Apontar aspectos positivos e negativos da Administração municipal foi a intenção do vereador Rodrigo Beltrão/PT, durante a sessão ordinária desta terça-feira (11/12). O parlamentar falou sobre resoluções adotadas pelo Executivo que beneficiaram a comunidade e, também, sobre as que representaram retrocesso para Caxias do Sul.

Inicialmente, destacou como ponto favorável, a ação de abertura da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Zona Norte, apesar de não concordar com seu atual modelo de condução, que considera terceirizado. Em seguida, elogiou a efetividade da devolução do Fundo Municipal de Recursos Hídricos (FMRH), pauta que já era reivindicada e foi atendida nesta gestão.

Em contraponto, criticou a resolução nos casos de móvel alugado. Conforme o vereador, quem pagou o FMRH, por dezoito meses, foi o inquilino vigente e, agora com a devolução, o valor retornará ao proprietário ou novo inquilino do móvel. Nesta situação, considerou que há um benefício equivocado, já que o pagador não terá retorno. Informou ter encaminhado alertas ao governo municipal, a fim de evitar ações judiciais contra o Executivo.

Como ponto negativo, apontou que o governo teve, em seu cerne, a marca de ataque aos movimentos comunitários e demais articulações sociais da cidade. Também lamentou a situação da Festa da Uva, que já havia sido transferida no início da atual gestão. Sobre a edição de 2019, informou estar preocupado, pois não enxerga capacidade do governo em envolver a comunidade, o que acredita ser um fator determinante para o sucesso, ou não, do evento.

Afirmou que não houve sugestão de iniciativas efetivadas em áreas nas quais o prefeito prometeu melhorias, sendo elas: segurança, educação e saúde. Sobre as resoluções, que considerou estarem em pleno funcionamento nas gestões anteriores, Beltrão apontou que, em função do ataque por parte da prefeitura, houve desarticulação e, por consequência, retrocesso.

Em relação às últimas ações do Executivo, criticou a decisão de enviarem, em regime de urgência, um projeto sobre ideologia de gênero. Considerou a ação como cortina de fumaça para a ineficiência do governo em pastas que deveriam ser prioridade, ressaltando novamente as áreas de saúde, educação e segurança.

Relembrou que o mesmo ocorreu durante a exposição “Santificados”, realizada no Espaço Cultural Mário Crosa do Legislativo. O vereador acredita que o plenário foi distraído pelo que chamou de debate de costumes, desviando o foco das implicações reais para a comunidade e de pautas que deveriam ter sido discutidas em plenário.