O trabalho do Conselho Tutelar em Caxias do Sul foi o tema abordado pelo vereador Elisandro Fiuza/Republicanos, durante o espaço do Grande Expediente, na sessão ordinária desta quinta-feira (04/02). Fiuza destacou que, muitas vezes, os conselheiros tutelares do município não são compreendidos. Para ajudar no entendimento do trabalho desses profissionais que, carinhosamente, são chamados de “heróis” por Fiuza, o parlamentar trouxe tópicos sobre as funções de um conselheiro.

Um ponto apontado por Fiuza é a função deles. Segundo a Lei Federal 8.069, de 1990, citada pelo vereador, o Conselho Tutelar é um órgão permanente e autônomo, encarregado pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.

As dificuldades que um conselheiro tutelar tem ao receber uma denúncia de abusos e/ou negligências também foram destacadas por Fiuza. A abordagem às famílias pode ter certo risco para os profissionais, já que não sabem qual realidade vão encontrar. “É importante a nossa Guarda Municipal e a Brigada Militar sempre estarem dispostas a fazer esse trabalho junto com os conselheiros”, sugeriu o parlamentar, solicitando a ajuda dos órgãos para que os profissionais possam exercer a atividade de forma adequada e segura.

O vereador Juliano Valim/PSD elogiou a atitude de Fiuza, lamentando que são as crianças que acabam pagando pela negligência dos familiares.

Fiuza ainda repercutiu o caso de um menino de 11 anos que foi amarrado pela família em um latão, na cidade de Campinas (SP). Segundo os pais do menino, a violência foi para “corrigir atitudes” da criança. O vereador caxiense repudiou firmemente o caso.

Lucas Caregnato/PT, que é professor por formação, destacou que as escolas também têm trabalho fundamental e necessário nos cuidados às crianças e aos adolescentes. Olmir Cadore/PSDB também manifestou seu apoio à fala do republicano.

Atualmente, Caxias do Sul tem dois Conselhos Tutelares (Zona Norte e Zona Sul). Entretanto, segundo Fiuza, uma cidade do tamanho de Caxias não pode ter apenas duas unidades. “Junto ao Executivo, vamos trazer esse anseio para a ampliação de, ao menos, mais um Conselho Tutelar”, disse.

Ao final de sua manifestação, o parlamentar leu comentários maldosos sobre o órgão que são colocados nas redes sociais. Na opinião de Fiuza, isso leva a uma reflexão. “As pessoas que falam sem entender o assunto, às vezes, não têm o conhecimento sobre o que esses conselheiros tutelares sofrem no dia a dia para poder proteger as nossas crianças e adolescentes”, finalizou.