O presidente do Legislativo caxiense, vereador Zé Dambrós/PSB, recebeu na tarde desta quarta-feira (18/01), a visita do pesquisador e mestre, professor Vitor Bini Teodoro, discente do Programa de Pós-Graduação em Agronegócio e Desenvolvimento da Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Campus Tupã (SP). Residente na cidade de Paraguaçu (SP), o pesquisador está ouvindo lideranças políticas e institucionais da Serra Gaúcha sobre assuntos envolvendo sua tese de doutorado, intitulada “Indicação Geográfica na vitivinicultura como estratégia para o desenvolvimento sustentável e valorização de territórios: análise da experiência ibérica (Portugal e Espanha) e da Serra Gaúcha (Estado do Rio Grande do Sul – Brasil)”. A pesquisa que acontece através da UNESP-Campus Tupã tem a colaboração da Universidade de Vigo (Espanha). 

De acordo com o pesquisador, estar em Caxias do Sul representa valorizar a herança histórica da imigração italiana que valorizou e segue na produção da uva e do vinho, alvo de seu trabalho científico diante da vitivinicultura como Indicação Geográfica. Teodoro salientou que na sua pesquisa seria imprescindível ouvir autoridades como o presidente da Câmara Municipal de Caxias do Sul.

“Devo gratidão ao presidente Zé Dambrós pela acolhida e significativo apoio em responder os questionamentos de nossa pesquisa. Queria entender em loco como a produção deste vinho de Caxias do Sul reflete no desenvolvimento da cidade e se a Indicação Geográfica (IG) promoveu melhorias para o município. Deixo Caxias do Sul com um vasto conhecimento e pronto para o desenvolvimento do trabalho proposto junto de meu orientador”, disse o professor. 

Ouvindo atentamente aos questionamentos do pesquisador, Zé Dambrós respondeu a cada pesgunta, valorizando os agricultores rurais de Caxias do Sul, principalmente pelo trabalho com o cultivo da uva e a produção do vinho.  

“Falar sobre a produção do vinho e o cultivo da nossa uva é algo que tenho feito em diversas oportunidades. Estender o progresso de nossa gente, em uma região de Indicação Geográfica no que valoriza o vinho, é reconhecer que aqui em Caxias do Sul precisamos valorizar nossos vinhos e defendê-los, buscando um olhar próprio para a comercialização do que temos de melhor da nossa terra”, completou.    

Conforme informações da Embrapa Uva e Vinho, o reconhecimento de Indicações Geográficas de vinhos brasileiros estabeleceu um novo capítulo da vitivinicultura nacional, valorizando produtos tradicionais de determinados territórios, como a Serra Gaúcha. As Indicações Geográficas identificam vinhos originários de uma área geográfica delimitada quando determinada qualidade, reputação ou outra característica são essencialmente atribuídas a essa origem geográfica. No Brasil, existem duas modalidades de Indicações Geográficas: a Indicação de Procedência (IP) e a Denominação de Origem (DO). A IP se aplica às regiões que se tornaram reconhecidas na produção de vinhos. Já na DO, os vinhos apresentam qualidades ou características que se devem essencialmente ao meio geográfico, incluídos os fatores naturais e os fatores humanos.