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Mercados públicos de Montevidéu, no Uruguai, são as principais sugestões que o vereador Felipe Gremelmaier/PMDB apresentou para serem adotadas no antigo complexo da Maesa, de Caxias do Sul. Os modelos foram detalhados pelo parlamentar no Grande Expediente da plenária desta quarta-feira (23/05), quando também citou exemplos desses espaços em cidades brasileiras e em outros países.
Da capital uruguaia, Gremelmaier mencionou: Mercado Agrícola, Mercado do Porto, Mercado de La Abundancia e Mercado Ferrando. No caso do Mercado Agrícola (veja a estrutura aqui), Gremelmaier informou que foi reinaugurado em 2013, com 107 estabelecimentos de diversos gêneros, como frutas, legumes e peixes. “É um dos grandes exemplos de destinação de áreas públicas a um grande mercado público”, enfatizou, acrescentando que os expositores são uruguaios.
Em relação ao Mercado Ferrando, segundo Gremelmaier, a estrutura é de 1878. Era uma antiga fábrica de móveis e o prédio foi recuperado e transformado num espaço diferenciado de comercialização de produtos e também de marketplace (espaço onde há pessoas dispostas a estabelecerem negócios – compra e venda –, usando, principalmente, a internet). A abertura aos consumidores ocorreu no final do ano passado.
Além dos modelos uruguaios, Gremelmaier citou outros existentes em cidades como Pelotas e Porto Alegre, e em países como Espanha e Holanda.
Na opinião do peemedebista, o município caxiense deveria visitar esses espaços para viabilizar algo parecido no antigo prédio da Metalúrgica Abramo Eberle S/A (Maesa), localizado no bairro Exposição, numa área total de mais de cinco hectares (52.951,57 m²). O espaço foi repassado ao município pelo então governador Tarso Genro/PT, por meio da Lei Estadual nº 14.617, de 8 de dezembro de 2014. Já o tombamento do prédio foi assinado pelo então prefeito Alceu Barbosa Velho/PDT no dia 28 de janeiro de 2015.
“A prefeitura poderia pegar esses exemplos, visitá-los e desenvolver algo parecido na Maesa, que tem área bem maior que a dos mercados mostrados aqui”, sugeriu o parlamentar, indicando ao município utilizar a Rede Mercocidades, por meio da qual as prefeituras mantêm convênio.
Em apoio à explanação de Gremelmaier e também em defesa da implantação de mercado público, se manifestaram os vereadores Adiló Didomenico/PTB, Alceu Thomé/PTB, Edio Elói Frizzo/PSB, Rafael Bueno/PDT e Velocino Uez/PDT. Didomenico recordou que, na administração passada (2013-2016), o então secretário municipal da Receita, Paulo Dahmer, planejava um mercado público, cuja ideia inicial depois teria sido alterada em razão da cedência da Maesa ao município. Bueno destacou positivamente o fato de o prédio da Maesa estar num lugar de fácil acesso, na área central da cidade.
“Um mercado público pode ajudar a melhorar a situação de quem vive no interior, possibilitando que o agricultor comercialize produtos fresquinhos à comunidade”, complementou Thomé, recebendo a concordância de Uez.
Frizzo trouxe o exemplo do mercado público de São Paulo e recordou que fez parte da mobilização para que a Maesa ficasse sob o domínio do município de Caxias e não fosse vendida a empreendimentos privados. Também lembrou que houve forte defesa nesse sentido pela então deputada estadual Marisa Formolo/PT. “Foi uma luta vitoriosa”, avaliou o socialista.