A vereadora Tatiane Frizzo/Solidariedade ocupou a tribuna da Câmara Municipal, na sessão ordinária desta quarta-feira (11/03), para trazer o debate sobre os desafios na busca por igualdade de gênero para as mulheres. Tatiane destacou os números assustadores de feminicídio e a constante busca pelas mesmas oportunidades que os homens, no mercado de trabalho.

Conforme dados do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2017, o Rio Grande do Sul registrava uma taxa de homicídios de mulheres maior do que os dados do Brasil. No Estado, são 5,1 mortes a cada 100 mil habitantes, sendo que o país registrava 4,6 por 100 mil habitantes.

Ainda segundo o SUS, em 2019, três de cada dez mulheres sofreram algum tipo de violência e quatro de dez algum tipo de assédio. No ano passado, o RS registrou 91 feminicídios (cinco em Caxias), sendo que apenas quatro vítimas continham a medida protetiva da Justiça.

Tatiane ainda apresentou o perfil das vítimas, as quais, geralmente, são mulheres com o Ensino Fundamental, brancas, jovens e até 54% delas têm cerca de 40 anos de idade. O perfil dos agressores também foi alvo de estudo, os quais seguem as mesmas características das vítimas (Ensino Fundamental, jovem e branco).

A parlamentar salientou o trabalho da Procuradoria Especial da Mulher (PEM) do Legislativo, da qual a vereadora Denise Pessôa/PT é a procuradora. Tatiane explicou que o grupo conta com a participação de todas as vereadoras da Casa e promove eventos e reuniões.

 A vereadora Tatiane apontou que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2015 a 2018, caiu o número de mulheres no topo das empresas, de 34,8% para 33,8%. Ao voltar o olhar para Caxias do Sul, as mulheres ocupam 46,6% dos cargos de gerência e chefia, em empresas/estabelecimentos.