O vereador Rafael Bueno/PDT utilizou a tribuna na sessão ordinária desta terça-feira (21/07), do Legislativo caxiense, para repercutir o conteúdo do seu Pedido de Informações feito junto à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) referente às listas de esperas para consultas, exames e cirurgias. O assunto também foi tema de reportagem publicada pelo Jornal Pioneiro de hoje. A partir da resposta do Pedido de Informações, Bueno revelou números que classificou como alarmantes, com filas de espera por cirurgias eletivas de 4,3 mil pessoas, de exames, de 17,4 mil, e 42 mil aguardando uma primeira consulta. Os casos somam quase 64 mil pacientes sem algum atendimento atualmente na cidade.

Bueno elogiou que a SMS planeja realizar um mutirão de atendimento a partir de 1º de agosto. Mas lamentou, por exemplo, a falta de anestésicos, assim como a fila de espera de mais de 5 mil pessoas para primeira consulta em saúde mental. Na oftalmologia, atualmente são quase 7 mil pacientes para o primeiro atendimento, na dermatologia, 3 mil, e na angiologia, 4,3 mil. 

"Acredito que não seja apenas um discurso do secretário de Saúde, mas que o mutirão realmente aconteça, com consultas, exames e cirurgias", destacou.

O parlamentar chamou a atenção o caso das crianças em espera. Para fazer uma ressonância magnética, 3.236 crianças aguardam o exame, com previsão de quase um ano para a realização.

O parlamentar enfatizou que os problemas estão se agravando e que a SMS tem que tomar uma atitude drástica.

"É preciso se chegar a um encaminhamento final que é a cirurgia, talvez, lamentavelmente muitos não terão esse atendimento", lamentou o vereador, que é presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente do Legislativo.

Outra demanda salientada por Bueno diz respeito à luta pelo término das obras de ampliação do Hospital Geral, que trará mais de 130 leitos para os 49 municípios de abrangência, atendendo a mais de um milhão de pessoas.

O pedetista, que fazia os mesmos Pedidos de Informações referentes à saúde no governo municipal anterior (cassado), disse que irá manter a postura:

"Nós podemos mais deixar pessoas sofrendo e aguardando em intermináveis filas de espera."