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Velocino Uez pede mais incentivo dos governos aos produtores de uva

O parlamentar relatou sobre a representação que fez pela Câmara recentemente em Bento Gonçalves, na Jornada da Viticultura Gaúcha


O pedido de mais auxílio dos governos aos viticultores e aos pequenos produtores rurais voltou à tribuna da Câmara caxiense pela voz do vereador Velocino Uez/PDT, durante a sessão desta quarta-feira (11/07). O parlamentar relatou que representou o Legislativo no dia 27 de junho, em Bento Gonçalves, na 18ª Jornada da Viticultura Gaúcha, onde diversas dificuldades enfrentadas pelos agricultores foram relacionadas.

Entre elas: baixo preço mínimo do quilo de uva, que está hoje em R$ 0,92, quando o custo de produção estaria em, pelo menos, R$ 1,01; tributos altos sobre o vinho; falta de subsídios; ausência de uma fiscalização mais forte sobre os vinhos importados; e instabilidades climáticas.

“Imagina como o produtor consegue seguir no plantio da uva se o preço está abaixo do custo e ainda leva um ano ou mais para receber os valores da safra?”, indagou Velocino, ao referir, principalmente, o êxodo rural da juventude.

Presidente da Comissão de Agricultura, Agroindústria, Pecuária e Cooperativismo (CAAPC) da Câmara Municipal, o pedetista reclamou da falta de incentivos governamentais para a população do campo, mais pontualmente aos agricultores das pequenas propriedades. Criticou o fato de o Congresso Nacional e o Planalto inviabilizarem uma proposta que beneficiaria também os pequenos, mas que acabará contemplando apenas os grandes. “Passa ano e os incentivos estão cada vez menores. Assim, como é que o jovem vai permanecer na colônia? O pequeno produtor nunca vai ser grande sem incentivos”, prosseguiu Velocino, que se encontra preocupado também com o comportamento das temperaturas neste ano, diante da previsão de temporais.

De acordo com o parlamentar, durante a Jornada, os palestrantes apresentaram diversas orientações. Alguns painelistas, como Leandro Venturin, da Emater; a meteorologista Stael Sias; e Márcio Roberto Ferrari, vice-presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e coordenador Interestadual da Uva, contribuíram para a qualificação do público presente. “Para o agricultor se sobressair, conforme nos informou Venturin, precisa baixar custos e uma ideia é ter acompanhamento técnico, como na pulverização dos parreirais”, exemplificou.

Em aparte à manifestação de Velocino, o vereador Alceu Thomé/PTB avalia que os impostos sobre os produtos elaborados pelas cantinas são muito altos. O petebista comenta que, na década de 1980, havia muitas vinícolas, as quais, hoje, estariam desaparecendo. O parlamentar Gustavo Toigo/PDT acrescentou a necessidade de o empresariado, as entidades e o poder público se mobilizar conjuntamente em prol da região, incentivando o enoturismo e capacitando os envolvidos na elaboração vitivinícola.

“O nosso vinho é bom e tem de estar na mesa do consumidor, só que precisamos de ações, parcerias e programas urgentes. O acompanhamento técnico das ações do setor vitivinícola deveria ser capitaneado pelo município, por meio da Secretaria Municipal da Agricultura”, cobrou Toigo, que é presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara, ao crer que esse suporte fará diferença inclusive para compor uma Zona Franca no segmento.

O progressista Arlindo Bandeira/PP lamentou que há agricultores retirando parreirais das propriedades porque não dispõem de ajuda técnica para seguir no cultivo. “Acabam cortando as parreiras porque não têm suporte desses governos federais e estaduais”, criticou.

11/07/2018 - 12:38
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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