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Procuradoria da Mulher prestigia palestra sobre feminicídio na FSG

A vereadora Denise Pessôa pediu ressignificação das relações de gênero


O coro comum pela ressignificação de gênero, em combate ao feminicídio, foi feito pela Procuradoria Especial da Mulher do Legislativo caxiense, a partir da vereadora-procuradora Denise Pessôa/PT. Ela se manifestou antes da aula integrada das Ciências Sociais e Jurídicas, Comunicação e Psicologia, no Teatro do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG). A parlamentar afirmou que a escolha da temática se mostrou necessária, num momento em que, no Brasil, há, pelo menos, 13 mortes violentas de mulheres por dia, conforme o Atlas da Violência 2018. Centenas de pessoas prestigiaram a atividade de hoje.

Sob a mediação da professora Adriana Antunes, pronunciaram-se os professores Márcia Veiga da Silva e Robledo Luza, além do promotor de Justiça Gilson Borguedulff Medeiros. Os oradores partiram da premissa de que a criação da figura jurídica do feminícidio trouxe a compreensão de que a morte de mulheres, pelo fato de serem mulheres, difere de outros assassinatos.

Márcia trouxe experiências de campo em redações de veículos jornalísticos. Verificou que, para ascender em funções de liderança, mulheres precisam adotar comportamentos de estereótipo masculino, como rigor comportamental. Luza atentou que mulheres costumam ser mais bem resolvidas em traços femininos do que homens nas nuances masculinas. Ele também se mostrou preocupado com o tecido de violência presente no comportamento humano, que se consolida nos ataques a mulheres.

O promotor abordou sob a perspectiva dos juris populares de tribunais e dos critérios que o cidadão comum pode ter ao julgar homicídios, por exemplo. Medeiros problematizou como homens aparentemente bem resolvidos perante a sociedade acabam descambando para a violência, no âmbito doméstico.

Entre os dados explanados pelos palestrantes, foi informado que, a cada nove minutos, no país, uma mulher é estuprada (12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2018). Pelo Mapa da Violência de 2015, a taxa de morte de mulheres negras cresceu 54%, enquanto a de brancas caiu 9,8%, no período de 2003 a 2013. Em 2017, o Grupo Gay da Bahia verificou que crimes por homofobia resultaram em mortes de 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Fazem parte, ainda, da Procuradoria Especial da Mulher as vereadoras Gladis Frizzo/MDB, Paula Ioris/PSDB e Tatiane Frizzo/Solidariedade.

11/03/2020 - 22:28
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Fábio Rausch - MTE 13.707

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