O vereador Rafael Bueno/PDT repercutiu, na sessão ordinária do Legislativo caxiense desta terça-feira (29/03), a situação da educação no município. O pedetista detalhou reportagem do Jornal Pioneiro desta semana, a qual aponta falta de 318 vagas nas escolas da rede pública de Caxias do Sul, sendo 183 na Educação Infantil e 135 no primeiro ano do Ensino Fundamental. Para Bueno, é preciso maior diálogo e acréscimo de profissionais para atender essas demandas, além de outras ações que devem ser tomadas.

"Ainda que a Smed (Secretaria Municipal da Educação), a Central de Matrículas e a 4ª CRE se dediquem em soluções para a falta de vagas, o maior gargalo são as esperas por transferência. São 991 estudantes aguardando mudança de escola no Ensino Fundamental e 188 no Ensino Médio", destacou Bueno, estimando que mais de 50% desses estudantes não estariam frequentando as aulas pela distância e pela dificuldade de pais e responsáveis assumirem tal tarefa.

Bueno exemplificou como esse cenário tem se desenvolvido na cidade. "A maioria dessas crianças mora no bairro Cristo Redentor e conseguiu vaga no Desvio Rizzo ou se mudou durante esse período de inscrição, mora lá em Galópolis e conseguiu vaga em Ana Rech. Vejam a dificuldade", ilustrou.

Para o parlamentar, cada dia que uma criança deixa de ir para a escola é um dia a menos para a alfabetização. Imagine, disse ele, que essas crianças passaram o período da pandemia, dois anos, sem estudar. "Faço um apelo porque, na época que era para fazer as inscrições, o que aconteceu? Deram férias para os coordenadores da Smed, quando poderiam tirar férias em junho, julho, agosto. Agora, bem no período de matrículas, não é possível aceitar. Aproveito para parabenizar a Taís, da Central de Matrículas, representando o Estado, que sempre atendeu muito bem esta Câmara de Vereadores, e tem feito um ótimo trabalho", elogiou o pedetista.

Ao somar a falta de vagas com quem estaria esperando transferências seriam mais de 1.500 alunos fora da escola, calculou o vereador. "Já faz quase um mês e meio depois que as aulas já se iniciaram e outros 20 dias após a reunião em que foi prometido que já estaria solucionado o problema, mas não adiantou nada".

Por fim, o parlamentar pediu apoio e deixou uma sugestão à secretária municipal da Educação, Sandra Negrini: "Já que a secretária disse que não está achando salas, não está achando espaços para locar, peço que converse com os vereadores, converse com a comunidade, porque todo bairro tem um centro comunitário. Se precisar colocar no centro comunitário, tenho certeza que será cedido para abrir salas de aula, neste momento".