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Vereadores se opõem ao aumento dos salários aprovado pelo Senado a ministros do Supremo

Uma moção nesse sentido foi acolhida pela unanimidade dos vereadores, durante a sessão ordinária desta terça-feira (20/11)


O plenário caxiense se colocou contrário ao aumento dos salários aprovado recentemente pelo Senado a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Uma moção (22/2018) nesse sentido foi aprovada pela unanimidade dos vereadores, durante a sessão ordinária desta terça-feira (20/11).

O documento, que será remetido à presidência da República e aos deputados federais e senadores brasileiros, tem a assinatura dos seguintes vereadores: Paula Ioris/PSDB, Adiló Didomenico/PTB, Alceu Thomé/PTB, Arlindo Bandeira/PP, Chico Guerra/PRB, Kiko Girardi/PSD, Denise Pessôa/PT, Edi Carlos Pereira de Souza/PSB, Edson da Rosa/MDB, Felipe Gremelmaier/MDB, Flavio Cassina/PTB, Gladis Frizzo/MDB, Gustavo Toigo/PDT, Neri, O Carteiro/SD, Paulo Périco/MDB, Rafael Bueno/MDB, Renato Nunes/PR, Renato Oliveira/PCdoB, Ricardo Daneluz/PDT, Rodrigo Beltrão/PT, Velocino Uez/PDT e Wagner Petrini/PSB.

Em sua manifestação na sessão ordinária de hoje (20/11), a vereadora Paula Ioris/PSDB disse que, além de eleger um novo governo no país, torna-se necessário mudar algumas práticas. “Faltam médicos para atender nossa população e vem essa decisão de dar aumento a quem não precisa”, lamenta a tucana.

Seguindo na mesma linha, o pedetista Rafael Bueno voltou a criticar os senadores, com destaques aos três representantes gaúchos (Paulo Paim/PT, Ana Amélia Lemos/PP e Lasier Martins/PSD). “Não estiveram no Congresso quando a proposta de aumento na remuneração dos ministros do STF esteve em plenário e tinham dito nas redes sociais que votariam contra”, afirmou Bueno, pedindo que o presidente Temer vete a matéria. Os senadores se ausentaram na votação de 16% de aumento nos salários dos ministros do STF, que ocorreu no dia 7 de novembro, num placar de 41 a 16 votos. Agora, a matéria aguarda uma posição do presidente Michel Temer/MDB. Os senadores também aprovaram um segundo projeto que reajusta em 16% o salário para o cargo de procurador-geral da República. Os vencimentos passarão de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. A proposta foi aprovada de forma simbólica, sem contagem de votos, e deverá refletir, em cascata, nas outras esferas públicas.

   O parlamentar Renato Oliveira/PCdoB recordou de uma ação da ex-presidente Dilma Rousseff/PT, que teria vetado um aumento similar. “O veto custou a cabeça da presidente Dilma”, lembrou.

Para o vereador Velocino Uez/PDT, os governantes deveriam dar mais atenção e reajuste na remuneração de quem, segundo ele, realmente precisa, como aposentados e agricultores, e não ao Judiciário. No texto, os parlamentares enfatizam a oposição ao acréscimo nos salários de ministros do STF pelo impacto financeiro nos cofres públicos, estimado em R$ 4,1 bilhões. Por isso, desejam sensibilizar o presidente do Brasil, Michel Temer/MDB, para o chamado "efeito cascata" no orçamento que repercute no teto do funcionalismo público.

“A aprovação do aumento no Senado demonstra a falta de bom senso e responsabilidade dos representantes políticos que estão desconectados da realidade econômica dos brasileiros, que sofrem com a falta de emprego e a baixa renda. Somos uma nação de 14 milhões de desempregados. Estamos vivendo uma das crises econômicas mais significativas da história recente de nosso país. É hora de reerguer o Brasil! E este sacrifício deve ser de todos”, entendem os vereadores.

20/11/2018 - 13:48
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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