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Flavio Cassina promete esforço para captar recursos e superar déficit de R$ 50 milhões

O novo chefe do Executivo Municipal veio expor a situação da cidade, na abertura do ano legislativo


Esforço para captar recursos e superar um déficit de R$ 50 milhões, nas contas do município, foi prometido pelo novo prefeito de Caxias do Sul, Flavio Cassina. O chefe do Executivo participou do início da sessão ordinária desta terça-feira (04/02), no plenário da Câmara Municipal, que marcou a abertura do último ano legislativo da atual XVII Legislatura (2017-2020). Em cumprimento à Lei Orgânica do Município, Cassina expôs a situação da cidade e detalhou ações de governo dos próximos meses. Na condução dos trabalhos, estava o vereador-presidente da Casa, Ricardo Daneluz.

De acordo com o prefeito, nos próximos dias, cada secretário apresentará a situação da respectiva pasta. Sustentou que, do déficit de R$ 50 milhões, a quantia de R$ 35 milhões corresponde a pendências só de 2018. Disse que, desde maio passado, dívidas com requisições de pequeno valor (RPVs) somam R$ 9 milhões. Referiu que a Secretaria da Cultura pagou contas de 2019 com o orçamento de 2020. “Teremos medidas de contenção de despesas e ações para aumentar a arrecadação”, anunciou.

O chefe do Executivo comunicou que enviará à Câmara um conjunto de projetos, sendo o que estabelece a chamada liberdade econômica o principal deles. Lembrou que a elaboração da matéria se deu no início de janeiro, quando Daneluz estava como prefeito em exercício. Destacou que dará sequência à ocupação do complexo da Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa), ao empreendimento de aeroporto em Vila Oliva e à mudança na licitação do transporte coletivo.

Quanto à Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), Cassina lamentou que a administração anterior tivesse priorizado serviços terceirizados. Contou que, nos últimos três anos, o déficit da empresa pública alcançou R$ 22 milhões, dos quais R$ 14 milhões correspondem a 2019.

O prefeito também lastimou a ampliação do número de moradores de rua, em Caxias, desde 2017. Afirmou que a margem passou de 150 pessoas em vulnerabilidade social para 700 cidadãos. Prometeu ampliar a rede de apoio.

Na saúde, Cassina pontuou que a UPA Central foi aberta às pressas pelo ex-prefeito Daniel Guerra, e sem orçamento. Salientou que a principal consequência é não ter certificação, o que impede a arrecadação mensal de R$ 850 mil, a partir de recursos do Estado e da União.

Cassina ponderou, ainda, para outro desafio: fazer com que Caxias recupere condições de saneamento básico. Segundo ele, no governo anterior, a cidade despencou do 37º lugar (2017) para 54º lugar (hoje), no ranking das cem maiores cidades do país com saneamento básico. Mencionou que o aterro sanitário Rincão das Flores comporta lixo só até o próximo mês de maio. “A Secretaria do Meio Ambiente já estabeleceu diálogo com a Fepam, no sentido de ampliar a cota, gerando espaço para mais um ano. Está fazendo projeto para garantir aumento de vida útil do aterro, em 20 anos, com investimento de R$ 35 milhões, recurso que ainda não existe”, explicou.

Ao término do seu pronunciamento, o prefeito emendou que pretende enfrentar os três mil processos que aguardam por encaminhamento, no Centro Administrativo. Admitiu que, no Meio Ambiente, há documentos com até 800 dias de atraso. “Queremos desburocratizar. Se Gramado emite uma autorização para obras em 24 horas, aqui não pode levar dez meses”, observou.

04/02/2020 - 14:58
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Fábio Rausch - MTE 13.707

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