O caos no atendimento da saúde no município tem feito os usuários sofrerem com falta de consultas, exames e cirurgias. Isso tem sido trazido à tona pelo vereador Rafael Bueno/PDT nos últimos meses devido às imensas filas que não são reduzidas pelo município. Como o caso trazido no plenário do Legislativo na sessão ordinária desta quarta-feira (07/08), ocorrido com o morador do bairro Tijucas Gilberto do Amaral Bastian, 34 anos. Ele teve a perna amputada devido a uma infecção por bactéria antes de ser devidamente atendido. Bueno também mostrou um vídeo do então vereador Daniel Guerra, hoje prefeito, no qual ele participa de audiência da Comissão de Saúde e Meio Ambiente do Legislativo, em 2014, para reclamar do atendimento cada vez mais precário para os usuários do SUS em Caxias do Sul.

Gilberto Bastian, que recentemente encontrou o vereador na UBS do bairro Tijucas e contou sua peregrinação pelo sistema de saúde, esteve no plenário nesta manhã. Bueno diz que o homem esperou tanto tempo por se submeter a uma ressonância que teve de amputar o pé antes de conseguir realizar o exame. De muletas e com lesão medular, Gilberto está precisando de prótese para a perna e aguarda por novo calvário na fila de espera. 

O parlamentar também comentou na plenária o caso de uma moradora de Caxias, que postou nas redes sociais a dificuldade de atendimento para seu filho, de cinco anos, que sofre de artrite idiopática juvenil - uma doença crônica que atinge crianças e adolescentes -, tem prioridade alta de atendimento, mas está há quase 10 meses esperando atendimento de reumatologista. A mãe, Rafaela Santos, 33 anos, moradora da Vila Ipê, mostrou documentos encaminhados pela Ouvidoria da Secretaria Municipal da Saúde informando que o menino Davi Lucas ingressou em lista de espera para consulta com o especialista em 28 de novembro de 2018 e que seria realizada em julho de 2019, mas até agora não foi chamado.

“Esses casos demonstram a má gestão da atual administração, a falência do sistema de saúde. Quando vereador, o Guerra falava de longas filas na saúde, mas hoje a situação está muito pior. Em janeiro de 2017, quando ele assumiu o governo, 3.331 pessoas aguardavam por cirurgias eletivas. Hoje, são 5.046 pessoas na mesma situação", comentou, exemplificando que para cirurgia vascular, atualmente, são mais 4.345 pacientes na fila, consultas com oftalmologista, 4.984, e com cardiologista, 2.163.

O pedetista ainda destacou que Guerra não cumpre o repasse ao Hospital Geral (HG), de R$ 4 milhões, que seriam usados para ajudar a criar quase 120 novos leitos, o que prejudica ainda mais a assistência de saúde.