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Comissão de Saúde recebe proposta para pôr fim à greve dos médicos do SUS

O sindicato da categoria quer abono de 55% sobre o vencimento básico


A suspensão imediata da greve de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) de Caxias do Sul depende da concessão de abono de 55% à categoria. Na tarde desta terça-feira (21/06), na sede do sindicato da categoria, o presidente da entidade, Marlonei dos Santos, recebeu o vereador-presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal, Renato Oliveira/PCdoB, que previamente havia sido convidado por ele, para auxiliar, na mediação das tratativas com a prefeitura. Marlonei entregou um documento para ser repassado ao Executivo. A paralisação já dura mais de dois meses.

De acordo com Renato, uma cópia do texto já foi entregue a todos os parlamentares da Casa. Além disso, a líder do governo, vereadora Geni Peteffi/PMDB, garantiu que tentará agendar audiência com a prefeitura, a fim de que o presidente da Comissão de Saúde faça o encaminhamento da proposta.

Três itens compõem o documento. Além de suspender por 12 meses a reivindicação pela adoção do piso nacional dos médicos, de R$ 9.188,22, a categoria propõe a ativação da comissão paritária entre a prefeitura e o sindicato, para a discussão do plano de cargos e de carreira e da jornada de trabalho. A entidade também requer a concessão, por parte da prefeitura, de abono de 55% sobre o vencimento básico, hoje de cerca de R$ 2,2 mil. Marlonei explicou que, no postão 24 horas, vigora gratificação de 20%, como determina a lei municipal 181/2002.

Segundo o presidente do sindicato, a partir de amanhã, as emergências do postão 24 horas contarão com atendimento de 100% do efetivo médico, conforme prevê recente determinação judicial. No restante das unidades, a demanda será atendida por 50% do corpo funcional, detalhou.

Marlonei disse que está recorrendo contra a decisão da Justiça, que impetrou multa de R$ 220 mil ao sindicato, pelo não cumprimento da carga horária mínima diária, em algumas unidades de saúde. Ele admitiu que, mesmo antes da atual greve, os médicos já atendiam por meio do preenchimento diário de cotas de consultas. Para ele, esse número de prestações de serviço é de comum acordo com a prefeitura.

O sindicalista afirmou ainda seguir aguardando por uma contraproposta do Executivo, a fim de interromper o processo de greve.

Além do presidente Renato, compõem a Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara os vereadores Ana Corso/PT, Arlindo Bandeira/PP, Denise Pessôa/PT e Gustavo Toigo/PDT.

21/06/2011 - 18:34
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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