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Rafael Bueno critica a Base Nacional Comum Curricular

Documento, já encaminhado pelo MEC ao Conselho Nacional da Educação, prevê norte ao currículo do Ensino Médio


O vereador Rafael Bueno/PDT criticou, na plenária desta quarta-feira (18/04), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) voltada ao Ensino Médio, que visa estabelecer os conhecimentos e habilidades necessárias para a aprendizagem dos estudantes brasileiros e que foi entregue recentemente pelo Ministério da Educação (MEC) ao Conselho Nacional de Educação, que deverá promover audiências públicas pelo Brasil para apreciação do conteúdo.  

Bueno mencionou reportagem do jornal Zero Hora que, na última segunda-feira (16/04), detalhou as sugestões da BNCC. No Ensino Fundamental, o conteúdo será o mesmo para todos os alunos. Já no Ensino Médio, as únicas disciplinas obrigatórias serão Língua Portuguesa e Matemática. Os estudantes terão 60% de carga horária relacionada à base e 40% de um itinerário de seu interesse: Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens, Matemática e Ensino Profissional.

A Base não prevê um percentual mínimo de carga horária das disciplinas de Educação Física, Filosofia, História e Sociologia, nem em qual dos três anos do Ensino Médio esses componentes deverão ser estudados. Bueno não vê a situação com bons olhos. Entende que o governo federal quer excluir, por meio da BNCC, as disciplinas relacionadas às Humanidades. “Acabar com as disciplinas das Humanas é acabar com o ser humano”, criticou o parlamentar.

O pedetista também rechaçou a possibilidade de 40% da carga horária do Ensino Médio ser executada na modalidade de Educação a Distância (EAD). Discordou da implantação da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ser 100% EAD, relatando que muitos analfabetos não conseguiriam acessar computadores. “No Brasil, a gente não tem nem estrutura nas escolas e, em vez de estarmos fortalecendo o vínculo com turno integral, com a valorização e a boa remuneração dos professores, nós estamos discutindo o contrário”, ponderou.

A demora na entrega da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Cristo Redentor também esteve na pauta de Bueno. Ele repercutiu o abaixo-assinado de moradores que pedem providências quanto ao tema, entregue na tarde desta terça-feira (17/04),no Ministério Público. Os investimentos, entre compra do terreno e construção do prédio, custaram R$ 2,5 milhões, e não têm previsão para serem entregues à comunidade, lamentou o pedetista.

Em aparte ao colega, Paulo Périco/PMDB definiu como maluca a possibilidade do modelo de educação à distância ser aplicado no Ensino Médio. Paula Ioris/PSDB alertou que o método possui muitas restrições e que a escola é um ambiente de oportunidades, desenvolvimento e interação.

Elói Frizzo/PSB relembrou da época em que cursava o Ensino Científico, à noite, no Instituto Cristóvão de Mendoza, e que se tornou mecânico por meio dessa qualificação. Para Edson da Rosa/PMDB, os técnicos do MEC não conhecem a realidade do ambiente escolar e disse que o tema necessita de discussão profunda.

18/04/2018 - 16:46
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861
Redator(a): Matheus Teodoro

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