Para homenagear o Dia internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, lembrado em 25 de julho (domingo), a Câmara Municipal de Caxias do Sul lança a exposição virtual Mulheres Negras Importam. A iniciativa é da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC), presidida pela vereadora Estela Balardin/PT, em parceria com a Assessoria de Comunicação Social da Casa, incluindo a TV Câmara Caxias (canal 16 da NET).

A mostra conta com fotos de 20 mulheres negras que residem em Caxias do Sul e uma breve biografia de cada uma delas (CONFIRA MATÉRIA COMPLETA AQUI). Segundo a parlamentar, a exibição tem o objetivo de apresentar a história das fotografadas e dar espaço às mulheres negras que, muitas vezes, passam despercebidas, mas que são fundamentais para a construção de uma cidade melhor.

No grande expediente, em plenário, na sessão ordinária desta quinta-feira (22/07), a vereadora expôs informações a respeito da população de negras no Brasil, que, atualmente, corresponde a 25% do total de habitantes do país. Ou seja, são em torno de 50 milhões de mulheres negras brasileiras. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelos quais as mulheres negras estão na base da pirâmide social, com salários menores e ocupando postos de trabalho precários.

De acordo com a parlamentar, está claro que o racismo é estrutural. “Evidencia que não se trata de ideologia, mas, sim, de algo concreto”, destacou Estela. Ela acrescentou que a exposição pretende reforçar que o Legislativo caxiense está de portas abertas e valoriza essas mulheres.

Todos os ensaios foram realizados voluntariamente, pela estudante de Fotografia Dora Erguy. Para a fotógrafa, o trabalho se torna essencial, ao dar visibilidade às particularidades de cada uma das mulheres. “Foi extremamente emocionante fazer essa exposição e conhecer todas essas histórias e projetos. Foi um aprendizado que quero levar para o resto da minha vida”, relatou Dora.

Sobre a data

Em 1992, foi criado o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana. Esse grupo foi organizado para tentar reverter os dados de violência contra as mulheres negras. A partir desse encontro, nasceu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas. A Rede, junto à Organização das Nações Unidas (ONU), lutou para o reconhecimento do dia 25 de julho, como o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.

De acordo com a Fundação Cultural Palmares, no Brasil, em 2 de junho de 2014, foi instituído, por meio da lei federal 12.987 daquele ano, o dia 25 de julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando uma das principais mulheres, símbolo de resistência e liderança na luta contra a escravização.

A exposição

No álbum, ao final da matéria, você confere todas as fotografias da exposição Mulheres Negras Importam. A TV Câmara também preparou um vídeo com a exibição, clique aqui.