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Elói Frizzo critica Reforma da Previdência em apreciação no Congresso Nacional

Parlamentar chamou a reforma de criminosa e afirmou que é prejudicial aos trabalhadores


Reforma da Previdência foi o tema do grande expediente do vereador Elói Frizzo/PSB, na sessão ordinária desta quarta-feira (10/07). O parlamentar criticou as mudanças propostas pelo Planalto, afirmando que são extremamente prejudiciais aos trabalhadores. Frizzo lembrou que, durante o governo interino de Michel Temer/MDB e após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff/PT, foi encaminhada uma reforma trabalhista. Segundo ele, a administração federal a colocou como a “salvação da lavoura” e que ela iria gerar milhões de empregos pelo Brasil e destravar o crescimento industrial.

Além disso, essa reforma trabalhista iria promover uma relação mais amistosa entre trabalhadores e patrões. Passados quase dois anos da proposição, Frizzo questiona o que restou dessa reforma. O parlamentar afirmou que o país está em plena recessão, com 20 milhões de trabalhadores desempregados.

De acordo com Frizzo, na nova “fórmula mágica” do governo de Jair Bolsonaro/PSL, liderada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a solução para os males do Brasil, é a Reforma da Previdência. Ele lamentou que a população esteja acreditando em novas mentiras, as quais, segundo ele, são patrocinadas pelas elites brasileiras que defendem seus privilégios. Frizzo destacou ainda que, no Brasil, seis pessoas jurídicas detêm mais de 50% da renda nacional, sendo que são proprietárias de diversos meios de produção.

Exaltando o partido, o parlamentar afirmou que, quando entrou em discussão a Reforma da Previdência, o PSB, de maneira madura, reuniu seu diretório nacional e apontou que algumas das propostas colocadas seriam, sem dúvida, um grande retrocesso para a nação brasileira. Ainda questionou se trabalhadores, por exemplo, do comércio, da construção civil e terceirizados, conseguiriam atingir 65 anos de idade com, no mínimo, 20 anos de contribuição para se aposentar com um salário mínimo. Para alcançar o teto de quase R$ 6 mil reais seriam necessários 41 anos de contribuição.

Frizzo falou que acompanha a vida social e que isso o faz refletir sobre algumas questões. “Na realidade, qual trabalhador, por exemplo, da construção civil consegue permanecer em um emprego só, com carteira assinada por mais de 40 anos?”, indagou. Ele se diz surpreso por perceber que setores da sociedade que serão prejudicados estão nas ruas apoiando a reforma.

Novamente em tom de pergunta, Frizzo se pronunciou dizendo não acreditar que as pessoas conseguem ser tão manipuladas pela mídia e que os grandes meios de comunicação hoje se apresentam como os fiadores dessa reforma que coloca o Brasil em um retrocesso fantástico.

O vereador citou que outras reformas deveriam acontecer, como a política, a tributária e a bancária. Para ele, há tantas outras questões fundamentais do ponto de vista de desenvolvimento para destravar o crescimento e voltar o pleno emprego.

Em aparte, Gustavo Toigo/PDT afirmou que esse assunto está na ordem do dia do país e que a reforma é péssima para a nação brasileira. Ele destacou que a propaganda do governo vende o melhor dos mundos e que o Brasil vai passar por um ciclo econômico que resolverá o problema dos 14 milhões de desempregados, porém, na sua ótica, essa é uma grande mentira colocada para a população. Segundo ele, essa é a velha política que o presidente disse que iria combater.

Frizzo finalizou dizendo que essa reforma é criminosa, porque estaria comprovado que 70% desses R$ 980 bilhões que o governo diz que em 10 anos vai recuperar na economia serão pagos pelos trabalhadores com renda de até dois salários mínimos. Segundo ele, os privilegiados vão continuar “nadando de braçada” neste país. Frizzo ainda citou que a Câmara Federal se pronunciou, informando que, se necessário, os deputados votarão a reforma no sábado e criticou dizendo que, “quando é para ferrar com os pobres, até no sábado eles trabalham”. Para o socialista, o atual governo federal é “desalmado, porque se aproveita das outras pessoas para acumular riquezas”.

 

10/07/2019 - 13:46
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861
Redator(a): Maiara Zanatta Gallon

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