A parlamentar Denise Pessôa/PT utilizou a tribuna, na sessão desta quinta-feira (14/03), para relembrar a morte da vereadora Marielle Franco/PSOL, que completa um ano hoje. A parlamentar lamentou que ainda não se tenha chegado às motivações do crime e nem aos mandantes do assassinato, destacando que Marielle representava e defendia as minorias.

O atentado em Suzano/SP – ocorrido ontem (14/03) em um colégio estadual, levando à morte 10 pessoas, entre as quais, cinco estudantes – também foi tratado por Denise, que considerou o bullying como um dos possíveis motivadores do crime. A parlamentar chamou a atenção para como as escolas estão preparadas para inserir as minorias e o diferente. Ela observa que, quando alguém se sente excluído, procura grupos que o incluam e, muitas vezes, esses grupos acabam sendo propulsores da criminalidade.      

Pontos da resposta do poder Executivo acerca do requerimento 104/2018, protocolado pela petista e aprovado em plenário, também foram citados por Denise. O pedido de informações questiona o projeto de autoria do poder Executivo municipal  (nº 177/2018), o qual: “proíbe de construção, divulgação e apreciação de material que disponha sobre a ideologia de gênero e/ou identidade de gênero nas escolas municipais de Caxias do Sul".

Segundo a vereadora, as respostas da prefeitura representaram falta de unidade e direção da Secretaria Municipal da Educação. Na opinião de Denise, o município não teve clareza em responder quais seriam os malefícios que a ideologia de gênero traz às crianças, sendo subjetivo ao abordar os questionamentos. Na ótica de Denise, não tratar sobre a ideologia de gênero nas escolas provoca a evasão dos estudantes e aumenta a homofobia, o preconceito e a violência.

Para Felipe Gremelmaier/MDB, a resposta do requerimento constrange os professores e sugeriu que se anexe o pedido de informações ao projeto de lei. Na mesma linha de Denise, a vereadora Tatiane Frizzo/SD disse que existe certa confusão no conceito de ideologia de gênero e que, quando se exclui uma pauta, se provoca a evasão de quem se sente excluído.