Para marcar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 02 de abril, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal realizou, na última quinta-feira (01/04), um painel virtual sobre as conquistas e os desafios de políticas públicas para pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA). O encontro virtual ocorreu pela página do Facebook do Legislativo Caxiense, com apoio da bancada do PSDB.

Participaram do debate, a neuropsicóloga, Milena Bugs Antunes, e a coordenadora municipal de acessibilidade, Lucélia Amaral. O painel foi mediado pelo vereador Olmir Cadore/PSDB, representante da Comissão, e pelas vereadoras Marisol Santos/PSDB e Tatiane Frizzo/PSDB, todos integrantes da bancada tucana. 

Após as considerações iniciais, a vereadora Marisol Santos destacou a importância da inclusão dos autistas nas escolas. “Muitas vezes a rede de ensino não está preparada para absorver. Não são casos generalizados. Mas, infelizmente, muitas famílias que estão em busca de atendimento especializado, encontram dificuldade para pessoas com TEA. Eu entendo que nós precisamos ampliar a oferta de ensino.”, destacou.

Já a neuropsicóloga explicou as características de pessoas com TEA. Milena salientou que os distúrbios são, geralmente, associados à deficiente interação e comunicação social. “O principal sintoma que as famílias observam é o atraso de linguagem. Isso não quer dizer que todo atraso de fala seja caracterizado como autismo, mas é um sinal de alerta, é preciso uma avaliação. Outro sinal que percebemos, especialmente em crianças da primeira infância, é a falta de interação delas com outras, da mesma faixa etária. Esses são os sintomas mais visíveis.”, salientou.

Conforme a coordenadora de acessibilidade, desde 2012 o autismo é considerado uma deficiência, com os mesmos direitos das demais. Lucélia ressaltou a importância de políticas públicas, como a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). “A identificação é muito necessária, porque muitas vezes a deficiência não é visível. A gente precisa de um instrumento que realmente identifique. A carteirinha para os autistas é uma lei, que foi promulgada em 2020, com base na legislação de Berenice Piana, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro Autista.”, explicou.

Durante sua fala, Olmir Cadore se solidarizou com a causa. O vereador demonstrou apoio por políticas públicas inclusivas para pessoas com TEA. “Eu sou um aliado na luta pelos direitos e pela qualidade de atendimento aos autistas, pois precisamos de excelência na prestação de serviços para essa significativa parcela da população.”, pontuou Cadore.

De acordo com Tatiane Frizzo, é preciso que a sociedade tenha mais empatia e menos julgamento sobre assuntos relacionados ao autismo. Também é necessário desmitificar o tema, com auxílio da comunidade. “Precisamos que as pessoas tenham o olhar humanitário a respeito do autismo. É de extrema importância termos também atendimento multidisciplinar, a fim de dar atenção especial aos autistas e às famílias.”, reforçou.

Além de Cadore, integram a Comissão de Saúde e Meio Ambiente os vereadores: Adriano Bressan/PTB, Zé Dambrós/PSB, Renato Oliveira/PCdoB e Rafael Bueno/PDT, presidente do grupo parlamentar.

Texto: Jornalista Douglas Barreto - MTB 18.418