no nosso estado, vários crimes sendo cometidos contra mulher grávida, vereadora Sandra, contra mulheres que tinham filhos daquele homem que cometeu o crime. Então, o que eu quero dizer é que nem os filhos, nem as crianças são impeditivos mais. Hoje nós vemos os homens, muitas vezes, sem escrúpulos, achando que podem fazer aquilo para atingir a mulher e a sua própria família. E aí peço que passem. O que eu gostaria de tratar aqui é sobre a nossa rede de proteção à mulher na cidade. Em Caxias, nós temos uma rede de proteção à mulher. E esses serviços que existem na nossa cidade já funcionam enquanto rede há um tempo. Então, existem, inclusive, reuniões mensais da rede, onde os serviços sentam para conversar sobre como está o atendimento para essas mulheres. E aí, nobres colegas, vereadores e vereadoras, faço a reflexão e o questionamento se essa rede é suficiente para atender e para as medidas que nós precisamos ter na nossa cidade. Porque a rede que está aqui é uma rede intersetorial, o Centro de Referência da Mulher faz parte da Secretaria de Segurança Pública e Proteção Social, inclusive, assim como as outras coordenadorias. E reconheço o importante trabalho que a nossa coordenadora faz hoje na nossa cidade, ela, as servidoras do Centro de Referência. Então, as pessoas que estão ali, com as condições que elas têm, fazem um importante trabalho na nossa cidade. Mas, se nós formos olhar para o orçamento, a gente vai ver que o orçamento, por exemplo, direcionado para as políticas para as mulheres, para esse ano, é menor do que o aluguel direcionado, até agora, para o Cinede e Cemape. Foi de R$69 mil o orçamento direcionado, esse ano, para as políticas para as mulheres. Então, como nós queremos tratar de feminicídio, de enfrentamento da violência, de políticas que emancipem as mulheres, iniciativas de acesso, por exemplo, ao trabalho, que muitas mulheres acabam ficando dependentes por não ter acesso a uma renda decente. A gente ouve, muitas vezes, comentários do senso comum: “ela não quer trabalhar porque ela quer ser sustentada pelo homem.” São os dados que nos mostram que as mulheres e os homens, nas mesmas funções, recebem menos. E a mulher, muitas vezes, precisa cumprir o seu papel de sustentar uma família, porque nós temos muitas chefes de famílias pelo Brasil, em Caxias do Sul, quase 70% das famílias no nosso país são geridas por mães, inclusive mães solos, que prestam o serviço sozinha para os seus filhos, para a sua família. Então, como que a mulher, com um salário, muitas vezes, precarizado, vai conseguir dar conta de todas as necessidades? E a dependência econômica entra em campo, por isso que acesso a trabalho digno é essencial quando a gente fala de emancipação para as mulheres.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Me permite um aparte?
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Outro elemento que é importante falar da nossa rede, se a gente for olhar, por exemplo, para a questão da saúde: como que está a saúde mental das nossas mulheres? Nós temos serviços que atendem, que têm atendimento psicológico para as mulheres, para os homens? Ontem o vereador Fantinel falou do diálogo com os homens. Se nós temos uma fila gigantesca na nossa cidade, que muitas vezes nem as mulheres que sofrem violência conseguem atendimento. Então, são questões graves, importantes, que nós precisamos tratar. Outra coisa, aqui tem vários colegas que sempre trazem, hoje o vereador Bortola trouxe, sobre a questão da segurança pública. Como que é o atendimento das mulheres nesses espaços? Nós precisamos debater sobre isso. Na Delegacia da Mulher, que muitas vezes é inacessível. Na própria Delegacia, que muitas vezes a mulher vai lá para ter o seu atendimento, e ela é violentada na própria Delegacia, porque os seus relatos são colocados em dúvida. Porque tem pessoas que não têm preparo para poder receber aquela mulher vítima de violência, porque as pessoas não nascem sabendo, elas precisam ser preparadas. E as instituições da área da segurança precisam ser preparadas, também, para isso. Outro fator importante é a própria nossa Casa de Acolhimento Viva Raquel. Muitas vezes, eu já ouvi do próprio Conselho Municipal, dos serviços ali, questionamentos sobre o funcionamento da Casa Viva Raquel. Que o serviço é extremamente engessado, que não acolhe as mulheres e os seus filhos da forma como deveria, que o serviço acaba sendo um serviço que não consegue dar conta das necessidades das mulheres. E nós precisamos olhar, porque a rede que nós temos já foi referência no Estado, e foi uma rede que acabou parando no tempo, que não teve grandes investimentos, e por isso nós precisamos olhar para ela. Tem uma demanda, a vereadora Rosa teve que sair, uma luta nossa aqui na cidade, que é a Casa da Mulher Brasileira. Pode passar, por favor. Pode passar para o outro slide que eu quero apresentar sobre os dados do Governo Federal. O Governo Federal hoje disponibiliza muita verba para os municípios que querem inscrever projetos na área das mulheres. Nós temos uma luta aqui, que é a Casa da Mulher Brasileira. Segundo informações trazidas pela vereadora Rose, nós temos tido dificuldades de articular isso com o Governo do Estado. O próprio município já ofereceu um terreno para que essa casa pudesse existir aqui, mas o Governo do Estado, na assinatura dos protocolos e do que precisa para fazer a casa, está com dificuldade de fazer com que ela seja concretizada. Em uma cidade como Caxias do Sul, que a gente vê tentativas de feminicídio acontecendo toda semana, em um Estado que, infelizmente, é referência nacional de um dos estados que mais mata as mulheres. Como que nós vamos ter, vereadora Estela, essa morosidade para poder concretizar um serviço como esse, que é um serviço que atenderia de forma intersetorial as mulheres a partir das suas necessidades? Porque a Casa da Mulher Brasileira é isso. Ela vai congregar todos os serviços que as mulheres precisam para poder ter o seu atendimento. E, outro fator, eu peço que retornem ali para os slides. No slide anterior, Maurício, por favor. No outro slide, no próximo. No próximo. Seria esse. Uma pauta importantíssima que hoje eu vi a Procuradoria Especial da Mulher do Estado levantando. Uma declaração de líder para a bancada do PCdoB, por favor, senhor presidente.
PRESIDENTE ALEXANDRE BORTOLUZ - BORTOLA (PP): Uma Declaração de Líder da bancada do PCdoB. Com a palavra, vereadora Andressa Marques.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): E logo lhe passo a sua parte, vereadora Estela. Algo que nós precisamos debater é que hoje, por exemplo, nós vimos, eu vi no final de semana, um alarme muito grande. E o governo do estado chamando a atenção, por exemplo, para os casos de dengue que nós temos tido, e é importantíssimo. Nós precisamos olhar para a questão da saúde, e colocando a possibilidade, inclusive, de colocar o estado em estado de emergência, enfim, em relação a isso. E vi algumas cidades da região metropolitana colocando isso também. Mas, se nós formos pegar os dados de feminicídio que nós tivemos no estado desde o início do ano, nós temos mais mulheres que foram mortas do que pessoas que morreram por dengue. Então, sim, nós poderíamos colocar, e é uma pauta da Procuradoria Especial da Mulher do Estado, o Rio Grande do Sul em estado de emergência, pelas questões que nós temos sofrido. Porque, assim, quando a gente coloca decreto de estado de emergência, a gente discute mais orçamento, a gente discute ações, a gente discute políticas. E uma reflexão que eu queria trazer aqui para os colegas é que nós não podemos mais ter serviços que atendam somente quando acontece a violência. Então, a mulher já foi agredida, já foi violentada, já foi morta, aí nós temos os serviços que passam a agir. Nós precisamos de serviços anteriores a isso, de políticas anteriores que olhem para a questão de gênero como uma desigualdade histórica que nós temos no nosso país e na nossa sociedade, porque não é só sobre o Brasil, nós estamos falando sobre o mundo inteiro. E precisamos tratar com seriedade o porquê que ainda nós temos na nossa sociedade a desigualdade entre homens e mulheres. E aí a gente precisa debater, enquanto vereadores. E não cabe somente a nós, vereadoras, mas aos vereadores também, a pensar se nós, enquanto Estado, enquanto políticas públicas, falamos sobre isso abertamente para a sociedade: que os homens e as mulheres têm acesso a direitos de forma diferente no decorrer da vida. Que quando crianças, a gente aprende, a gente ensina um menino que o menino pode ser o que ele quiser, que ele pode ter um carro, que ele pode sair, que ele pode ser da política, que ele pode ser policial; e a gente ensina uma menina que ela tem que fazer os serviços domésticos, que ela tem que ser uma boa mãe, que ela tem que ser uma boa pessoa do lar. E não tem problema nenhum a mulher ser uma pessoa que cuida do seu lar também, mas nós estamos aqui para dizer que a gente não quer ser apenas isso, e é esse o problema. Hoje nós vemos na sociedade, ainda, movimentos que dizem que o lugar da mulher é em casa, cuidando de todo mundo, e o lugar do homem é na sociedade. E, ao invés de a gente estar fazendo um movimento contrário, a gente reforça uma cultura que é uma cultura do passado, que ela já está sendo superada na realidade, mas existem pessoas que insistem em reforçar isso. Então, trabalhar na educação com os meninos e com as meninas desde crianças, sobre uma educação que trate a questão do machismo, que coloque que as meninas e os meninos podem sim gostar de azul, gostar de rosa, que não tem problema nenhum. Que o homem não vai ser menos homem se ele gostar de rosa, se ele quiser ser pai, se ele tiver os cuidados com a sua família também, se ele dividir os afazeres domésticos com as suas companheiras. Então, é isso que nós precisamos trabalhar com a sociedade. E a minha preocupação é que eu não vejo iniciativas do Estado, e eu falo Estado como ente, como as instituições, tratando sobre isso de forma direta. Vejo serviços, vejo campanhas falando de violência, mas não vejo campanhas desconstruindo essa visão que nós temos, essa construção social que teve do que é o homem, do que é a mulher na sociedade. E nós precisamos dizer para os meninos e para os homens que violência não resolve nada, que violência não é o caminho, que para ser homem não precisa ser violento e não deve ser violento. Que um homem que realmente cumpre o seu papel, é um homem que também cuida da sua família, é um homem que também faz os serviços domésticos, que divide as tarefas, porque daí é outra questão. O companheiro, a gente ouve: “Ele ajuda em casa?”. Ele não ajuda em casa, ele também mora lá. A mulher não é empregada dele e da sua família. Então, esses elementos, nobres colegas, nós precisamos tratar, porque tudo isso, a educação, a estrutura social, como as coisas se organizam, ela tem a ver com as consequências de como que o patriarcado, como que o machismo, ele impacta nas nossas vidas. E aí, a partir do momento que a gente diz que uma coisa é coisa de mulher e outra coisa é coisa de homem, nós estamos dizendo que se a mulher fizer aquilo, ela não é mulher; que se o homem fizer aquilo, ele não é homem. E que se a mulher fizer algo que ela não deveria fazer, porque a sociedade acha que ela não deve fazer, ela precisa ser punida por aquilo. E aí que a gente tem o sentimento de posse e essa percepção de posse que ainda existe na sociedade, que ela vem de anos, ela não é de hoje. Se a gente for pegar a estrutura social, a gente vai ver milhares de anos atrás, onde as mulheres não tinham direito, por exemplo, ao patrimônio, onde papéis específicos eram colocados às mulheres. A gente vai ver, hoje, coisas ainda impactando nas nossas vidas, por exemplo, que o nome, o nosso sobrenome ainda é o sobrenome dos pais, dos avós. Nós não temos o sobrenome das nossas mães, por exemplo. E tudo isso é um pouco da estrutura patriarcal que a gente ainda carrega, que nós precisamos quebrar. E, para finalizar, para poder passar o aparte para a vereadora Estela, algo importantíssimo que nós precisamos tratar, também trouxe no nosso slide, além de ter orçamento, além de pensar em políticas específicas para as mulheres, além de a gente debater os papéis sociais, nós precisamos debater sobre a presença das mulheres na política. Porque quando a gente está nesses espaços, nós tratamos sobre as questões da sociedade, mas nós também levantamos as nossas pautas. Porque, infelizmente, por muito tempo, nós tivemos apenas os homens presentes nesses espaços. E, obviamente, as nossas pautas não vão ser tratadas como devem se nós não estivermos aqui. E o que a gente vê no Brasil hoje, ainda, é uma sub-representação das mulheres. E hoje tem um debate nacional, acredito que todos estão acompanhando, que é para nós termos garantia de 20% das cadeiras, das eleitas sendo mulheres, eu acho que isso é um avanço, mas querem que a gente aceite os 20% e retire os 30% das candidaturas. Sendo que, na verdade, nós precisamos garantir, o que nós queremos enquanto movimento de mulheres, é 50%. É metade e metade das eleitas. Nós sabemos que isso é uma luta muito grande, é uma luta que, provavelmente, vai levar ainda um pouco de tempo, mas para nós podermos avançar, a gente precisa garantir os 30% de mulheres candidatas no parlamento e 20% das eleitas, para que gradualmente a gente vá aumentando essa representação e não veja a nossa participação, aqui, caindo. Outro dia a vereadora Rose comentou que nós temos, exatamente, 30% de mulheres aqui. E não é à toa, é por conta da cota, do incentivo que os partidos foram obrigados a ter, para que nós pudéssemos estar aqui sendo candidatas, inclusive. Se nós tivermos uma redução dessa exigência, possivelmente nós podemos ver, sim, uma redução da representação das mulheres, porque as nossas conquistas não são, infelizmente, algo que a gente não pode perder. Volta e meia, a gente está avançando e retrocedendo. Então nós, enquanto mulheres e homens comprometidos com essa luta, nós precisamos, sim, defender. Outro dia eu ouvi o prefeito Adiló, no descerramento da placa da vereadora Marisol, dizendo que ele era a favor e que, provavelmente, ele era um dos únicos homens que ele já tinha visto no parlamento defendendo paridade na representação. Então, ele disse que ele defende 50% das mulheres eleitas. Achei isso importante vindo do nosso prefeito, de fato, não esperava essa posição. Mas acho que é importante a gente pensar e debater sobre isso, porque nós viemos para ficar, mas nós precisamos entender que nós precisamos de incentivo, porque enquanto nós dizemos para as mulheres que elas precisam ficar apenas com os cuidados domésticos, mas a gente sabe que as mulheres hoje precisam trabalhar e que a gente está no mercado de trabalho, a gente também nega o espaço, nem espaços como o espaço de poder, que são tão importantes para nós. Seu aparte, vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Muito obrigada, vereadora Andressa. Eu acho que são vários pontos importantíssimos da tua fala, uma fala importante de ser feita dentro do parlamento depois desse feriado de Páscoa tão sangrento. Porque quando uma mulher se vai, uma parte de cada uma de nós, infelizmente, vai junto. E eu quero começar falando da questão dos 30% aqui na Câmara de Vereadores de Caixas do Sul. Nós estamos muito acima da média do Brasil em representação feminina dentro do Legislativo. Mas isso ainda é muito pouco, porque se a gente for pensar em assinar uma moção, uma moção que trate, especificamente, do tema das mulheres, que a gente queira fazer simbolicamente essa assinatura só de nós mulheres, não pode acontecer. Porque a gente precisaria de oito assinaturas e não chegamos a oito. E mesmo assim, somos a maior bancada da história da Câmara de Vereadores de Caixas. Então, eu acho que isso mostra o quanto a nossa luta pela representatividade dentro dos espaços da política, precisa estar ainda muito viva, muito presente dentro dos partidos, dentro dos nossos colegas vereadores, homens, nossos colegas partidários, homens também. E é importante a gente olhar para essa questão como uma questão estrutural. Quando a gente fala de estruturas sociais, a gente está falando de mudanças que elas precisam vir através de muito esforço, de muita política pública, de muito investimento, de muita prioridade. Precisa ser priorizado a questão dos feminicídios, da violência contra as mulheres. A gente precisa ver isso sendo trabalhado de forma intersetorial, com a educação das nossas crianças e adolescentes, com a saúde, com a questão da segurança, para que a gente possa, de fato, viver nesse mundo, num mundo sem violência, que para mim é um mundo possível, sim. Por isso que a gente está aqui, por isso que a gente constrói, por isso que a gente luta.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada, vereadora. Por isso, iremos cobrar. Nessa semana, vou conversar com o pessoal do Centro de Referência das Políticas para as Mulheres. Nós vamos ter uma reunião na sexta para a gente tratar na PEM essas questões. Mas temos que cobrar mais empenho do nosso município em relação a essa temática, porque nós hoje paramos o tempo enquanto cidade. Vamos cobrar do governo do estado para que seja decretado, sim, estado de emergência em relação a essa temática, e precisamos cobrar da União que ela também tenha políticas específicas para que a gente possa tratar a nossa questão das mulheres como algo central. Afinal de contas, estamos falando da maioria da sociedade. Seria isso, senhor presidente. Obrigada.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): Bom dia, presidente; bom dia, vereadores; bom dia a quem está em casa, nos ouvindo, nos acompanhando. Hoje eu vim falar de coisas boas que acontecem para as pessoas que buscam com afim os seus objetivos. A comunidade de São João, de São Valentim, de Monte Bérico se uniu, e dessa união resultou a entrega de três emendas parlamentares de um milhão cada comunidade para a Prefeitura de Caxias do Sul, para asfaltamento. Asfaltamento do interior, porque o nosso interior realmente precisa do escoamento de produção, as questões de saúde, de educação, porque todos precisam passar pelas estradas e as estradas têm que estar boas. Então, ontem, juntamente com os moradores da comunidade de São João de Forqueta, de São Valentim e de Monte Bérico, a gente entregou um milhão de emendas parlamentares do deputado Maurício Marcon, ao qual a gente agradece, mas ao mesmo tempo, também pede mais ajuda e auxílio e a comunidade vai se unir para buscar mais. Não importa de que deputado, de que pessoa, se o dinheiro vem de emendas parlamentares, a gente vai estar buscando. Então, tudo isso começou no ano passado, quando o Maurício Marcon anunciou que o aplicativo dele estava... Para a gente colocar projetos para busca de emendas parlamentares. As comunidades se reuniram, fizeram mutirões, fazendo com que as pessoas votassem para que conseguissem esse um milhão. E ontem, juntamente com os moradores, a gente entregou esse um milhão ao prefeito Adiló, o qual nos prometeu que vai aplicar esse recurso para realmente viabilizar o asfaltamento do interior. No início deste ano, em fevereiro, eu fui chamada pela comunidade de São João, justamente porque um caminhão cheio de uva, carregado de uva, capotou numa curva por causa da precariedade das estradas. Para que a gente não possa mais ver esse tipo de coisa, porque, na verdade, naquele caminhão estava o trabalho de meses dos familiares, das pessoas, dos agricultores, que devido a uma estrada precária, capotou. Então, para que a gente não tenha mais esse tipo de problema, a gente precisa sim investir em escoamento de produção. E não só isso, a gente tem estradas como a Estrada de São Valentim, que é uma ligação com o Vale Real. Vale Real, São Valentim, aí a gente vem para Loreto e liga toda a nossa cidade. A gente fala tanto em turismo, tanto em turismo, e a gente não tem uma ligação para a questão turística ali. Sabendo que, na nossa região de Forqueta, a gente tem mais de 33 empreendimentos do Vale Trentino, e falta ali um quilômetro e meio para ser pavimentado. Então, na verdade, é muito pouco, e não está se fazendo nem esse pouco. E quando uma patrola vai lá, na Estrada da Uva, em São Valentim, o que acontece? A gente não sabe se por descuido do patroleiro, ou o quê, eles arrebentam cercas dos produtores, eles destroem os parreirais. Enfim, é uma precariedade. Então, a gente clama que seja feito o asfaltamento no interior, porque com esse asfaltamento, quanta qualidade de vida para esses moradores do interior.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Vou lhe pedir um aparte.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): E investir no interior também é investir na cidade, porque, afinal de contas, quem produz? Se a agricultura parar, o que a gente vai comer? Esse é um questionamento que eu me faço muitas vezes. Se a agricultura parar, os agricultores vão vir aqui para a cidade. O que a gente vai fazer? Vamos deixar todo o interior lá, sem produção, sem nada, justamente porque a gente acha que não dá para investir no interior. O interior tem que ter investimento. E o que eles pedem é muito pouco, é asfaltamento. Depois, é a questão dos celulares, e depois a questão da água. Gente, é pouco demais. Então, essa é a nossa luta. Vereador Libardi.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Obrigado pela gentileza. Parabenizar a senhora pelo tema. Nós somos em vários aqui que somos de algum distrito. Tenho minha família inteira em Galópolis. A senhora sabe que tem uma coisa que eu fico indignado, que não é nem a questão do asfalto; fico indignado com a falta de organização do modelo de patrolamento. A gente não sabe quando vai patrolar. A primeira coisa que eu fiz quando assumi a vereança, tenho certeza de que a senhora recorda, e eu conversei com a senhora sobre o tema, foi requerer ao secretário Dornelles que houvesse a produção de um calendário de patrolamento, para que houvesse uma previsibilidade. Porque, senão, não para de tocar o telefone da senhora pedindo patrolamento, não para de tocar o meu telefone, e a gente nunca tem retorno. Porque a patrola sai de uma ponta do distrito, se ela está funcionando, para outra ponta do distrito. Então, eu não estou nem tratando do asfalto, que obviamente muda de patamar. A comunidade que a minha família mora, tem asfalto já, São João da Quarta Légua. Mas eu trato do patrolamento. E eu tenho certeza de que a senhora tem que ficar dando explicações diárias, porque, muitas vezes... A gente tratou da Escola do Legislativo ontem e tem uma confusão de competências, acho que a senhora pode determinar o patrolamento. E a gente tem que conversar sobre a disponibilização desse calendário. São coisas simples. A gente não está exigindo que inventem a roda. A gente está exigindo exclusivamente o mínimo de ordem para que haja a possibilidade de a Prefeitura funcionar direito. E é isso que os agricultores querem. Eles querem ter uma previsibilidade. Todo mundo sabe que a safra da uva é sempre em fevereiro, será que não dá para a gente programar para fevereiro, a estrada estar boa, sendo que 90% deles plantam uva? São questões que, para mim, são tão simples. Tem um abismo aqui entre a racionalidade e o modelo de política implementada no município, eu sei. Mas tenho certeza de que a senhora se indigna tanto quanto eu com essa falta de pensamento. Obrigado.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): Obrigada, vereador. Sim, em 2016, eu fui sub-prefeita de Forqueta, eu fiquei cinco meses por lá e a gente montou um calendário. Eu sabia exatamente quando ia patrolar, quando ia cascalhar, quando ia trocar cano, quando ia fazer as demandas da comunidade. E Forqueta, assim como outros distritos, eu acredito, ele é misto, ele tem uma área urbana e a outra área rural. Então, por isso a gente tinha que fazer um planejamento para onde a gente podia atender. Porque tinha que atender a parte rural e tinha que atender a parte, também, da cidade, urbana. A gente montou um calendário e conseguimos, sim, em dezembro, deixar todas as estradas ok, para que em janeiro a gente começasse, sim, a produção da safra da uva. Porque a região de Forqueta é a maior produtora de uvas e vinhos ainda de Caxias do Sul. E é por isso que é pertinente que a gente continue buscando melhorias em infraestrutura para os nossos agricultores. E essa é a minha bandeira, e essa é a minha luta, que será daqui por mais três anos, quatro anos, porque a gente sabe muito bem a precariedade das estradas do nosso interior. Mas também eu tenho que fazer um agradecimento ao deputado Marcon, porque, além de investir no interior, ele também investiu na saúde. Ele nos mandou uma emenda de um milhão também para a UBS Forqueta, porque lá chovia... Chove. Chove dentro. A questão do piso está precária. Então, para a gente fazer uma reforma naquela UBS. Então, totalizando, foi entregue ao prefeito R$ 4 milhões. Três milhões para a agricultura e mais um milhão para a saúde. Pelo que devo agradecer ao deputado, mas também agradecer ao prefeito por ter aceito, porque já aconteceu, em outras épocas, que o prefeito não aceitava as emendas dos deputados que eram contra ou que não eram do seu partido. Então, também a gente faz esse agradecimento ao prefeito Adiló por ter aceitado as emendas e por ele empregar justamente nos locais que a gente pediu e que a população foi em busca. A gente sabe que emenda parlamentar é dinheiro do povo voltando para o povo, mas quem foi buscar esses valores foi o povo. Vocês não fazem ideia da mobilização das comunidades. As comunidades elegeram dois ou três líderes e eles passavam casa por casa para baixar o aplicativo do deputado e fazer a votação. Então, isso só acontece porque é muita vontade dos agricultores, daquelas comunidades, em ver as obras sendo realizadas. E também, dois meses atrás, houve as emendas parlamentares, novamente do deputado Maurício Marcon, e novamente as comunidades de São João e Monte Bérico conquistaram mais 500 mil cada uma para finalizar os trechos de obras. A comunidade de São João tem 3,8 km para finalizar esse asfaltamento. A comunidade de São Valentim tem 1,3 km. A de Monte Bérico tem 3 km. Então, não seriam nada exageros, não são obras de 30, 40 km. São obras pequenas, mas que precisam acontecer e serem realizadas a contento para a gente permanecer com o agricultor na terra. Então, venho hoje agradecer a todos que contribuíram. Peço Declaração de Líder. Então, eu não estou. Então, era isso. Muito obrigada. E deu, não estou em Grande Expediente. Finalizando, agradecer ao deputado Marcon, agradecer às comunidades que se mobilizaram, que isso é muito importante, porque foram elas que foram buscar. E dizer que a gente apenas começou. A gente vai continuar buscando mais melhorias para o interior e para a nossa cidade. Muito obrigada. Era isso.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Obrigado, presidente. Parabenizar a senhora pela condução dos trabalhos, os demais vereadores que permaneceram aqui, em especial o nosso Tenente Cristiano, que está lhe auxiliando na Mesa. Queria primeiro fazer um elogio ao prefeito Adiló. Dentre todas as coisas que eu discordo dele, uma coisa eu concordo: o secretário Lucas Suzin é um excelente secretário de Obras. Todas as demandas que eu tenho apresentado, o secretário tem apresentado um cronograma de realização e tem me falado se vai fazer ou não vai fazer. E é isso que eu espero de um gestor público. Ele não precisa me falar sim sempre, ele só precisa me advertir se há outras prioridades e qual é o calendário da Secretaria de Obras.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Um aparte, vereador.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Tenho a impressão que o secretário Lucas Suzin é o secretário mais novo dentre todos os secretários. E ele manda WhatsApp para todo mundo. Eu ligo para ele, qualquer hora ele me atende. Pede para os assessores dele, que são servidores do município, muitos deles aposentados, que retornaram à ativa para auxiliar, e estão entrando em cada pirambeira a ajudar. É um negócio impressionante. Então, meu agradecimento público ao senhor. Parabenizar o prefeito Adiló pela indicação do secretário Lucas Suzin, que é um grande trabalhador e merece o respeito, e merece ainda mais disponibilidade de verba para conseguir mudar a realidade desta cidade. De imediato, vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Muito obrigada, vereador Claudio. Eu quero me somar a essa sua parabenização ao secretário Lucas Suzin que, de fato, é um secretário que está disposto a nos chamar junto para ver. Não importa que a gente é de oposição.
VEREADOR TENENTE CRISTIANO BECKER DA SILVA (PRD): Peço um aparte.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): O importante é o benefício que aquela obra vai levar à comunidade. É isso que está sendo priorizado na Secretaria de Obras e é justamente isso que a gente precisa que seja priorizado em todas as secretarias: as necessidades reais das nossas comunidades; e não a vontade ou o bem querer de cada um dos secretários ou vereadores, e, sim, as necessidades das pessoas que estão sendo priorizadas agora pela Secretaria de Obras.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): Um aparte.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): E é justamente isso, a gente não espera ouvir um “sim” em todas as situações. A gente só não quer ouvir “sim” se a resposta for “não”.
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Um aparte, se possível, vereador.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): A gente quer a sinceridade para poder inclusive nos programar, para poder inclusive dar as melhores respostas à comunidade. Então, nesse sentido, a Secretaria de Obras tem sido muito parceira. Muito obrigada.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Eu que agradeço. Vereador Cristiano, de imediato.
VEREADOR TENENTE CRISTIANO BECKER DA SILVA (PRD): Muito obrigado. E quero parabenizá-lo pelo reconhecimento também, pela sua humildade, vereador Claudio Libardi, que é o que o senhor tem trazido para dentro desta Casa, com respeito a todos os colegas, como tem sido desde o primeiro dia. Tenho extrema admiração e respeito quando o senhor traz qualquer pauta para esta Casa, serei sempre, e sempre que possível o apoiarei nas suas demandas nesta Casa. E também lembrar em questão a relação ao secretário Lucas Suzin, parabenizar o prefeito Adiló pela escolha. Vereador Lucas Suzin, por vezes, que eu já vi, nos seus finais de semana, no descanso do seu lar, sair e ir atender a demandas ou pedidos desta Câmara de Vereadores, dos nossos vereadores ou da comunidade de Caxias do Sul. Então, parabéns pela pauta que o senhor traz para esta Casa hoje, mais uma vez, vereador Claudio Libardi.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Obrigado pela gentileza. Vereadora Sandra.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): É, realmente, concordo contigo, vereador. O Lucas Suzin, o secretário, sempre nos atendeu muito bem e ele resolveu problemas históricos em Forqueta, coisas que levaram 20 anos, ele está resolvendo agora. Então, a gente tem que dar os parabéns e realmente dizer que ele está fazendo acontecer. E é isso que a gente precisa: mais secretários assim.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Verdade. Obrigado pela gentileza. Ramon.
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Vereador Claudio Libardi, parabéns por trazer essa pauta. E o que eu queria dizer é que é isso que a gente espera de todos os secretários. Que o atual secretário Lucas Suzin seja um exemplo a ser seguido, embora tenha pouca idade, mas tenha muita competência. Porque eu vejo muitos secretários que nem respondem a estes vereadores. Então, se nós não somos respondidos, imagina a população. Muito obrigado.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Eu que agradeço. Para finalizar, eu tenho me focado nesse último período nos principais problemas econômicos que eu vejo no futuro do município. Tratei do caso do Magnabosco; tratei da questão relativa ao novo Magnabosco, que é a Visate; queria tratar dos aluguéis, aproveitar a deixa da vereadora Daiane nessa oportunidade. Nós temos um contrato, vereadora Daiane, que é o mais antigo contrato de aluguel do nosso município, que é o local utilizado pela Guarda Municipal. Foi expendido R$ 842 mil em aluguel na sede da Guarda Municipal. O município tem diversos imóveis, poderia ter construído uma grande sede. Tenho certeza de que não atende a segurança, aquele imóvel, em razão da necessidade de guardar as armas. Então, são questões que nós vamos aprofundar no próximo período para tratar de onde está indo o dinheiro do município. Porque esse que é destinado a 54 imóveis de aluguel pode ser reutilizado para construção ou para que haja a dação de alguns imóveis do município por esses que são alugados. Então, vamos fazer um Pedido de Informações pela bancada do PCdoB, convidar a senhora também para se somar a isso, para que nós possamos conversar sobre o que é utilizado e o que é pago e nem utilizado é. Muito obrigado, presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Presidente, nobres colegas, você que nos assiste, em especial a minha santa mãezinha que está aqui hoje. Falando a respeito do que o vereador Claudio Libardi falou, então, aqui, este vereador fez uma Indicação nº 238, se a TV Câmara puder dar um zoom aqui, solicitando a criação de um local específico para a nossa Guarda Municipal. Senhores, a Guarda Municipal é algo permanente no nosso município. Não existe a possibilidade de ela ser extinta. Então, com a minha pouca experiência, eu acredito que este aluguel que está sendo pago é dinheiro colocado fora. Obviamente, é dinheiro colocado fora. E aqui o vereador Claudio Libardi trouxe o dado de R$ 842 mil. Será que nós não poderíamos ter construído uma sede para a Guarda Municipal? A sede atual da Guarda Municipal não atende! Não atende os servidores, estão em condições insalubres, e não tem voz. Não tinham. Aqui, era somente o vereador Bortola que falava, agora somos muitos. Então, qual é a dificuldade do secretário de Segurança Pública achar outro local ou solicitar para construir uma nova sede? Pelo amor de Deus! Não sei se todos os senhores sabem, mas teve um Guarda Municipal que já teve um dedo amputado. Estava fazendo a conferência de viaturas na rua, porque não tem um local específico, as viaturas são estacionadas em frente à Guarda Municipal, na rua. Estava o servidor... É dia de chuva, é dia de sol, estão lá fazendo a conferência de viaturas, e o servidor perdeu a ponta do dedo. Teve um dedo amputado em ato de serviço. O que está faltando para o secretário encontrar um local adequado? Eu fiz uma sugestão: Vamos fazer lá nos Pavilhões da Festa da Uva. Outros deram outras sugestões: Maesa. Local é o que não falta. Só falta uma coisa: vontade! Falta querer fazer. Parece que está trabalhando em outra voltagem. A gente trabalha nos 220, o secretário de segurança em 110. Doze volts, parece uma viatura, não anda. Secretário, o senhor ganha R$ 18 mil por mês, vamos trabalhar, meu amigo. Está aqui a indicação. Não vai aceitar a minha indicação, mas pelo menos responde. Até hoje não fui respondido. Se o vereador não é respondido, imagina o Seu João e a dona Maria, que estão lá sendo furtados, sendo assaltados diariamente. Outro ponto que eu fiz uma sugestão foi a respeito do nosso CIOP. Hoje nós temos um CIOP muito bonito, tem câmeras, tem televisão. Na foto fica muito bonito. No entanto, em operacionalidade, e aqui eu tenho um pouquinho de experiência, são só 14 anos de atividade militar para poder contribuir, não é operacional. O sistema é analógico. É totalmente analógico. Nós temos um guarda, um servidor, que fica lá olhando para todas as câmeras ao mesmo tempo. Isso é humanamente impossível. E aqui, mais uma vez, eu fiz uma sugestão: vamos implantar um sistema de reconhecimento facial, utilizando inteligência artificial. É humanamente impossível que um servidor fique prestando atenção em todas as câmeras do município. Pelo amor de Deus! Não consegue, mas a inteligência artificial consegue. Faz uma leitura, identificou um possível crime, comunica a viatura. Olha o que nós temos hoje, aqui no município. Nós estamos procurando uma agulha no palheiro. É isso que eu vejo. É as viaturas rodando, rodando para tentar encontrar um crime. Qual é a porcentagem de crime encontrado dessas viaturas rodando? Eu não sei se chega a 1%. Está aqui o nosso vereador Tenente Cristiano Becker, que pode falar a respeito. Eu não sei se chega a 1%, e isso é gasto de combustível, é depreciação de material – para concluir, senhor presidente –, é o servidor que fica o tempo todo apavorado, assustado, porque pode encontrar um ato. Então, qual foi a última sugestão que eu fiz? Que essas viaturas fiquem em local específico. Nos parques, gerando segurança para aquele local. E, por meio da inteligência artificial, quando identificar um crime, aí sim que essa viatura vai, atende e retorna para o local. Muito obrigado. E, secretário de segurança, por gentileza, ajude esta Câmara de Vereadores e ajude esta cidade. Muito obrigado.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Senhores vereadores, também vou falar um pouquinho, vereadora Andressa, da questão da violência contra a mulher. Já trouxemos ontem, dados, mas como foi falado, esses dois últimos incêndios em residências foi tentativa de feminicídio, tanto o que aconteceu ali no Belo Horizonte, quanto lá no bairro Fátima, com a dona Lenir. E eu quero ressaltar aqui, a reportagem do jornal Pioneiro de hoje, sobre o homem preso após 12 anos.
 
Um homem de 56 anos foi preso nesta terça-feira (22) pela Polícia Civil de Caxias do Sul 12 anos após atear fogo no corpo da companheira enquanto ela estava dormindo. Ele foi localizado no bairro Pio X pelos policiais civis. 
Ele tinha uma ordem de prisão expedida pela 1ª Vara Criminal pelo crime de homicídio qualificado tentado perpetrado em janeiro de 2013, no bairro Planalto. Na época do crime, o termo feminicídio ainda não era utilizado.
No dia do crime, o homem ateou fogo ao corpo da companheira, que teve lesões no peito, rosto e braços, mas sobreviveu. Ela ficou com cerca de 15% do corpo queimado e foi socorrida por vizinhos. 
 
(Fonte: Jornal Pioneiro)
 
Então, ele tinha recorrido da sentença em liberdade. Então, isso é aquilo que a gente fala. A gente tem que perpetuar o assunto aqui na Câmara de Vereadores para que as coisas realmente aconteçam. E agora, eu estava até verificando um vídeo do governador Eduardo Leite, no qual eu estava aguardando um anúncio que parece que vem amanhã ainda, porque nesse vídeo dele, ele não fala explícito, mas ontem teve uma reportagem na RBS sobre algumas coisas que o governo do Estado vai fazer em relação a isso. Um aplicativo para que as mulheres não precisem se direcionar até a delegacia e tudo mais. Estava ansiosa por esse anúncio, não aconteceu, mas a gente fica aqui debatendo sobre o assunto. Precisamos, sim, de uma punição mais severa, de um monitoramento aos agressores, um ambiente mais seguro e um estímulo às denúncias, mas principalmente uma mudança na nossa sociedade como um todo. Um trabalho, realmente... Daqui a pouco com as escolas, com as nossas crianças, com os nossos jovens, mas com uma Secretaria de Segurança que cuida da Coordenadoria da Mulher. Com esse apoio mínimo, minúsculo, em questão de recursos, é bem difícil, mas a nossa cidade precisa. Precisamos cobrar dos órgãos de segurança do município, precisamos cobrar uma Coordenadoria da Mulher ativa e presente na nossa sociedade, para que as coisas mudem e a gente continue perpetuando essa questão de... Para que as coisas não se perpetuem, a questão da violência contra a mulher. Era isso o que eu queria falar agora. Muito obrigada.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR TENENTE CRISTIANO BECKER DA SILVA (PRD): Senhora Presidente e nobres colegas. Hoje eu não poderia... Quero primeiro parabenizar a senhora pelo... Só... Nos ajudar aqui. (Manifestação sem uso do microfone.) Senhora presidente e nobres colegas vereadores. Antes de mais nada, quero parabenizá-la pela condução dos trabalhos hoje como presidente. É uma honra estar lhe assessorando aqui como primeiro-secretário, tendo a vereadora Estela Balardin ao lado também. Eu me sinto muito envaidecido hoje, senhora presidente. Quero parabenizar também e agradecer a ajuda dos amigos aqui do Dener, que está ali no plenário e também tem nos auxiliado na condução dos trabalhos aqui desta Mesa; e o Rodrigo também, que a todo momento vem aqui, nos dá um puxão de orelha, nos mostra os caminhos que nós temos que adotar para a condução dos trabalhos desta Casa. Não poderia deixar de parabenizá-los e agradecê-los então pela relevante prestação de serviços que vocês prestam, não só a nós, mas a nossa Caxias do Sul. (Palmas) Era isso, senhora presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Peço um aparte.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Seu aparte, vereador.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Obrigado. Gostaria de seguir no tema proposto pela vereadora Daiane relativo aos aluguéis. Nós tivemos a indicação do vereador Ramon e travamos um debate interessante aqui em fevereiro, em relação a qual deveria ser o local a ser utilizado pela Guarda Municipal. Eu, com esmero, trato dos temas que tenho conhecimento; daqueles que não tenho conhecimento, costumo escutar os demais vereadores, em especial aqueles que trabalharam na Segurança Pública ou têm proximidade com a Segurança Pública. E houve um debate interessante sobre qual deveria ser o local da Guarda Municipal no próximo período. Porque com diversas saídas, tem que ter o local para guardar as armas, tem que ter o local para guardar a viatura, não é uma operação fácil de ser feita. Mas foi feito um debate nesta Casa, e o único local que não foi elencado para a Guarda Municipal estar, sabe qual era, Capitão Ramon? O atual. Exatamente. E o secretário, mesmo a gente fazendo um debate, sabe o que fez, vereadora Andressa, presidente desta Casa? Renovou o contrato. É algo impressionante. Porque, bom, nós temos aqui diversos defeitos, mas nós temos uma qualidade. O povo nos escolheu para estar aqui por ouvir eles, promover uma representação, ou por qualquer outro tipo de vínculo que leve uma pessoa a votar em outra. E de toda forma nós, no último período, tentamos fazer debates. Agora, de que servem os nossos debates? É isso que eu fico me perguntando. Nós ficamos pensando todo o tempo aqui, eu fico estudando os processos do município, fico estudando os contratos do município, fico estudando as cedências de água no município, fico estudando os passivos do município. Para quê? Para nada! Eu recebo o salário para fazer indicações ao município e para fazer fiscalização. E bom, eu faço justo o meu salário todos os meses, agora o município, infelizmente, não tem a capacidade de nos ouvir e colocar em prática. Então aqui fica o meu repúdio a essa postura de secretário de Segurança Pública, e mais do que isso, fica a minha solidariedade àqueles que atuam na Segurança Pública nesta Casa, porque se fosse um tema que eu atuasse, ia ficar profundamente preocupado. Porque, bom, tenho certeza de que o vereador Ramon estudou para isso, tenho certeza de que o vereador Cristiano estudou para isso, porque serviram as suas respectivas forças e não foram ouvidos, infelizmente, pelo secretário de Segurança Pública.
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Um aparte, se possível.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Seu aparte, vereador.
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Então, algo de errado não está certo. Se nós aqui discutimos e discutimos, e o único local que não foi discutido, que não tinha hipótese nenhuma, era a atual sede da Guarda Municipal, por que raios o secretário foi renovar o contrato? Renovaram o contrato! É só ele fazer o seguinte, nós temos dois ouvidos e uma boca: se ele ouvir, os servidores já vão saber que aquele local não, qualquer outro local da cidade, menos aquele. Muito obrigado.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Um aparte, vereadora.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Seu aparte, vereadora.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): O local atual, e quero lhe parabenizar, vereador Ramon, por trazer esse assunto, é um local muito perigoso para os servidores e servidoras que estão lá, porque é um local que guarda armas, um armamento que é responsável por garantir a segurança do nosso município, mas aquele armamento não está em segurança. Qualquer pessoa pode entrar lá e pegar, qualquer pessoa pode colocar em risco a vida daqueles servidores e servidoras que estão lá, de fato, trabalhando em condições praticamente desumanas. Um local mal arejado, um local pequeno, um local sem condições dignas de trabalho. Com as viaturas expostas ao tempo, às intempéries do tempo. Quem tem carro e nos ouve de casa sabe que se a gente deixa o carro fora da garagem por muito tempo, ele vai começar a se deteriorar, e é o que está acontecendo com as viaturas, que são patrimônio público, que são nossas, que é de todos nós. É isso que acontece com o armamento, o armamento que muitas vezes fica fora do prazo de validade; a mesma coisa acontece com a proteção, com a roupa de proteção de segurança dos servidores e servidoras da Guarda Municipal. Então, quando a gente fala da Guarda Municipal, a gente tem que falar das condições de onde a guarda está localizada atualmente, mas também as condições de trabalho, que não garantem segurança para quem nos garante segurança, e isso é algo muito sério. Muito obrigada, vereador Andressa.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada, vereadora. Seu aparte, vereador Pedro.
VEREADOR PEDRO RODRIGUES (PL): Obrigado pela gentileza, vereadora, tomando o seu tempo. Eu só queria fazer uma colocação aqui na colocação do vereador Capitão Ramon, que falou sobre as câmeras, sobre a identificação e tal, sistema de tecnologia aí de... Como é que se chama? (Manifestação sem uso do microfone.) Inteligência artificial. Só que, Capitão, já tem os contrários, que dizem que isso é [ininteligível] eletrônico. Então, veja que é bem polêmico esse assunto também. Obrigado, vereadora.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada, vereador Pedro Rodrigues.
Parla Vox Taquigrafia
Ir para o topo