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Marcha Mundial das Mulheres faz apelo de justiça no Parlamento caxiense

Representante do grupo relembrou casos de feminicídio registrados no país


Um ano após o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, o tema voltou a ser debatido no Legislativo caxiense. Na sessão ordinária desta quinta-feira (14/03), a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Scheila Xavier, ocupou espaço na tribuna, para apresentar dados da violência praticada contra mulheres, no Brasil.

Conforme ela, 117 casos de feminicídios foram registrados no Estado do Rio Grande do Sul, em 2018. Nos dois primeiros meses e meio de 2019, o país já registrou 109 ocorrências.  Scheila ressaltou, ainda, que muitas mulheres são vitimas de agressões diariamente e têm medo de prestar queixa à polícia.

Ela reiterou a importância da união do grupo contra a violência. Explicou que o feminismo é uma luta pela igualdade e diversidade sexual, e serve como estratégia contra o capitalismo racista, colonialista e patriarcal. A ativista desejou reforço do poder popular, construído por meio de formas democráticas e lineares.

A partir da tribuna da Câmara, Scheila deixou clara a oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Falou sobre a crescente presença de mulheres, no Congresso Nacional, considerada uma ponta de esperança na manutenção e na conquista de seus direitos. Entre as reivindicações da Marcha, estão: mais ações para a área da segurança pública; a defesa da aposentadoria para todos; um posicionamento contrário à Reforma da Previdência e às políticas de ajustes neoliberais.

Por fim, a manifestante falou de representatividade. Citou mulheres negras, índias, lésbicas, mães, filhas e trabalhadoras. Além do caso de Marielle, exemplos como o de Samara de Souza Pereira (encontrada morta em Flores da Cunha, após sair de uma festa em Caxias), Isabela Miranda de Oliveira (jovem de 19 anos que foi queimada pelo namorado em São Paulo), Naiara Soares Gomes, entre outras.

Scheila complementou o discurso pedindo por justiça e solução a tantos casos. “Algumas de nós morrem lutando e outras se tornam a nossa luta. Hoje eu não falo só por mim, eu represento as mulheres vítimas do feminicídio e da cultura do silêncio. Queremos viver, trabalhar, se aposentar! Justiça por todas nós, mulheres”, disse.

14/03/2019 - 15:54
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Fábio Rausch - MTE 13.707
Redator(a): Karine Zanardi

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