O novo formato de policiamento comunitário implantado na cidade ficou melhor conhecido na manhã desta segunda-feira (11/05), durante reunião da Comissão de Segurança Pública e Proteção Social (CSPPS) da Câmara Municipal de Caxias do Sul. Em encontro no Legislativo caxiense, coordenado pela presidente do grupo parlamentar, vereadora Paula Ioris/PSDB, o tenente-coronel Jorge Emerson Ribas de Lima, comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), informou como vem funcionando o efetivo voltado ao novo modelo, que soma 10 policiais ligados a duas companhias do 12º BPM e atende dentro das condições atuais da BM.

Também participaram do encontro o subcomandante do 12º BPM, major Diego Soccol, o secretário municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS), Hernest Larrat dos Santos Júnior, e os vereadores Adiló Didomenico/PSDB e Velocino Uez/PTB. Além da presidente Paula, de Adiló e de Velocino, integram a CSPPS os parlamentares Gladis Frizzo/MDB e Rodrigo Beltrão/PSB. Por causa da pandemia do coronavírus, o público pôde participar a distância, com perguntas feitas pelo aplicativo WhatsApp, e acompanhar a transmissão pela TV Câmara Caxias ou pelas redes sociais.

Ao abrir o encontro, Paula Ioris explicou que a chamada Caravana de Segurança e Cidadania, promovida pela CSPPS nos bairros, precisou ser adaptada à realidade permitida pelas ações de prevenção ao coronavírus, ou seja, sem aglomerações de público. Nesse sentido, iniciativas como esta da explanação sobre o Policiamento Comunitário precisou ser viabilizada com a participação de forma virtual.

Modelo atual

Ribas e Soccol valorizaram o Policiamento Comunitário na sua essência e explicaram que o novo modelo está em atividade há cerca de um mês e sendo bem recebido pela população. “É uma estratégia institucional e uma filosofia. Sua diferença, desde 2012, quando iniciou, até agora é que, hoje, não tem mais a obrigatoriedade de o policial morar no núcleo comunitário”, esclarece Ribas. O comandante do 12º BPM ressalta, entretanto, que ainda há a presença do brigadiano nesses moldes no interior de Caxias do Sul (distritos de Fazenda Souza, Santa Lúcia do Piaí, Vila Seca, Criúva, localidade de São Jorge da Mulada, Vila Cristina e região administrativa de Galópolis).

Quanto ao novo formato, Ribas informa que, dentro das condições estruturais, orçamento atual do governo estadual para a Segurança e rotina da Brigada Militar, 10 policiais estão voltados ao Policiamento Comunitário na área urbana. O objetivo é dar ênfase à prevenção. Para isso, já começaram a contatar com lideranças de bairro e a fazer visitas à comunidade, ao comércio e farão também às escolas, quando voltarem a funcionar. Cinco policiais estão ligados à 1ª Companhia, no atendimento às regiões Leste e Centro; e outros cinco à 2ª Companhia, atendendo às regiões Oeste, Norte e Sul.  “Iniciamos há alguns dias de maneira discreta e, agora, estamos anunciando, pois é importante que a comunidade saiba”, ressaltou Ribas, acrescentando que a cidade também dispõe de uma base móvel que se deslocará por seis pontos da cidade, em alguns turnos. Consiste em um micro-ônibus usado na Operação Golfinho e que agora está em Caxias.

Ainda sobre o Policiamento Comunitário, o subcomandante Diego Soccol reforçou que os distritos da área rural sempre estiveram assistidos por essa modalidade e, na região urbana, a ajuda das lideranças comunitárias é fundamental. “Atuamos muito com os presidentes de bairro. Também temos os fones funcionais disponíveis para contato. Ainda não iniciamos as reuniões comunitárias por causa da pandemia. Mas já estamos vendo que a aceitabilidade da população é excelente”, registra o subcomandante.

Os telefones divulgados pelos representares da BM para contato com a Patrulha Comunitária são: (54) 98416-1072 (regiões Centro e Leste); e (54) 98432-8898 (regiões Oeste, Norte e Sul). Também divulgaram o Disk Denúncia (Inteligência da BM): (54) 98414-1178; e reforçaram que, para urgência e emergência, as pessoas devem ligar no fone 190.

Trabalho integrado

Os vereadores Adiló e Uez destacaram positivamente a retomada do Policiamento Comunitário. Na opinião do tucano, é necessária rapidez na garantia de proteção à comunidade e avanços no Sistema Integrado de Monitoramento da cidade. Uez entende relevante ter um cronograma de passagem e atendimento desse perfil de patrulha nos bairros. À frente da SMSPPS, Santos Júnior considera necessário um equilíbrio entre ações de repressão e prevenção. Diante do novo formato do Policiamento Comunitário, informa que a pasta está disponível para colaborar. O secretário acrescentou que o município está com operações em andamento, como Centro Seguro e Nômade. Ele também defendeu o trabalho de parceria entre unidades de segurança.

De acordo com Ribas, atualmente, o efetivo da BM na cidade está em 360 policiais e, nos últimos anos, os índices de homicídios e roubos de veículos, por exemplo, têm reduzido. Na avaliação do comandante, o trabalho conjunto de gestão de dados e a integração entre órgãos públicos, alinhadas no Programa Avante (da inteligência), vem contribuindo para a redução dos índices.  

Diversas perguntas da comunidade foram respondidas pelos convidados. A presidente da CSPPS, vereadora Paula Ioris, destacou a relevância do Policiamento Comunitário no dia a dia das pessoas e reafirmou sua defesa em torno de uma atuação integrada em benefício dos cidadãos. “Segurança se faz de forma conjunta”, frisou a parlamentar tucana. Paula adiantou que a próxima atividade da Comissão, dentro da Caravana de Segurança e Cidadania, deverá abranger uma explanação da prefeitura em torno das ações da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social.