Um alerta de que a proteção de áreas de barragens já é feita em Caxias do Sul norteou a manifestação do vereador Elói Frizzo/PSB. Na sessão ordinária desta quarta-feira (06/02), o parlamentar comentou sobre uma reportagem da edição de hoje do jornal Pioneiro. A matéria informa que o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) investirá R$ 1 milhão em plano de segurança, para as nove barragens de captação de água da cidade.

De acordo com Frizzo, porém, uma legislação nacional de 2012 ampara os planos de segurança de barragens. Salientou que, pelo menos, desde os anos 90, medidas protetivas são adotadas no município. Na ótica dele, o diretor da Divisão de Planejamento do Samae, Gerson Panarotto, ouvido pela reportagem do Pioneiro, teria faltado com a verdade, ao declarar que as ações seriam inéditas.

Para o vereador, que foi diretor-presidente do Samae, hoje, seria necessário reestruturar o entorno da represa da Maestra, sobretudo junto ao ponto pelo qual passam caminhões. Atentou que, desde as administrações do ex-prefeito Gilberto Pepe Vargas (hoje, deputado estadual pelo PT), entre 1997 e 2004, na represa São Miguel, era adotada a prática de garantir água meio metro abaixo da vazão, para evitar riscos de extravasamento.

O pronunciamento de Frizzo levou em consideração o histórico de represas que estouraram Brasil afora. Citou casos de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. Na relação com o contexto caxiense, o socialista ponderou que o perímetro urbano que se conecta com o Complexo Dal Bó também preocupa.

Nessa linha, a vereadora Denise Pessôa/PT, moradora do Bairro São José, enfatizou que, naquela região, os habitantes precisam de mais segurança. Para ela, itens daquela reportagem não condizem com informações repassadas por técnicos da Prefeitura, no final do ano passado.

O vereador Adiló Didomenico/PTB acredita que a preservação física das barragens depende de maior controle do trânsito de veículos automotores. Discordou do que chamou de zerar as tarifas de água (congelamento de preços), pois, para ele, poderá comprometer a capacidade de investimento do Samae.