A proposta de orientar a produção jornalística, no âmbito do Legislativo caxiense, está no livro Legislar e Informar: A Formação Histórica das Atividades de Comunicação Social no Parlamento de Caxias do Sul (1965-2020). Organizada pelo historiador Eduardo Reis, pelo jornalista Fábio Rausch e pelo relações públicas Denerlei Antonioli, a obra contém 87 páginas e se divide entre um perfil histórico do setor, no âmbito da Casa, e fundamentos técnicos para a redação de textos jornalísticos.

O lançamento oficial do livro aconteceu nesta semana, em atividade com assessores políticos do Parlamento, na Sala das Comissões Vereadora Geni Peteffi. O ato contou Danúbia Boeira dos Santos Verza (diretora-geral em 2020), Fernanda Paglioli (diretora-geral em 2021), Antonioli (chefe do setor em 2020) e Tales Armiliato (chefe do setor em 2021).

O projeto, a pesquisa, a redação e a edição da obra deram-se ao longo de 2020, com a impressão de 500 exemplares no início de janeiro de 2021. A publicação também ficará disponível em formato e-book, no site institucional (www.camaracaxias.rs.gov.br). Assinada pelo presidente do ano passado, vereador Ricardo Daneluz, a apresentação do livro deixa clara a intenção de documentar procedimentos teóricos e técnicos, os quais dialogam com a profissionalização do trabalho de comunicação legislativa.

No final dos anos 1950, o então jornalista Jimmy Rodrigues, que dá nome ao estúdio da TV Câmara Caxias (canal 16 da NET), elaborava as atas legislativas, uma espécie de resumo, para posterior arquivo. Na década seguinte, o Legislativo procedeu à criação do primeiro cargo de assistente de imprensa. Seguiram-se o Jornal da Câmara, o site institucional, o serviço de e-mail, o canal televisivo próprio.

O Parlamento caxiense estruturou uma Assessoria de Comunicação Social, com assessorias de imprensa e relações públicas, departamento de TV (editorial e técnico) e lotou as figuras dos servidores de provimento efetivo jornalista e relações públicas. O setor está adequado às redes sociais, às transmissões em lives. “Tamanho aparato tem servido para tornar a instituição, cada vez mais, transparente e informativa. Independentemente de siglas partidárias ou vieses ideológicos, todo vereador respeita o conteúdo produzido, pois o que prevalece é a informação de interesse público”, escreveu Daneluz.

Tecnicamente, profissionais do Jornalismo e assessorias parlamentares passam a contar com tópicos norteadores, para breves consultas, durante a redação e a edição de textos jornalísticos. Entre outros pontos, o livro contempla: conceitos do campo; tipos de leads; regras e critérios para comunicações; ortografia brasileira; estudo da crase; uso de numerais; glossário de assessoria de comunicação; exemplos de tipos de matérias jornalísticas já publicadas no site institucional; referencial bibliográfico para aprofundamentos no tema.