Uma possível volta às aulas presenciais, em Caxias do Sul, foi criticada pelo vereador Alberto Meneguzzi/PSB, na sessão ordinária desta terça-feira (18/08). Ele fez um apelo ao prefeito Flavio Cassina, para que não autorizasse o retorno antes que se construísse um protocolo rigoroso. Segundo o parlamentar, esse é um pedido da grande maioria dos estudantes, professores e servidores. Um documento assinado por diretores de 81 escolas da cidade reitera essa posição.

O parlamentar apontou a falta de estrutura física e de pessoal para receber os alunos, apresentando exemplos de outros países que retornaram às aulas precipitadamente e agora enfrentam uma nova onda de contaminação por Covid-19. Destacou que nenhum profissional está se negando a trabalhar e frisou que o teletrabalho tem aumentado a carga horária dos professores.

A respeito dos números de casos ativos de coronavírus no município e internações, Meneguzzi ponderou que, embora tenha havido estabilização, ela ocorreu em um nível muito alto. Cobrou responsabilidade da população, citando casos de grades aglomerações em praças, parques e festas clandestinas. Pontuou que a fiscalização realizada pela prefeitura é tímida e insuficiente.

Em aparte, Denise Pessôa/PT se posicionou contrária ao retorno às aulas. Disse que não há como fazer distanciamento controlado com crianças e responsabilizar professores por essa função. Gustavo Toigo/PDT salientou pouca confiança no controle da pandemia e que as aulas presenciais só devem ocorrer com um protocolo forte, organizado e uniforme.

Alberto Meneguzzi ainda abordou o surto de Covid-19, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Esplanada, onde 33 servidores, o que representa 60% do efetivo, testaram positivo para o vírus. O socialista defendeu a testagem de todos os servidores e o afastamento de 14 dias. Ressaltou que os funcionários não podem ser responsabilizados.